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sexta-feira, 9 de janeiro de 2015

Les uns et les autres

Gunter GrassVamos vendo, pseudo-assistindo (porque as imagens que vemos são só aquilo que nos deixam ver) e ouvindo as mais díspares opiniões oriundas de “especialistas” em todas as opiniões sobre “presumíveis e alegadas” coisas sempre referidas como “não confirmadas”.

Estamos nisto, como sempre estaremos enquanto tudo seja útil à venda de tempo de antena (agora que o papel vende pouco). Nisto, da defesa intransigente dos direitos de liberdade de imprensa, até porque são jornalistas que estão no centro das atenções.

Como sempre, o nome de algumas das vítimas é sempre citado e o de outras é esquecido.

Neste caso os jornalistas tem nome e apelido e os outros só têm profissão, etnia, cor, ou religião.

Também aqui nada de novo. Uns serão sempre citados como “o motorista”, “o contabilista”, “o mordomo”, “o polícia” (ou “a mulher polícia”).

Os com nome foram “barbaramente assassinados” os outros (polícias, reféns, etc.) foram “abatidos”.

É da vida.
LNT
[0.010/2015]

sexta-feira, 24 de agosto de 2012

Cenouras há muitos, seu palerma

Pica-pauPodemos sempre analisar as questões sobre vários prismas.

Por exemplo, a entrevista dada ontem por um senhor ruivo a uma senhora jornalista simpática que também costuma servir de sacristã nas homilias dominicais de um professor de direito, que o escreve por linhas tortas, pode ser apreciada como tendo um cariz vinculativo, se o senhor ruivo que a deu estava lá na condição de sopeiro da Senhora Merkel, um cariz informativo, caso o senhor ruivo lá tenha estado na condição de confidente de alguma alta individualidade, ou meramente especulativo, se a condição em que ele se deixou entrevistar era somente a de mais um comentador bem pago para dizer coisas sobre todos os coisos que lhe apetecer.

Teremos por isso de ser esclarecidos em que condição, para além daquela de ser mais um que vive à nossa custa, lá estava e a partir daí atribuir importância ao que disse.

Não se sabendo, nem vale a pena analisar, tal como não vale a pena analisar a conversa de qualquer outro coiso que diga coisas (barbeiros e taxistas, excluídos).
LNT
[0.388/2012]