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quarta-feira, 19 de março de 2014

Geoestratégia à la portuguesa

Bandeira invertida
Deixemos sossegado o que já sabemos há muito, isto é, que existe uma divergência insanável do PS com as políticas de empobrecimento do actual poder, coisa que não sendo irrevogável, porque só o é quem faz depender as revogações da atribuição de mordomias e honrarias, é inconseguível.

Deixo isso de lado e faço deste texto oralmente escrito uma reflecção, em linguagem aproximada à que é usada pela actual diplomacia portuguesa, sobre o assunto Crimeia.

A referência do Ministro da coisa ao homem que ora é presidente, ora é 1º ministro da terra dos czares, um tal de Putin no linguajar de Machete, é bem o espelho do que representamos na estratégia mundial. Ele sabe que pode dizer o que quiser porque isso não tem qualquer relevância ou impacto no exterior onde olham para nós como sendo a Crimeia da Alemanha, com a diferença de que nem a Alemanha, nem ninguém, nos pretende apresentar ao Mundo como um território anexado.

O ministro até poderia ter dito:
Putin e os crimeigildos não têm o direito de fazer de um território russo há trezentos anos um território anexado porque, por ter sido emprestado há meia dúzia de anos à república de Chernobil, tem de ficar ucraniano toda a vida. Assim sendo, vamos apoiar o boicote económico aos filhos de Putin, transformando as nossas magníficas e ambicionadas exportações em matérias de consumo interno. Contamos com a solidariedade do Cherne europeu, da Merkel e também do raio do preto das selfies que não desiste de montar uma base da Nato ao lado da outra que o Pacto de Putin (ex-Varsóvia) tem em funcionamento em Sebastopol.
LNT
[0.104/2014]