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quinta-feira, 2 de dezembro de 2010

Felizmente há bola

Bola WCS 1930Se os portugueses têm tido algumas boas exibições, nos últimos anos, é na promoção de eventos. Dificilmente qualquer outro povo nos bate na organização, na pompa e na circunstância.

Podemos ser só isso porque, por exemplo, a Expo, o Euro, a Cimeira dos Açores, as grandes conferências da presidência portuguesa da UE e, ultimamente, o palco papal da Praça do Comércio e as conferências NATO, UE/USA e os seus apêndices, provaram que somos bons nos cenários e no cattering.

Na bola, irradiámos hoje e veremos mais logo se a irradiação foi suficiente para cegar os interesses em movimento, mas aí, ao contrário de todos os outros eventos que temos produzido, podemos acumular a nossa sabedoria festiva com o interesse de sermos participantes com palavra a dizer.

Ia escrever que temos um Ronaldo que nos dá esperança de bom jogo mas, em 2018, ele é capaz de já ser só treinador. Ia dizer que os estádios estão em pé desde o Euro a provar a sua desnecessidade e a nossa tendência para o esbanjamento mas daqui a oito anos já têm mais oito anos e as humidades não perdoam. Ia dizer que em 2018 teremos um irradiante optimista à frente do Governo mas não me parece que o aguentemos por mais oito anos.

Felizmente há a bola que, como se sabe, é esférica, o que lhe permite rolar e, não sendo nós de vovuzelas, somos gente de bombos, concertinas e gaitas-de-foles.
LNT
[0.442/2010]