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segunda-feira, 28 de novembro de 2011

Humanidade imaterial

GuitarraPovo que lavas no rio que talhas com teu machado
As tábuas do meu caixão
Há-de haver quem te defenda, quem compre o teu chão sagrado
Mas a tua vida não

Fui ter à mesa redonda beber em malga que esconda
Um beijo de mão em mão
Era o vinho que me deste, água pura, fruto agreste
Mas a tua vida não

Aromas de urze e de lama, dormi com eles na cama
Tive a mesma condição
Povo, povo eu te pertenço, deste-me alturas de incenso
Mas a tua vida não

Povo que lavas no rio que talhas com teu machado
As tábuas do meu caixão
Há-de haver quem te defenda, quem compre o teu chão sagrado
Mas a tua vida não.
Pedro Homem De Mello
LNT
[0.545/2011]

terça-feira, 14 de outubro de 2008

Botão Barbearia[0.788/2008]
FadoCavaquinho

Andamos para trás e para a frente, procuramos bodes expiatórios e por muitas voltas que se dêem chegamos sempre ao mesmo:
Estamos lixados!

Deixámos o Old Spice na ânsia de cheirar melhor. Deixámos a navalha em busca de melhor escanhoar. Quisemos para a nossa terra o que encontrávamos no resto da Europa e por fim exagerámos, como o fazemos desde o tempo da canela, da pimenta e do ouro do Brasil.

Até cherne exportámos, como se fosse produto de qualidade.
A festa foi porreira, pá!
LNT