Ficam vossas excelências notificadas, clientela ilustre deste humilde estabelecimento de cortes e topetes, que no corrente ano não se comemorará nem o São Martinho, nem o Primeiro de Dezembro.
As razões são conhecidas:
No primeiro caso porque, embora não rareie castanha para aviar à gentalha irrevogável e outra que anda por esse mundo fora a vender a imagem de um povo rendido e submisso, falta já a força para as por ao lume até porque a navalha de golpeio é, cada vez mais, um chanfalho. Também a água-pé rareia, tal como o graveto para a jeropiga.
No segundo caso já nem é preciso fundamentar. A lógica de se acabar com um dia especial para relembrar a nossa independência nacional vem na sequência de todas as outras coisas que esta gente adoptou para nos reduzir a um enclave europeu que rebaptizaram como protectorado. Para nos dar essa noção basta lembrar que, embora ainda tenhamos bandeira e hino, já não temos moeda, nem língua (acordo ortográfico?), nem separação de poderes, nem uma República, nem sequer um Presidente de todos. Formamos jovens para servirem outras nações e vamos a caminho de reinstaurar a prática do boné na mão e da cabeça baixa perante um exército internacional anónimo de prestamistas esbulhadores.
Seja como for, aqui ficam os votos de bom São Martinho.
Não deixem que o quente das castanhas vos queime a língua e, se não conseguirem a água-pé proibida pelos burocratas da Europa Central, afinfem-lhe com um Côtes du Rhône que é para isso que servem as verbas comunitárias para a lavoura.
LNT
[0.435/2013]
As razões são conhecidas:
No primeiro caso porque, embora não rareie castanha para aviar à gentalha irrevogável e outra que anda por esse mundo fora a vender a imagem de um povo rendido e submisso, falta já a força para as por ao lume até porque a navalha de golpeio é, cada vez mais, um chanfalho. Também a água-pé rareia, tal como o graveto para a jeropiga.
No segundo caso já nem é preciso fundamentar. A lógica de se acabar com um dia especial para relembrar a nossa independência nacional vem na sequência de todas as outras coisas que esta gente adoptou para nos reduzir a um enclave europeu que rebaptizaram como protectorado. Para nos dar essa noção basta lembrar que, embora ainda tenhamos bandeira e hino, já não temos moeda, nem língua (acordo ortográfico?), nem separação de poderes, nem uma República, nem sequer um Presidente de todos. Formamos jovens para servirem outras nações e vamos a caminho de reinstaurar a prática do boné na mão e da cabeça baixa perante um exército internacional anónimo de prestamistas esbulhadores.
Seja como for, aqui ficam os votos de bom São Martinho.
Não deixem que o quente das castanhas vos queime a língua e, se não conseguirem a água-pé proibida pelos burocratas da Europa Central, afinfem-lhe com um Côtes du Rhône que é para isso que servem as verbas comunitárias para a lavoura.
LNT
[0.435/2013]