O dez de Agosto é para mim, todos os anos, um dia especial. Relaciona-se com a imortalidade e faz parte do processo de aprendizagem que me trouxe até aqui.
Muitas vezes me questiono, e hoje é 10 de Agosto – dia de me questionar, sobre o que ando a fazer com uma escrita pública quando tantos o fazem bem melhor do que eu e com a propriedade que não quero (ou não consigo) ter. No fundo cinjo-me a partilhar com os meus voluntários leitores experiências, conhecimentos e opiniões sobre aquilo que mais me toca ou, pelo menos, sobre o que entendo ser partilhável, mesmo que, tal como neste texto, não ultrapasse a necessidade de me questionar.
Não sou, nem pretendo ser, uma pessoa pública e como tal não tenho obrigatoriedade de expor o meu pensamento. Não me julgo narcisista e não sinto qualquer necessidade de me dar a conhecer. Não pretendo notoriedade para além daquela que me é absolutamente necessária para o desenvolvimento da minha actividade e essa não é aqui que a consigo. Detenho canais capazes de desenvolver a influência de que não abdico nas organizações a que pertenço. Nunca senti necessidade de me colocar em bicos de pés para parecer mais alto.
No entanto esta actividade (já com uma década de exercício, mesmo sem contar outra opinião publicada que tenho praticado) dá-me algum gozo e espanta-me verificar o número de audiências que provoca.
Claro que não sou ingénuo nem considero ingénuos aqueles que vêem aqui ler-me e sei que tudo isto faz parte de um jogo que também envolve militância informal desenvolvida fora dos circuitos tradicionais, assim como também sei que a irreverência, sempre necessária à criatividade, é um meio de transmitir a mensagem de combate à indiferença.
Este Post, em que assinalo mais um dez de Agosto, é uma química na evocação dos meus fantasmas. Não creio que tenham capacidade de o ler mas sei que questionando-me com eles no pensamento eles não me esquecerão.
Materializo-o para a partilha com os (ainda) físicos.
LNT
[0.366/2012]
Muitas vezes me questiono, e hoje é 10 de Agosto – dia de me questionar, sobre o que ando a fazer com uma escrita pública quando tantos o fazem bem melhor do que eu e com a propriedade que não quero (ou não consigo) ter. No fundo cinjo-me a partilhar com os meus voluntários leitores experiências, conhecimentos e opiniões sobre aquilo que mais me toca ou, pelo menos, sobre o que entendo ser partilhável, mesmo que, tal como neste texto, não ultrapasse a necessidade de me questionar.
Não sou, nem pretendo ser, uma pessoa pública e como tal não tenho obrigatoriedade de expor o meu pensamento. Não me julgo narcisista e não sinto qualquer necessidade de me dar a conhecer. Não pretendo notoriedade para além daquela que me é absolutamente necessária para o desenvolvimento da minha actividade e essa não é aqui que a consigo. Detenho canais capazes de desenvolver a influência de que não abdico nas organizações a que pertenço. Nunca senti necessidade de me colocar em bicos de pés para parecer mais alto.
No entanto esta actividade (já com uma década de exercício, mesmo sem contar outra opinião publicada que tenho praticado) dá-me algum gozo e espanta-me verificar o número de audiências que provoca.
Claro que não sou ingénuo nem considero ingénuos aqueles que vêem aqui ler-me e sei que tudo isto faz parte de um jogo que também envolve militância informal desenvolvida fora dos circuitos tradicionais, assim como também sei que a irreverência, sempre necessária à criatividade, é um meio de transmitir a mensagem de combate à indiferença.
Este Post, em que assinalo mais um dez de Agosto, é uma química na evocação dos meus fantasmas. Não creio que tenham capacidade de o ler mas sei que questionando-me com eles no pensamento eles não me esquecerão.
Materializo-o para a partilha com os (ainda) físicos.
LNT
[0.366/2012]