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sexta-feira, 17 de fevereiro de 2017

Nunca lhe perdoarão

Escalpe

Possivelmente mentiu.

Alegadamente terá cometido o pecadilho arrogante dos detentores do poder que pensam tudo poder contornar legislando, como se a legislação pudesse ser um instrumento de excepção aplicada a casos particulares.

Provavelmente prometeu o que não poderia cumprir com o intuito de colocar um homem de currículo à frente da instituição pública financeira que concentra os mais importantes recursos do sector Estado.

Hipoteticamente terá cometido perjúrio na Comissão Parlamentar.

Mas o que nunca lhe perdoarão é o facto de ter comprovado que a teoria thatcheriana do ”there Is no alternative” é uma falácia, assim como nunca lhe perdoarão a prova provada de que é possível cumprir as metas estabelecidas pelos agiotas internacionais sem esmagar os contribuintes.

Enquanto Centeno tiver um pêlo no couro cabeludo, Passos Coelho e Cristas, apostados no desmantelamento da CGD e na chicana política do desvario guerrilheiro para conseguir a lei da terra queimada, hão-de exigir o seu escalpe.

Os esbirros xavieranos, serviçais de vichyssoises marcelistas, nunca lhe perdoarão a inocência política com que foram conseguidos os resultados técnicos que anulam as teses da submissão e do espírito de bons alunos acobardados, magistralmente instruídas na cadeira de economia-do-lar que Cavaco regeu às quintas-feiras, e não só.
LNT
#BarbeariaSrLuis
[0.025/2017]

quarta-feira, 21 de maio de 2014

Adelante

Gatos pretosO PCP, desculpem, a CDU, desculpem mais uma vez, o PCP, porque só é CDU em períodos eleitorais em que, pelo sim, pelo não, esconde a sua bandeira não vá alguém lembrar-se de outras bandeiras que se erguiam antes da demolição do muro que separava as democracias da ditadura, tem uma peculiar forma de conseguir queimar a terra onde todos nós poderíamos viver melhor caso o PCP não fosse um incendiário permanente.

Sabemos que o método anda de braço dado com a sobrevivência porque todas as conquistas que o PCP (agora CDU porque estamos em tempo de votos) defende foram conseguidas pelo Partido Socialista, embora na altura em que foram conseguidas tenham contado com a oposição do PCP, ou CDU, conforme estivéssemos ou não em período eleitoral.

E é fácil perceber o instinto de sobrevivência que faz o PCP (ou a CDU conforme o contexto já explicado anteriormente) atacar sempre o PS quando pretende defender o que sobra daquilo que o PS construiu em Portugal e está em fase de terraplanagem pela direita radical que o PCP (ou a CDU) sempre ajudou a guinar ao poder desde que Portugal é democrático.

É que se o PCP (ou a CDU. idem) permitir que se perceba que aquilo que sempre recusa de início vindo do PS e que depois reivindica como sendo sua obra se juntar à constatação de que nunca construiu nada, porque nunca foi poder para o construir, pode acontecer passar a ter o único fim de ser o promotor da Festa Anual da Atalaia.

Ainda assim, e mal, por mal, o PCP (ou a CDU, conforme a época) tem a utilidade de ser o depósito de votos desperdiçados que, mesmo tendo pouca ou quase nenhuma utilidade, sempre são úteis para não serem desperdiçados em coisas piores.
LNT
[0.174/2014]