segunda-feira, 6 de janeiro de 2014

Respeito pela memória

TumbaSou dos que respeitam a memória dos mortos, principalmente daqueles que, em vida, nos serviram de exemplo.

Sou dos que nunca se deixam de espantar com os que desrespeitam os vivos, abandonando à sua sorte e sugando a sua vida até que a morte os leve, para depois usarem a sua memória como troféu.

Embora seja um desrespeitador da memória de Sebastião José, duma memória que só tenho por ser memória deste País, tenho como lição a frase que lhe é atribuída que mandava enterrar os mortos e cuidar dos vivos.

É em defesa da memória dos mortos que me serviram de exemplo enquanto vivos, que me revolta ver tantos mortos-vivos, de quem não rezará a memória, agarrarem-se às urnas na esperança de partilharem, com os que partem, alguma glória que esses mortos-vivos nunca conseguirão.
LNT
[0.008/2014]

4 comentários:

Sousa Mendes disse...

Caro Sr. Luís, ao contrário do que exprime no post publicado na sua barbearia, o Sebastião José de Carvalho e Melo deveria merecer de todos os Portugueses maior conhecimento e melhor memória. É que ao contrário da imagem deturpada do mesmo que os seus detractores, igreja especialmente os jesuítas e nobreza de então fizeram prevalecer nas versões da História de Portugal, numa campanha vergonhosa, o dito Sebastião José era um patriota e foi, em minha modesta opinião, o melhor estadista que Portugal alguma vez teve. Lembre-se só como exemplo, dos têxteis da Covilhã, da Região demarcada do Douro ou da referida reconstrução visionária de Lisboa. Como sei que é uma pessoa interessada, culta e informada, aconselho-o a ler a obra "Vida e Obra do Marquês de Pombal" de Campos Júnior, reeditada há pouco tempo. Vai ver que me dá razão e até concordará comigo, se eu lhe dizer que considero o José Sócrates um digno sucessor do mesmo Marquês de Pombal. Até pela semelhança das campanha de assassinato de carácter que lhes foi dirigida.

Anónimo disse...

Ó Sr. Sousa Mendes, francamente!

Ia tão bem lançado e tinha de estragar tudo com o último parágrafo.

Anónimo disse...

...última e penúltima frases, melhor dizendo.

Luís Novaes Tito disse...

Caro Sousa Mendes
Todos temos os nossos exemplos na História de Portugal. Pelo que leio, um dos seus será Carvalho e Melo. Prefiro outras referências da nossa História até por não ser grande adepto de déspotas.
No entanto reconheço que a minha educação jesuíta pode ter moldado o meu gostar e por isso agradeço o conselho de leitura que seguirei.
Quanto ao dito na sua penúltima frase farei por esquecer, não por especial razão, mas porque entendo incomparáveis as semelhanças a que se refere.
Abraço