quinta-feira, 12 de dezembro de 2013

Indicadores

Arrefecimento
No auge da excitação nacional apresentam-se os mais diversos indicadores para demonstrar que “a coisa está a mudar para melhor” como se não fosse verdade o ditado popular de que não há mal que sempre dure.

Há três destes indicadores que, nestes casos, são sempre chamados à colação, para além do significativo sinal positivo que representa a diminuição (milimétrica) da taxa de desemprego sem considerar os factores da emigração, do fim do prazo útil de manutenção da inscrição nos Centros de Emprego e a desistência pura e simples de procurar trabalho.

É a toma e a retoma expressa pelo aumento do consumo de energia eléctrica, pela melhoria da procura interna e pela diminuição “moderada” dos índices de exportação.

O primeiro é principalmente importante por indicar o aumento de actividade da indústria. Nos valores absolutos desse acréscimo, mesmo não considerando o aumento do consumo de lenha, há que desvalorizar o facto de este Outono/Inverno estar a ser de frio intenso.

O segundo, que deveria ser atribuído ao bom desempenho do Tribunal Constitucional por ter mandado repor o subsídio de Natal que o Governo queria gastar nos almoços a oferecer aos “mercados”, nada tem a ver com a quadra do homem barbudo e do Menino das palhinhas que incita ao consumo e ao derretimento do crédito de plástico.

O terceiro, que nada tem a ver com o sazonalidade da época baixa, como lhe chama o sector do turismo (um dos sectores considerados na exportação), não significa que a nossa indústria exportadora é radicalizada na prestação de serviços, esquecido o sector dos derivados de petróleo porque a matéria prima é de importação.

Ficamos assim conversados e à espera da conversa que o segundo-ministro vai ter com a dona Judite, esta noite, para anunciar que estamos no bom caminho (do empobrecimento) faltando ainda percorrer o trilho das pedras escavado no túnel sem luz à vista.

Não somos gregos, embora nos vejamos gregos para não explodir de alegria com tanto sucesso.
LNT
[0.492/2013]

Religiosidades

Arte sacra - ÓbidosSó me lembro de ter sido baptizado na idade da infância pelas fotos que existem nos herdados álbuns de família.

Nas idades seguintes, primeiro na dos sacramentos e andanças pelos Jesuítas, fiz o percurso habitual dos católicos e depois, na do armário e na da sequente idade jovem imortal, a busca da santidade arrefeceu.

Agora, quando começo a sentir que cada dia que passa é menos um que falta para atingir a concretização da finitude, dou por mim a repensar no diálogo com o divino e não acabo os dias sem fazer uma prece de agradecimento.

Partilho a minha oração:

Obrigado Senhor por mais este dia com vida e por menos um dia em que terei de aturar Passos e Portas.
Deo gratias pelo dia a menos no mandato de Cavaco.
Ámen!
LNT
[0.491/2013]

Já fui feliz aqui [ MCCCXXXVIII ]

Casa dos Assentos
Casa dos Assentos - Minho - Portugal
LNT
[0.490/2013]

quarta-feira, 11 de dezembro de 2013

Por falar em perdão

Obama

Fraternidade e perdão. Pois sim!

Vejam lá se é esse espírito, que tantos encontraram no bacalhau que Obama deu ao mano Castro, que está estampado na cara de Michelle?

Em tempo:
LNT
[0.489/2013]

Cartas de amor

BoteroNão é muito difícil estar em desacordo com Pedro Nuno Santos, embora não seja preocupante saber se se está, ou não, de acordo com ele.

Aliás presumo que a vossa questão ao ler este enunciado será a de saber quem é Pedro Nuno Santos, o que é uma questão lamentável porque é muito importante conhecer-lhe o pensamento.

Por exemplo é importante saber que Pedro Nuno Santos considera:
"O debate, dentro do Partido Socialista, sobre radicalismo e moderação é um debate estéril e fútil que serve apenas o propósito de alguns – que se auto-intitulam de moderados – de racionalizar e justificar a sua própria incapacidade de discordarem do programa liberal que a direita europeia e portuguesa tem vindo a implementar."
É importante porque é relevante que, tal como o texto que ele escreveu no I e este que vos escrevo aqui, todos saibamos escrever sobre os debates estéreis e fúteis transformando as folhas de papel em branco em folhas de papel com letras, ao que vulgarmente se chama "encher chouriços", e pelo meio aproveitar para dar umas porradas nos camaradas com quem não se está de acordo.

Razão tinha Álvaro de Campos quando escreveu: "Todas as palavras esdrúxulas, como os sentimentos esdrúxulos, são naturalmente ridículas", ao que acrescento - ridículas, estéreis e fúteis
LNT
[0.488/2013]

Já fui feliz aqui [ MCCCXXXVII ]

Águia
Voar bem e alto mas não chegar ao ninho - SLB/PSG - Portugal
LNT
[0.487/2013]

terça-feira, 10 de dezembro de 2013

Cara-de-pau

Passos Coelho já não surpreende pela “inverdade”. O que surpreende é que cada vez mais se leia e oiça na comunicação social e nas redes sociais (dos seus poucos restantes seguidores) que ele é profundamente “verdadeiro”.

Quando a política de destruição de todos os avanços civilizacionais dos últimos 40 anos estiver concluída em Portugal haveremos de ouvir Passos Coelho afirmar, com a sua habitual cara-de-pau, que passámos a ser muito mais civilizados.
LNT
[0.486/2013]

Já fui feliz aqui [ MCCCXXXVI ]

Azulejos
Viúva Lamego - Lisboa - Portugal
LNT
[0.485/2013]