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quinta-feira, 9 de janeiro de 2014

Laparoscopias *

HalloweenPoderemos chamar paraplégico a um indivíduo amputado das duas pernas? Substantivamente não, porque se a paraplegia é um estado caracterizado pela paralisia dos dois membros inferiores, só existe caso existam os membros.

Isto é um texto negro, reconheço, mas serve para reflectir sobre o enorme sucesso expresso pela evolução positiva do nosso desemprego que está agora abaixo dos máximos conseguidos desde sempre para nos situarmos nos máximos que anteriormente já tinham sido atingidos em 2013. Um sucesso de pouca-vergonha, como é fácil de entender.

Os desempregados (só os registados nos centros de emprego) passaram a ser menos. Muitos deixaram a sua condição de desempregados para passarem à de emigrantes, reformados, morridos-matados, desistentes de inscrição porque de nada lhes servia a não ser para serem massacrados pela burocracia, etc.

Foram decepados, digamos assim para poder relacionar com o primeiro parágrafo.

Deixam de ser desempregados tal como os paraplégicos o deixam de ser se forem amputados.

* Embora pareça, o título não se refere a noções de observação dos láparos.
LNT
[0.014/2014]

domingo, 13 de fevereiro de 2011

Do deserto do Jamé aos camelos de Louçã

PiranhaJá cá faltava o Louçã a fazer comparações entre o que se passa no Egipto e em Portugal.

Esqueceu-se de que há algo muito importante que diferencia as coisas. É que o Egipto é uma ditadura (ainda é, mesmo apesar de haver um monte de gente que pensa que deixou de ser) e que Portugal é uma democracia.

Quando o disparate não basta (moção de censura que, ao não ser aprovada, será um novo fôlego para o actual governo), acrescenta-se novo disparate porque o que isto está a precisar é de demagogia ao quilo.
LNT
[0.041/2011]

segunda-feira, 12 de abril de 2010

As cartolas dos coelhos

Coelho cartolaHá coisas que custam muito a entender. Uma delas, p.e., é o que quererá dizer:

"quem recebe apoios solidários da Nação deverá prestar trabalho de compensação à Nação." (citado de memória)

É que, se quem recebe esses apoios solidários os recebe por estar desempregado, então o trabalho de compensação deveria ser substituído por trabalho remunerado e ser-lhe cortado o apoio solidário. Era mais normal, mais humano, economicamente mais útil, em termos de segurança social e de finanças mais contributivo (e até ficaria mais barato pelo retorno de parte ao fisco e à SS) e era mais solidário.

Se os recebe por incapacidade ou doença não se entende o trabalho que deveria prestar.

Como diria um amigo meu que inventou uma lengalenga sobre os nomes das povoações da "Linha" onde se cantam os amores e desamores de um nobre por uma tal princesa Karca, é tempo de como ele questionar:

"Karca, vê-los?"
LNT
[0.139/2010]

terça-feira, 17 de fevereiro de 2009

Botão Barbearia[0.134/2009]
A procissão no adroChavéz Ahmadinejad

O cara-de-pauísmo dos "analistas da moda" chega ao ponto de defenderem a entrada do Estado no capital das empresas (por estarmos em tempo de excepção) e proclamarem que quem deposita nos bancos tem de se sujeitar às taxas de juro por eles impostas porque são essas as regras do mercado. É o fartar vilanagem.

Somos estalinistas na desgraça e liberais no lucro.

Com a vitória do Sim de Chavéz deu-se o click. Não estaremos ainda no fim-dos-tempos mas não faltará muito para lá chegarmos e se isso não for visível a olho nu é bom que se apure a visão. O sucesso de Chavéz é muito mais do que aquilo que os raciocínios simplicistas pretendem inculcar de populismo e demagogia.

Sucede-se ao emergir dos picos que compõem o iceberg mundial da pouca-vergonha consolidado pela inoperância irresponsável das entidades que têm obrigação de zelar pelo bem comum e monitorizar as actividades, mas que se mantêm anestesiadas com os perfumes da auto-regulação "liberal".

Ainda são só os vértices restando por apurar o tamanho da massa submersa. São sinais da decadência enquanto continua o empanturramento de quem a fez acontecer.
LNT

segunda-feira, 16 de fevereiro de 2009

Botão Barbearia[0.131/2009]
Quando a demagogia é ilimitadaEscaravelho

Querer comparar os resultados de Sócrates com os de Chavéz, ou os de Kim filho ou ainda os de Fidel é uma manobra ridícula de demagogia.

Extrapolar os resultados eleitorais internos de um Partido para os comparar com os resultados eleitorais de um País é um profundo acto de demagogia que só pode deixar mal quem pretende criar a confusão.
LNT