Eis aqui, quase cume da cabeçaA coisa está no papo. Depois de Bento, a bola. Depois de Lanzarote, Lisboa. Depois de zero, os sete. A tribo não sai dos cabeçalhos mundiais onde se afirma no divino, no profano e no excessivo.
da Europa toda, o Reino Lusitano,
onde a terra se acaba e o Mar começa
e onde Febo repousa no Oceano.
Este quis o Céu justo que floreça
nas armas contra o torpe Mauritano,
deitando-o de si fora; e lá na ardente
África estar quieto o não consente.
Passados quinhentos e vinte e três anos de Bartolomeu Dias ter rebaptizado as tormentas como boa esperança, os novos navegadores oriundos dos quatro cantos do mundo que o astrolábio e a perseverança dos antigos conseguiu reunir desde a santa terrinha às terras de Vera Cruz e ás que Bartolomeu Perestrelo pisou, fazem o feito de encher de brio uma terra orgulhosa dos seus jeitos mesmo que continue a ser tão pobre como era antes do império.
Das bestas e dos bestiais já não são buzinadelas que se ouvem mas sim o monocórdico e igualitário vuvuzelar, arte suprema que acultura o Adamastor e nos leva, além da dor, às glórias que a Pátria tanto almeja.
Heróis do Mar, nobre povo.
LNT
[0.205/2010]