domingo, 9 de setembro de 2012

Um ás

Passos CoelhoTranscrevo o que ontem escrevi no FB sobre aquilo que Passos Coelho resolveu escrever no seu mural do FaceBook. (“não como Primeiro-Ministro mas como cidadão e como pai...”)

A todos nós assiste ir lá escrever o que, como cidadãos e como pais, temos para lhe escrever.

“Passos Coelho, depois de ter retirado aos trabalhadores portugueses o dinheiro que vai entregar aos chineses e aos angolanos da EDP e da Galp (entre outros), ainda se atreve a escrever no seu mural:
Não baixaremos os braços até o trabalho estar feito, e nunca esqueceremos que os nossos filhos nos estão a ver, e que é por eles e para eles que continuaremos, hoje, amanhã e enquanto for necessário, a sacrificar tanto para recuperar um Portugal onde eles não precisarão de o fazer.
Ele não tem noção do nojo que está a criar nos nossos filhos. Vale a pena ir lá explicar isso na caixa de comentários.

Certamente um dos seus muitos assessores terá oportunidade de lhe fazer um resumo."
LNT
[0.411/2012]

Já fui feliz aqui [ MCLXXII ]

Comporta Café
Praia da Comporta - Tróia - Portugal
LNT
[0.410/2012]

sábado, 8 de setembro de 2012

“Eles” são todos iguais

BaralhosO governo Passos Coelho/Paulo Portas é o resultado da democracia pela qual alguns se bateram para construir e da qual os cidadãos resolveram alhear-se com o argumento inculcado pelos que nunca foram adeptos do regime e que se resume na frase:

“Eles são todos iguais”

Esta mentira dita vezes sem conta e incrustada na sociedade portuguesa pouco habituada à democracia e à liberdade levou a que a democracia representativa ambicionada por todos nós, que saímos à rua para dizer basta à ditadura e nos fez de novo sair quando uma ditadura de sinal contrário se tentou instalar, se tivesse transformado num simulacro democrático.

Efectivamente “eles” (esta outra mania portuguesa) são bem diferentes. Uns acreditam que a ditadura de esquerda é melhor que a democracia. Outros acreditam que democracia é liberdade e que liberdade é o estado social e a igualdade de oportunidades. Outros acreditam que a solução é ter ricos sustentados pela usura aos trabalhadores e que o mundo do trabalho deve calar-se e nada exigir na esperança de que os bons princípios morais dos que o sugam promovam compaixão e lhes proporcione alguma caridade.

Baralhos
“Eles são bem diferentes”. Estes “eles” são mesmo “eles”. São os que nos querem reduzir, a “nós”, ao esforço que os enriquece. Por isso foram buscar o que sempre quiseram trazer à praça pública e, desta vez sem qualquer pejo (mesmo escondendo-se em imposições externas que eles próprios chamaram para lhes dar cobertura), disseram-nos na cara que a parte do nosso vencimento que era pago através de uma comparticipação das entidades patronais, sob a forma de contributo para a reforma que teremos quando já não dispusermos de mais força para continuar a servi-los, deixará de ser um encargo dos que enriquecem com o nosso trabalho e terá de passar a ser suportado pelos trabalhadores.

Se no sector público isso ainda reverte para o Estado porque a entidade patronal diminui a despesa, no privado é um imposto pago directamente aos patrões (tal como já tinha sido com o anúncio de que os portugueses continuariam a pagar uma taxa quando a televisão pública fosse privatizada).

Baralhos
“Eles” não são todos iguais. Nunca passou pela cabeça dos “outros” que os cidadãos tivessem de pagar impostos ao Estado e a alguns particulares.

Isto deixou de ser uma democracia e passou a ser um estado feudal em que os grandes senhores se acham com o direito de exercerem a colecta da dízima.

Não somos todos iguais e para o provar teremos de, se for necessário, demonstrar que não o somos.

Temos uma Constituição para defender e se o Presidente da República voltar a quebrar o seu voto de defesa dessa Constituição (como o fez com a promulgação do OE do ano passado sem ter ido ao Tribunal Constitucional confirmar as suas suspeitas de que a Lei violava a Constituição) teremos de exercer os outros direitos e deveres que essa mesma Constituição nos proporciona.
LNT
[0.409/2012]

Já fui feliz aqui [ MCLXXI ]

Comporta Café
Comporta Café - Praia da Comporta - Portugal
LNT
[0.408/2012]

sexta-feira, 31 de agosto de 2012

do Além

Valete de copasSe houvesse dúvidas sobre os intentos dos nossos soberanos, o título de hoje afixado no Sol onLine faria desvanecê-las.

O texto termina da seguinte forma:
Com as medidas deste plano estratégico para o Governo e para a troika – que visam reduzir mais a despesa do Estado e aumentar a receita – o Governo espera conseguir resultados em 2013 que permitam, por exemplo, não ter de recorrer à sobretaxa sobre o 13.º mês de todos os trabalhadores em Portugal.
Quer isto dizer que o tal plano estratégico “para o Governo e para a troika” foi cozinhado por Vítor Gaspar e os apertos que aí vêm resultam de mais uma iniciativa exclusiva deste poder para atingir os objectivos que sempre pretendeu mas que disfarça escudando-se na inevitabilidade.

Há que registar o facto para que sirva de referência da próxima vez que o Governo vier informar que só trilha este caminho porque a acção do anterior governo e as imposições da troika não o deixam seguir por caminho diferente.
LNT
[0.405/2012]

Surdinas [ LIV ]

Mosca(baixinho para que ninguém nos ouça)

Todos os dias observo mais caras fechadas nos subterrâneos do Metro lisboeta. Aflige-me sentir, todos os dias, em quem viaja de um lado para o outro com a perspectiva de chegar a lugar nenhum, tanto alheamento e fixação no vazio.
LNT
[0.404/2012]