quinta-feira, 27 de janeiro de 2011

da unidade do Estado

TÍTULO II
PRESIDENTE DA REPÚBLICA

CAPÍTULO I
Estatuto e eleição
Artigo 120.

Definição
O Presidente da República representa a República Portuguesa, garante a independência nacional, a unidade do Estado e o regular funcionamento das instituições democráticas e é, por inerência, Comandante Supremo das Forças Armadas.

Constituição da República Portuguesa
VII Revisão Constitucional (2005)

Pela primeira vez, desde que a República Portuguesa se fez democracia, existe um Presidente que não me representa porque, como votei noutro que não nele, me sinto, tal como os dois outros milhões e tal de portugueses que o fizeram, atingidos pelo ataque que a todos nós dirigiu no seu discurso de vitória.

É o mesmo Presidente que agora anuncia que uma das suas prioridades é a contenção do endividamento externo e que foge ao corte dos vencimentos decretado para todos os “servidores do Estado”, como ele chama aos trabalhadores da administração pública, abdicando do vencimento do cargo para que foi eleito por ter optado por receber mensalmente as pensões acumuladas legais, mas imorais, que detém.


É o mesmo Presidente reincarnado e seríssimo que declarou que, a haver uma segunda volta nas eleições, os juros iriam continuar a subir, e se esqueceu de avisar os "mercados" de que os portugueses prescindiram da segunda volta.


Só para dar por finda a razão das minhas razões quando, durante a campanha eleitoral, defendi que se deveria evitar a reeleição do actual Presidente da República, aqui fica para memória uma rara unanimidade portuguesa.

LNT
[0.016/2011]

7 comentários:

Anónimo disse...

Independentemente dos descursos de Cavaco Silva, que servem ou não de barrete para quem se sentir ofendido, só gostaria de recordar que os cortes nos ordenados dos malandros dos funcionários públicos foram decretados pela corja liderada pelo Sócrates. Afinal quem é o verdadeiro pirata????
E esta hem?
Se calhar não irão gostar do comentário.
A verdade acima de tudo
Boas noites

Luís Novaes Tito disse...

Como sempre um anónimo atento aproveita para tentar desviar a atenção do que aqui se escreve.

Não estou a falar de Sócrates, oh anónimo, estou a falar de Cavaco.

Quando quiser falar de Sócrates fá-lo-ei, como já o fiz muitas vezes antes.

Aqui pretendo deixar claro que Cavaco não só promulgou sem pestanejar esta lei como até mandou o seu representante nos Açores inviabilizar a medida com que o GRA quis suavizar os efeitos nos Açores.

Para que não venha outra vez com tentativas de desvio de atenção já lhe digo que até nem concordei com a medida do GRA.

O que interessa é ficar a entender que aquilo que Cavaco acha bom para os outros, não acha bom para si próprio.

Efeitos de quem não teve de nascer duas vezes. A chamada esperteza saloia, se bem me faço entender.

Anónimo disse...

Ladrão não é só o que rouba mas também o que encobre. E além disso não deixo de dizer que o Sr Cavaco também tem culpas no cartório e não é para desviar a atenção cizíssima nenhuma. Entendeu??????

Luís Novaes Tito disse...

Essa do ladrão e do encobre deve ser do espelho anónimo com que se encobre.
Não há pachorra para tanta moral de pacotilha.

Anónimo disse...

Moral coisa nenhuma. Não sou pregador de moral em país de corruptos. Estes comentários são anónimos porque assim posso desabafar sem levar com retaliações.
Ao que chegámos!!!!!
Já agora deixe-me dizer que o seu blog é muito importante porque o Luís tem sempre posts muito oportunos e que felicito.
Queira desculpar os meus comentários que de modo nenhum pertendem ofende-lo, mas sim manifestar as minhas opiniões
Um especial cumprimento para si LNT

Ponto de Vista disse...

Com a devida vénia se transcreve:

"Artigo 122.º
Elegibilidade

São elegíveis os cidadãos eleitores, portugueses de origem, maiores de 35 anos."

Não será necessário qualquer comentário.

Daniel Santos disse...

Este também não é o meu Presidente. Cavaco Silva esclareceu-me naquele discurso mesquinho e vingativo. Depois de eleito é que falou, quando a vitória já estava garantida é que mostrou a verdadeira face.