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quinta-feira, 22 de setembro de 2011

O azar dos Távoras

Amolador
A introdução de uma nova modalidade de despedimento por inadaptação, em estudo, irá permitir o despedimento com justa causa dos trabalhadores cuja prestação decresça em termos de produtividade ou de qualidade.
A plebe que assistia às fogueiras mandadas fazer por Carvalho e Melo murmurava entre si:
"Azar ter-se nascido Távora".
Mas não era assim. O azar era ter-se Carvalho e Melo como o dono da caixa de fósforos.

Agora a plebe vai assistindo às brutalidades que destroem lutas de gerações e rasgam a Constituição conseguida a pulso, com a mesma passividade que teve nos tempos de Dom José e com o mesmo murmúrio que remete o azar para si própria (ainda para mais porque quando teve oportunidade de escolher dividiu-se entre isto que aí temos e aquilo que a fez ficar em casa a lamentar-se do seu azar)

Imaginemos que um trabalhador teve o azar de ser bem classificado na avaliação do primeiro ano e que no segundo, porque partia de uma nota máxima, mantinha essa avaliação ou ela era ligeiramente inferior. Estavam adquiridas as condições para ser despedido com justa causa.

Azar, azar, é ter a sina de sermos plebe e mais azar ainda é continuarmos a sê-lo.
LNT
[0.393/2011]

sexta-feira, 21 de dezembro de 2007

Botão Barbearia
[0.390/2007]
Greves selvagens

 ?
Sabe-se, de fonte segura, que está em preparação uma greve de 12 horas para o final do dia 24 contra a exploração do trabalho animal.

Não estão assegurados os serviços mínimos.

Prevêem-se graves altercações.
LNT

sexta-feira, 30 de novembro de 2007

Botão Barbearia[0.320/2007]
Fura-greves

BotõesEsta barbearia, embora pública, declara solenemente perante a DREN e outros poderes instituídos, que não está em greve.

Aliás, nesta barbearia nunca se faria esta greve porque isso só serviria para ajudar o governo a arrecadar mais uns milhões aproveitando o facto de não ter de pagar a jorna de hoje.

Aliás, nesta barbearia entende-se que, de uma greve das barbearias públicas, nunca poderão surtir grandes problemas porque, como se sabe, o cabelo tanto pode ser cortado hoje, como amanhã.

Aliás, nesta barbearia sabe-se que, para que a greve fosse eficaz, era mais importante que faltasse a água do que os trabalhadores porque sem água os trabalhadores receberiam a jorna por se terem apresentado no local de trabalho, mas não poderiam trabalhar.

Aliás, nesta barbearia não se faz greve porque se entende que a greve é como o Euromilhões. Muitos jogam, mas só muito poucos recebem o prémio.

Aliás e aliás e aliás.

Se não sabem o que fazer ao dinheiro da jorna dêem-no ao Costa, coitado, que está na penúria. O senhor ministro da Fazenda não precisa dele para nada, ou os meus estimados clientes não o ouvem dizer que está tudo bem, que estamos no bom caminho?
LNT

domingo, 4 de novembro de 2007

Botão Barbearia[0.226/2007]
O movimento grevista

Cliente em relaxe

O Mundo neo-liberal para que caminhamos é bem mais complicado, mesmo em termos sindicais, do que aquele onde estávamos habituados aos cuidados sociais.

GrevistasNesta barbearia, na sequência da não atribuição do galardão semanal pelas razões aferidas em Post anterior e pela posterior explicação de que a ilustre clientela deve ser deixada em estado de relaxe não arrepiado conforme se documenta acima, as nossas colaboradoras entraram em greve selvagem sem pré-aviso (foto ao lado) e não asseguram os serviços mínimos.

É este o caminho neocon que nos espera no mundo onde as regras da concertação deixaram de fazer sentido.

Está tudo perdido porque, tal como noutros locais, também nesta barbearia não se negoceia sobre pressão, ainda que o negócio possa ir por àgua abaixo.
LNT