Se for um senhor doutor, principalmente um senhor doutor professor, um ricaço da Marinha ou um filho de algo, que resolva ter mais lucro para distribuir pelos seus accionistas, é considerado um CEO do melhor. Se for um merceeiro retalhista bem sucedido, ai aqui d’el rei que o homem é um vendido, um desertor do estertor nacional e um lesa-pátria que comete o crime de não se deixar assaltar com um sorriso nas beiças.
Senão vejamos: As milhares de letras que se têm gasto a atacar Soares dos Santos, que é o patriarca do comércio a retalho feito por sua conta e risco e que só tem dinheiro porque há consumidores que procuram as suas mercearias, são inversamente proporcionais ao silêncio que os média e a opinião publicada em geral atribuem à rapaziada que neste País se encheu à pala do BPN (o que agora faz por esquecer para que se mantenha esquecido) enquanto o folhetim não ata nem desata e os portugueses, que nunca entraram nessa tasca, continuam a sustentá-la muito para além da Troika, dos ditames da troika e dos interesses dos amigos preferenciais do BPN.
Bamos Pagar Nobamente, digo-o à moda do Puerto porque aquilo diz-se uma Naçon e bem podia autonomizar-se como o Funchal que sempre era a forma mais curial de arranjar dívidas que todos pagaremos dizendo, sem nunca mencionar, tratar-se de um desviozinho colossal.
Quanto ao BPN não há conversa. É pagar e não bufar, mas arrelia-nos e faz-nos arrancar os cabelos o facto de sabermos que a família merceeira anda a tratar da vidinha sem nos dar cavaco.
A harmonização fiscal europeia há-de ficar para outras calendas porque há-de haver sempre um paraíso na terra e uns deusinhos para o usarem.
* Bamos Pagar Nobamente
LNT
[0.012/2012]