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sexta-feira, 31 de janeiro de 2014

Abaixo das possibilidades

PerigoParafraseando um take publicitário, diria que ainda sou do tempo em que pagar impostos significava águas com custos limitados, electricidade com custos limitados, transportes com custos limitados, acesso à saúde, educação e a outras ninharias que agora, em plena época “liberal”, não têm qualquer significado.

Uma das razões dos impostos era exactamente essa: – Custos limitados nos artigos de primeira necessidade e acessos generalizados aos cuidados e educação, vulgo: “viver acima das possibilidades”.

Estranhamente, à medida que vamos vivendo abaixo das nossas possibilidades, isto é, à medida que tudo o que era de acesso liberal passou a ser de acesso privado, os impostos não baixam, antes pelo contrário.
LNT
[0.040/2014]

sexta-feira, 3 de janeiro de 2014

Morram, canalha!

CampaO Tribunal Constitucional disse-lhes que aquilo que eles queriam fazer era ilegal. Eles, os tais que não são capazes de ir para além de um borrão sobre a reforma do Estado e a confundem com cortes cegos, ilegais e segregacionistas, deitam a mão que empobrece a quem já pouco pode reivindicar.

A voz de ataque aos reformados do Estado é cada vez mais: "Morram, canalha!"

Se não cortaram de uma forma, espoliam de outra, ainda que para tal transformem um seguro de saúde destinado aos trabalhadores e ex-trabalhadores da Administração Pública (ADSE) num luxo com custos superiores a muitos seguros de saúde privados existentes no mercado.

Acresce a esta acção, mais do que a sustentabilidade do seguro de saúde, a promoção do seu abandono, fazendo crescer drasticamente o recurso ao Serviço Nacional de Saúde, provocando-lhe a eminência de ruptura por penúria e caos.

Note-se que a ADSE, ao contrário do mito urbano que pretende fazer crer tratar-se de uma benesse de um sector com elevados custos para o Estado, funciona sustentada nos descontos dos trabalhadores e pensionistas do estado em acrescento à taxa social única (que eles igualmente pagam como todos os outros trabalhadores).

O abandono da ADSE (a ADSE é voluntária) provocado pelo aumento do seu custo será especialmente sentido nos reformados do Estado uma vez que se soma ao acumular dos cortes que inviabilizam o sustento dos seus beneficiários.

Nunca será demais lembrar que, se há alguém que nunca teve qualquer hipótese de “fugir” aos descontos correctos para a aposentação, são os trabalhadores da Administração Pública e, curiosamente, é nos seus reformados que se concentram os saques, depois de terem sido esbanjados, ao longo dos anos, os fundos da CGA para tapar buracos do Orçamento do Estado, logo, em proveito de todos.

O incentivo ao abandono da ADSE tem por objectivo, de com uma só cajadada, prejudicar o Serviço Nacional de Saúde e exterminar os reformados da Administração, a quem insistem em chamar de pensionistas para os confundir com os beneficiários das pensões sociais.

ET: para ajudar a matar o tal "mito urbano" que fala dos custos para o Orçamento do Estado, favor ler, pág 52 e seguintes, o documento da ADSE onde está referido o seu financiamento.
LNT
[0.004/2014]

quarta-feira, 3 de outubro de 2012

Colossal

LimãoEstes senhores só não explicam que aquilo da TSU era uma coisa e que o pacote colossal que tinham para o Orçamento de Estado (aquilo que apresentaram hoje) era outra coisa.

Se a TSU tivesse passado tínhamos, neste momento, as duas coisas em acumulado.

Dizer que esta coisa de hoje é mais grave do que a TSU é fazer de conta que somos todos parvos e que acreditamos que as soluções eram apresentadas em alternativa.

O resto é a habitual conversa da treta. Quanto ao saque anunciado, pqp, que é como quem diz, filhos da mãe, incompetentes, aldrabões, dissimulados e incapazes sem vergonha na cara.

Onde pararão os saques feitos em 2012 uma vez que as metas do défice estão longe de terem sido atingidas.
LNT
[0.471/2012]

quinta-feira, 30 de agosto de 2012

Acabar com o Estado mantendo o saque para o privado

CamaOs portugueses têm características próprias que os fazem diferentes dos outros povos, principalmente dos povos do norte que se guiam por esquemas simples, não criativos e sem o desenrasca histérico dos piegas do sul.

Portugal é tão bom nesta matéria que até conseguiu agora engendrar uma engenhoca brilhante, um tanto feudal mas ainda assim brilhante, capaz de revolucionar o conceito liberal mundial. A fúria de acabar o Estado é tal que as taxas e impostos, até agora destinadas ao Estado, deverão passar a ser receita dos privados.

Os contribuintes foram feitos para contribuírem (até aqui nada de novo). Os contribuintes foram feitos para pagarem os roubos dos que não contribuem (o caso BPN é toda uma revolução e já contém algo de novo). Os contribuintes foram feitos para contribuírem para o Estado e para os Privados que o Estado (leia-se Governo Coelho, Portas, Borges e Comp.ª, Ldª) entender (o caso de pagar uma taxa de televisão para uma empresa privada é coisa novíssima).

Como disse, estamos perante técnicas feudais em que não só o reino se financiava com o dinheiro dos burgueses e da plebe, mas também os grandes senhores iam buscar os seus proventos ao saque da ralé.

Isto começa a meter nojo.
LNT
[0.400/2012]

segunda-feira, 30 de janeiro de 2012

O País a saque

TerrorChegam-me notícias que se multiplicam as cartas para contribuintes que requereram há três, quatro meses, abonos de família que lhes foram concedidos, a exigirem que o dinheiro seja devolvido à Segurança Social.

Não estou a falar da suspensão do Abono de Família, num País que já está em último ou penúltimo lugar de nascimentos. Falo de reposição do montante de uma prestação social que foi concedida há três ou quatro meses.

Estamos perante um assalto aos mais carenciados.

Os termos, com a ameaça de cobrança coerciva, são inaceitáveis e aproximam-se de terrorismo de Estado. A política do medo está a fazer o seu caminho quando se ameaça alguém com meios de subsistência baixa, que recebeu da Segurança Social um apoio (requerido e concedido) para ajudar no pediatra ou no leite de complemento, e agora é posto perante o saque violento, por penhora ou outros meios, dos seus parcos haveres.

Não se admirem quando ao terrorismo for respondido com terrorismo. Perdeu-se a noção de decência e de que o Estado é uma pessoa de bem.
LNT
[0.071/2012]

quinta-feira, 13 de outubro de 2011

Cidadãos Contribuintes

Mão em estacaAinda sou do tempo em que os cidadãos eram conhecidos por contribuintes.
Um tempo em que os cidadãos inspiravam desconfiança a quem deles sacava. Um tempo em que os sacadores olhavam de soslaio os sacados por verem neles trafulhas sempre prontos a fugir ao sustento que os sacadores entendiam ser-lhes devido.
Um tempo em que se amealhava o que sobrava do pagamento aos senhores que sacavam e se fundia o amealhado em lingotes em vez de o transformar em apostas de futuro.

Depois fui de um tempo em que se chamou cidadãos aos contribuintes e em que, com aquilo que se lhes sacava, pagavam-se os ordenados aos sacadores e ainda havia contrapartidas (escolas, saúde, bem-estar, etc.). Nesse tempo passou também a ter de se sustentar alguns que viram nessas contrapartidas "janelas de oportunidade".

Agora sou de um tempo em que os contribuintes são chamados cidadãos-chulos que, não só reclamam por ter de sustentar os das "janelas de oportunidade", como insistem vergonhosamente em reclamar as contrapartidas por serem incapazes de reconhecer que "o dinheiro não chega para tudo" ou que "quem não tem dinheiro, não tem vícios".
LNT
[0.446/2011]

terça-feira, 2 de agosto de 2011

A má gestão pelo preço da morte

Jack NicholsonNão vivemos tempos fáceis. A prová-lo estão os telejornais que passaram a ter os ministros deste Governo como pivots, o que logo à partida é pronuncio de coisa má. Estes tempos já nos ensinaram que a presença de um Ministro representa o anúncio de notícia ruim justificada em português arrevesado.

Ontem foi a vez do Álvaro nos deitar a língua de fora. Anunciou que, para os que pensam que os transportes públicos passaram a custos obscenos, lhes dará novo incremento pelas janeiras. Trata-se de uma acção pedagógica destinada a diferenciar um preço sensual, de um pornográfico. A língua de pau assumiu a forma de gráfico de linhas paralelas, uma vermelha e outra preta, e a má notícia foi a de que, para que essas linhas passem a convergentes, vai ser necessário espessar a da receita uma vez que se prevê que a da má gestão continue o seu caminho.

Nada de novo. Já sabíamos da teoria desde a apresentação do imposto extraordinário do próximo Natal, isto é: Pelo sim, pelo não, arrecade-se mais dinheiro para cobrir a má gestão, não venha ela a ser ainda pior do que aquilo que se espera.

O paleio desta gente veio para ficar e para substituir a menina-de-cinco-olhos com que, em outros idos, se amedrontavam os educandos para os manter no caminho das cabras, a bem da Nação.
LNT
[0.318/2011]