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sexta-feira, 30 de maio de 2014

Dá-me o teu bracinho, vem bailar comigo

Santo AntónioCá vai a marcha, mais o meu par
Se eu não o trouxesse, quem o havia de aturar?
Não digas sim, não me digas não
Negócios de amor são sempre o que são
Já não há praça dos bailaricos
Tronos de luxo num altar de manjericos
Mas sem a praça que foi da Figueira
A gente cá vai quer queira ou não queira

Ó noite de Santo António
Ó Lisboa de encantar
De alcachofras a florir
De foguetes a estoirar
Enquanto os bairros cantarem
Enquanto houver arraiais
Enquanto houver Santo António
Lisboa não morre mais

Lisboa é sempre namoradeira
Tantos derriços que já até fazem fileira
Não digas sim, não me digas não
Amar é destino, cantar é condão
Uma cantiga, uma aguarela
Um cravo aberto debruçado da janela
Lisboa linda do meu bairro antigo
Dá-me o teu bracinho
Vem bailar comigo

Reportório de Amália Rodrigues
Música de Raul Ferrão e Norberto Araújo
Cerâmica de Teresa Rezende
Ouvir aqui: www.youtube.com/watch?v=XK3kXrEZcow
LNT
[0.190/2014]