A conversa em família transmitida ontem pelo canal oficial português foi mais um acto de jornalismo à SNI. O entrevistado foi lá para propaganda, disse só o que lhe interessava e o entrevistador questionou sem cessar, sem aguardar resposta e sem se interessar em esclarecer, como por exemplo quando falou do desvio “…” colossal que acabou por, uma vez mais, não ter sido explicado.
Percebeu-se que o PM não quis dizer que se tratava do desvio madeirense e também se percebeu, ao não explicar de que desvio falava, que pretendeu manter uma suspeita, sem a fundamentar, para justificar o "
ir mais além" anunciado por si em campanha eleitoral.
Serviu pelo menos para se entender que o
Governo Coelho/Portas entende que cortar na despesa significa cortar no social e também para confirmar que o conceito de esbanjamento e gordura que enche de colesterol a cabeça desta gente é o de que o social (saúde, educação e segurança social) é caridade e não um direito da humanidade.
Falou nos cortes das prestações sociais e nunca nos esbanjamentos e desvios que são feitos à volta dessas prestações sociais. É a lei cega do menor esforço.
É como se ele considerasse que a solução para a cura do cancro passasse pela erradicação da humanidade.
Do jornalista esperava-se mais. Pelo menos que deixasse o PM falar para que se pudesse entender o seu pensamento. Ficávamos todos muito mais agradecidos e esclarecidos.
LNT[0.391/2011]