segunda-feira, 14 de julho de 2014

Sete

Sete
Sete indica o processo de passagem do conhecido para o desconhecido. O Sete é uma combinação do três com o quatro; O três, representado por um triângulo, é o espírito; o quatro, representado por um quadrado, é a matéria.
O que pode um barbeiro estabelecido há sete anos dizer no dia em que a sua barbearia comemora o aniversário?

Pouco, porque pouco mais há a dizer do que obrigado aos 770 mil visitantes que já por aqui passaram para concordar, discordar ou nem pouco mais ou menos.

Isto somado aos anos de escrita anterior noutros blogs atira com o Luís da barbearia para o paleolítico dos Blogs, num tempo em que muitos dinossáurios pastavam e engordavam para depois ganharem notoriedade no poder, nas artes e na comunicação social.

Aqui vou resistindo e deixo um grande abraço agradecido pela paciência de quem entra.
LNT
[0.298/2014]

Já fui feliz aqui [ MCDXLV ]

Picanha
Picanha - Por aí - Argentina
LNT
[0.297/2014]

sexta-feira, 11 de julho de 2014

Roleta russa

ArmaEmbora haja formas de viciar os resultados, a roleta russa é um jogo que tem a característica de matar quem acerta com a câmara onde a bala está alojada.

Não sou muito de sondagens, não propriamente por desconhecer o seu método, mas por saber que são um instrumento muito fácil de manipular. Para tal, mesmo mantendo o(s) método(s) para cálculo correcto, basta que a definição dos parâmetros da consulta ou os universos sejam mal padronizados para se obterem os resultados que mais interessam a quem encomenda a sondagem.

Por exemplo aquela sondagem para saber se as pessoas preferiram Seguro, Costa ou Coelho que foram amplamente divulgadas pelos interessados em Costa por lhe darem um avanço (o edil tinha 67% sobre o PM, uma maioria que provoca gargalhadas aos mais sisudos), era destituída de interesse porque não informava (pelo menos não foi dado relevo) quantos daqueles inquiridos tinham intenção de votar no PS.

Bem, para o caso pouco interessa porque coisa mais séria é aquela que é revelada numa sondagem hoje anunciada onde é informado que se houvesse eleições legislativas o PS perderia 1,6% para a direita unida.

Partindo dos resultados eleitorais das Europeias realizadas há bem pouco tempo, em que parte do PS quis dar a entender aos eleitores que os seus votos são pouco mais valiosos do que eram as vitórias de Pirro, os eleitores respondem-lhes, possivelmente por pirraça, que não estão para se maçar com quem não respeita o seu voto e deslocam 5,3% das intenções para quem melhor os trata.

Agora o PS passa de uma vantagem de 3,7% (que muitos continuam a querer apresentar só com 3%) sobre toda a direita unida, para uma desvantagem de 1,6%
.


Porreiro, pá!
LNT
[0.296/2014]

Limpem-se à saída

MolduraNão dá qualquer gozo até porque já sabemos quais os bolsos onde hão-de ir meter as mãos, mas ainda será preciso mais (já nem falo do magnífico sucesso da dívida em % ao PIB) para entenderem quão errados andaram todos estes anos em que viveram acima das possibilidades que nos deram?

É espantoso, ainda mais, se nos lembrarmos de que o factor mais relevante para a eleição do actual Presidente da República foi o de ele ser um ilustre economista.

A roda livre desta gente e o marasmo de uma oposição que devia estar concentrada no que interessa mas que foi atirada para um canto devido a outros cantos de sereia, vai sair-nos caríssima.
Summary
Exports of goods decreased by 3.3% and imports of goods decreased by 0.8% in the quarter ended in May 2014, when compared with the quarter ended in May 2013 (-0.9% and +0.1%, respectively, in the period February to April 2014). Trade balance deficit increased by EUR 288.8 million and the coverage rate decreased by 2.1 percentage points (p.p.) to 83.8%.In May 2014, in terms of year-on-year change rates, exports of goods decreased by 3.6% and imports of goods increased by 1.9% (in April 2014 those figures were -4.8% and -6.1%, respectively).
LNT
[0.295/2014]

Já fui feliz aqui [ MCDXLIV ]

Vinagrete
Vinagrete - Por aí - Portugal
LNT
[0.294/2014]

quinta-feira, 10 de julho de 2014

Passagem de testemunho

BardoFaltam meia-dúzia de dias para deixar de ser um chuleco dum funcionário público para passar a ser um chuleco dum aposentado.

O trabalho que desenvolvi para o Estado em Sistemas de Informação e muitos outros de alta tecnicidade tanto em análise como em implementação foram uma "brincadeira" preguiçosa que contribuiu decididamente para a inovação e para a comodidade no relacionamento dos cidadãos com o Fisco.

Os descontos que realizei durante 42 anos para a minha aposentação (há uma diferença entre aposentação, reforma e pensão - as coisas que nestas alturas se ficam a saber) foram uma porcaria que me vai fazer viver, a partir de Agosto, "à custa das novas gerações" (aquelas a quem demos tudo aquilo que têm e que nada têm a aprender connosco porque já nasceram conhecedoras).

Tenho, por isso, que vos estar muito agradecido, e estou. Foi um prazer dedicar a minha vida ao bem comum e aos cidadãos deste País.

Na próxima reencarnação vou tentar ser um banqueiro ou coisa semelhante. Um trabalhador, em suma, um privado daqueles que se fartam de trabalhar para sustentar os imprestáveis e desqualificados funcionários do Estado.
(Com um abraço muito especial para todos com quem tive o prazer de colaborar e foram muitos. Na Força Aérea Portuguesa, no Ministério do Trabalho, na Secretaria de Estado do Emprego (e da População e Emprego), na Presidência do Conselho de Ministros, no Gabinete de Gestão do Fundo de Desemprego, na Direcção-Geral da Promoção do Emprego, na Presidência da Assembleia da República, na DGCI, na fundação dos Serviços do IVA (no núcleo duro da criação do ORDIVA), no Ministério da Qualidade de Vida, na Secretaria de Estado do Ambiente, no Ministério para a Igualdade, no Alto-Comissário para a Imigração e Minorias Étnicas, no Ministério da Administração Pública e da Reforma do Estado, na DGITA (I*Net, Gabinete do Director-Geral e Sistema de Gestão da Qualidade (e auditoria)) e finalmente na AT.
Também nas organizações internacionais ONU e OIM.)
LNT
[0.293/2014]

Já fui feliz aqui [ MCDXLIII ]

Azeite
Azeite - Por aí - Portugal
LNT
[0.292/2014]

quarta-feira, 9 de julho de 2014

Democracia

MagritteHá coisas em que temos de nos colocar de igual para igual para serem entendidas. Por isso tive de me pôr no mesmo plano, naquele plano onde um cidadão se consciencializa de que só tem um voto e que só é dono do seu voto e que para conduzir um processo tem de se disponibilizar com o intuito de agregar vontades.

Anda por aí muito boa gente que pensa ser dona dos votos dos outros e que, por isso, tem um estatuto especial, gente que se julga acima dos seus iguais.

O que nos dois últimos dias apresentei nas redes sociais (e que nunca concretizei porque nunca comuniquei aos orgãos do meu Partido a minha disponibilidade de candidatura) não foi uma brincadeira.

Foi uma chamada de atenção séria para a compreensão de que, em democracia, ninguém se pode arrogar dono das vontades alheias e que deve respeitar a vontade dos cidadãos (sejam ou não militantes do seu Partido).

Agora que já demonstrei o que queria demonstrar (que o "eles" e o "nós" não existe) e, dado que a reunião de ontem da CPN do PS indica que se vai iniciar a preparação do processo de inscrição de simpatizantes e de recolha de assinaturas para as eleições primárias, dou por finda a minha disponibilidade para concorrer.

Não por não ter todas as condições e direito para avançar, mas porque entendo que António José Seguro, que é o nosso actual candidato a PM desde que foi esmagadoramente eleito pelos militantes do PS no Congresso de há um ano, tem muito melhores condições para reunir à sua volta o conjunto de cidadãos que levarão o PS ao poder nas próximas legislativas.

A todos (e foram muitos) que se disponibilizaram para assinar a minha propositura deixo um agradecimento reconhecido.
LNT
[0.291/2014]