Se há coisa que realmente me assusta são aqueles sapatinhos bicudos que se prolongam uns quantos centímetros para além do viável término do dedão do pé.
Quando entro nos elevadores, de olhos baixos para não ter de enfrentar as caras risonhas da manhã, algo para mim incompreensível, lá estão eles (os sapatinhos) ameaçadores, a maior parte vincados pelos artelhos espremidos em insana embalagem, como que a avisar que, por mais que se tente o refúgio nas esquadrias das paredes, nunca haverá safa possível.
Que saudades dos
moc Bally’s de ponta redonda, com ou sem berloques ou aplicações na pala.
LNT[0.378/2009]