Mostrar mensagens com a etiqueta Presidente da Assembleia da República. Mostrar todas as mensagens
Mostrar mensagens com a etiqueta Presidente da Assembleia da República. Mostrar todas as mensagens

quarta-feira, 29 de junho de 2011

Honra ao regime

Assunção Esteves

Estava de portas fechadas quando Assunção Esteves subiu para a tribuna que há muito merecia. Por isso na reabertura deste espaço ficaria mal se aqui não pendurasse, na galeria dos heróis do corredor das massagens, a sua moldura engalanada com o aplauso que em Conceição de Tavira lhe fiz e atrasou a tarde de mergulhos na Ilha de Cabanas.

Prefiro não estragar este post com a recordação do espectáculo triste que antecedeu, num dia medíocre, tão brilhante festa da sensatez e do sentido orgulho de pertencer a uma Nação democrática que, de vez em quando como foi desta, tem a capacidade de deixar o óbvio besunta e avançar para soluções de futuro com um olho no mérito e o outro no novo.

Derrotados ficaram os imbecis que julgam que o papel de o Presidente da Assembleia da República se resume a mandar levantar e sentar os nossos eleitos, uma imbecilidade que durante alguns dias se ouviu nas nossas televisões para justificar a teimosia na tolice de tentar impor o absurdo que representou a repescagem de Nobre com um anzol em trilátero.

Ficaremos sem saber de quem foi o golpe de asa que guinou o bom senso e, nós que não somos apoiantes desta maioria, teríamos todo interesse em sabê-lo para que nos pudéssemos precaver de futuro.

A eleição de Assunção Esteves, à primeira volta e em primeira escolha por quem tinha que a escolher, para desempenho de tão relevante cargo foi um acto de inteligência e demonstra que, afinal, ainda não chegámos ao fim do regime.

Resta desejar-lhe os maiores êxitos, que serão também nossos.
LNT
Imagem retirada do "da Literatura"
[0.242/2011]

domingo, 5 de junho de 2011

Se não têm pão, comam bolo-rei

Bolo-ReiAníbal Cavaco Silva, o Presidente que fala antes do início da bola, o Presidente que se declarou o Presidente da República dos que nele votaram, diz-nos no seu Facebook:
"Na grave situação económica e social em que o País se encontra, é um dever de todos os cidadãos manifestarem a sua vontade e dizerem quem deve assumir a responsabilidade de governar Portugal nos próximos 4 anos."
Os portugueses todos, incluindo aqueles que nele não votaram, só têm que lhe perguntar o que é que ele fez para que as últimas eleições, que também foram por 4 anos, tivessem o mandato cumprido até ao fim.

Os portugueses todos, gostariam de saber como é que ele tem a lata, depois dos discursos que tem proferido, de dizer que quem não votar nesta eleição:
"perde legitimidade para depois criticar as políticas do Governo.
Abster-se de votar é demitir-se do seu próprio futuro
."
Com gente desta à frente dos nossos destinos e outros que tais que se propõem para dirigir a Assembleia da República sem sequer entenderem que esse lugar depende dos deputados que forem eleitos e não dos eleitores a quem pedem o voto, prevê-se o agravamento da má qualidade da nossa democracia.

Ao menos que o Presidente conhecesse bem a Constituição que jurou e que nela aprendesse que a responsabilidade hoje pedida aos portugueses é a que é exigida ao poder legislativo (Assembleia da República) e não a de Governo (poder executivo) nos próximos quatro anos.

Estão mesmo preparados para dar a este Presidente a capacidade de acumular o seu papel de árbitro aos poderes legislativo e executivo?
LNT
[0.207/2011]