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segunda-feira, 13 de março de 2017

E os banqueiros, enquanto vivem, esfolam a nossa

Lingerie Leopardo

Ficou para a história, e até fazia parte dos genéricos que anunciavam os documentários da SIC sobre o Costa do Castelo, a máxima de Ricardo Salgado na comissão parlamentar do BES:

“O leopardo quando morre deixa a sua pele. E um homem quando morre deixa a sua reputação"

Com o decurso daquilo que se sabe e adivinhando que há uma conta enorme para pagar, mais uma daquelas que no inicio nos diziam que ficaria de graça para a generalidade dos contribuintes, facilmente aferimos que só não se aplicará à generalidade dos contribuintes porque os chineses, americanos e outros tipos de índios não a irão pagar.

É caso para dizer que:

“O leopardo, quando morre, deixa a sua pele. Os banqueiros, enquanto vivem, esfolam a nossa.”

E sobre reputação ficamos conversados até porque já sabemos amplamente que os banqueiros e respectivos reguladores esfolam-nos a pele enquanto têm garras e depois de as perder continuam a esfolá-la sem nunca serem chamados a devolver os escalpes que fizeram.

Isto é, no activo esfolam os clientes do banco regulado ou gerido e quando passam a passivos esfolam, além desses, todos os restantes contribuintes deste País onde nunca se apura (nem se quer apurar) para que bolso foi a pele esfolada.

Dizem-nos que não se trata de esfolamento mas sim de esfoliação. De mansinho retiram-nos a parte mais superficial da cútis para que nova pele surja fresca e macia, pronta a ser esfoliada todas as vezes que for necessário.
LNT
#BarbeariaSrLuis
[0.037/2017]

terça-feira, 5 de abril de 2011

Os do costume que paguem a crise

Zzaga Jepsen
"Que sirva de lição a quem andou sempre com "paninhos quentes" a proteger o contrário do preceito constitucional que garante estar assegurado o primado do Estado de Direito democrático com base na soberania popular, no pluralismo de expressão e organização política democráticas. Sempre que a banca foi tratada de forma desigual, fomos nós, contribuintes iguais, que tivemos de pagar mais. O "primado" da finança prevalece."
Foi assim que resolvi introduzir esta notícia da Agência Financeira no FaceBook. Parece mais uma tirada demagógica e certamente é mesmo, dirão.

Pelo menos dirão num País que mantém em liberdade (ou livremente condicionados) alguns dos colarinhos brancos que ajudaram a atirar-nos para o buraco em que estamos hoje.

Pelo menos dirão os que nunca entenderam que, nos países civilizados, a banca tem direitos e deveres iguais aos de qualquer outro sector da economia.

Pelo menos dirão ser atrozmente demagógica, quem deixou correr as promessas de mel que agora, em altura de aperto, se transformam em chantagem sobre o primado do Estado de direito democrático.

Por cada cêntimo beneficiado pela banca ou objecto de tratamento desigual em sede de fisco e de apoio, todos nós tivemos de ser mais e mais contribuintes.

Foram esses beneficiados que agora se reuniram para demonstrar por a+b que quem manda são eles e para decretar que serão os do costume quem irá pagar a crise.
LNT
[0.119/2011]