A silly season caracteriza-se pela falta de notícias.
Quando a ela se junta uma campanha eleitoral que não prescinde de novidades, ainda que tenham de ser fabricadas, aparecem os não-casos Joana.
Recapitulemos para melhor sentir o ridículo:
Joana Amaral Dias resolveu, há dois anos, afrontar o seu líder partidário que concorria à Presidência da República tornando-se mandatária para a juventude de Mário Soares. Como Soares ficou em terceiro lugar, JAD não recolheu o protagonismo que pretendeu e Francisco Louçã não lhe admitiu a dissidência, coisa comum em Partidos radicais, tendo-lhe retirado as luzes com que JAD gosta de se iluminar.
Passado o tempo de recobro, JAD não aguenta o anonimato e resolve contar uma conversa privada, sem qualquer relevância até por ser só uma coisa entre duas pessoas, e sentindo que era tempo de reacender as luzes e reaproximar-se do seu querido líder, agora que se pressentem perspectivas de futuro, arranja um pseudo-caso útil à propaganda do BE que está apagado da comunicação social devido ao extremado dualismo PS/PSD. A silly season e a falta de notícias sérias catapultam o fait-divers para as primeiras páginas e dá a JAD o relevo que nunca teve, nem quando foi mandatária de Soares.
Tudo visto e espremido ganharam-se duas semanas de conversa de praia e de esplanada para gáudio dos interesses da comunicação social e do seu protegido Bloco de Esquerda.
Estranha-se que o pseudo-assédio de JAD seja notícia depois dela ter sido mandatária de Soares contra Louçã e que nessa altura o convite feito, por quem tinha o poder para o fazer, fosse considerado normal (como é normal, diga-se, porque as pessoas são livres de contactarem, de serem contactadas e de decidir).
Confirma-se que o BE é uma força de contra-poder onde os seus militantes estão impedidos da liberdade de ousar desafiar a nomenklatura sob o risco do rótulo de tráfico de influências. Que se seguirá? Talvez um internamento em clínica de reeducação, presume-se.
LNT
[0.547/2009]
Quando a ela se junta uma campanha eleitoral que não prescinde de novidades, ainda que tenham de ser fabricadas, aparecem os não-casos Joana.
Recapitulemos para melhor sentir o ridículo:
Joana Amaral Dias resolveu, há dois anos, afrontar o seu líder partidário que concorria à Presidência da República tornando-se mandatária para a juventude de Mário Soares. Como Soares ficou em terceiro lugar, JAD não recolheu o protagonismo que pretendeu e Francisco Louçã não lhe admitiu a dissidência, coisa comum em Partidos radicais, tendo-lhe retirado as luzes com que JAD gosta de se iluminar.
Passado o tempo de recobro, JAD não aguenta o anonimato e resolve contar uma conversa privada, sem qualquer relevância até por ser só uma coisa entre duas pessoas, e sentindo que era tempo de reacender as luzes e reaproximar-se do seu querido líder, agora que se pressentem perspectivas de futuro, arranja um pseudo-caso útil à propaganda do BE que está apagado da comunicação social devido ao extremado dualismo PS/PSD. A silly season e a falta de notícias sérias catapultam o fait-divers para as primeiras páginas e dá a JAD o relevo que nunca teve, nem quando foi mandatária de Soares.
Tudo visto e espremido ganharam-se duas semanas de conversa de praia e de esplanada para gáudio dos interesses da comunicação social e do seu protegido Bloco de Esquerda.
Estranha-se que o pseudo-assédio de JAD seja notícia depois dela ter sido mandatária de Soares contra Louçã e que nessa altura o convite feito, por quem tinha o poder para o fazer, fosse considerado normal (como é normal, diga-se, porque as pessoas são livres de contactarem, de serem contactadas e de decidir).
Confirma-se que o BE é uma força de contra-poder onde os seus militantes estão impedidos da liberdade de ousar desafiar a nomenklatura sob o risco do rótulo de tráfico de influências. Que se seguirá? Talvez um internamento em clínica de reeducação, presume-se.
LNT
[0.547/2009]
10 comentários:
Vim hoje à barbearia. Gostei do atendimento. Como nela é permitido fumar, aqui vai entre duas espirais:O pregador Louçã conjuga bem o verbo enganar. Necessitado de alimentar as suas hostes, e as da chefe do PSD, acusou, despudoradamente, o PM de ter convidado JAD. O PM desmentiu e ele insistiu. A própria JAD o desmentiu esclarecendo de onde viera o contacto. O pregador ficou em silêncio. Esgotou-se-lhe a moral para fazer o que devia: pedir desculpa ao PM. E então? E então o pregador que vá para um sitio qualquer onde já tenha sido feliz e se deixe ficar por lá. A malta precisa de estar atenta para não comprar gato por lebre. Por cá há trabalho sério a fazer e nisso está empenhado o PM.
Vou linkar a barbearia no meu blogue e juntar-me aos seus seguidores.
Um abraço
Já há bastante tempo que não comentava neste Blog, apesar de o acompanhar amiúde.
Mas desta vez, não resisto a considerar que o estimado Barbeiro continua na mesma, com bastante falta de acuidade 'visual'
Direi até que ainda precisa de comer muita papa maizena para atingir o 'brilhantismo' do nosso querido líder.
O que está em causa, neste assunto, é a desfaçatez com que o querido líder, através de interposta pessoa, acena e insinua objectivamente futuras benesses estatais para conseguir eventuais benefícios eleitorais no curto prazo.
Saíu-lhe o tiro pela culatra. Tantas vezes vai o cântaro à fonte, que alguma vez ...
Apesar disso pode estar certo, que irei votar na sua lista para a AM de Lisboa, assim como para a CM.
Já o mesmo não posso dizer da AF.
Cumprimentos
Luis Filipe
O que está em causa caro Luis Filipe, é você partir do princípio que José Sócrates fez o que você diz, o que é somente um seu processo de intenções.
A Papa Maizena comia quando foi tempo dela, meu caro, e para as dificuldades de visão uso óculos, mas só para ler, porque para ver ao longe continuo com a mesma boa visão de sempre.
Não precisa.
É só voltar á casa paterna.
Ou talvez antes pelo contrário.
Caro LNT,
para mim, 2 + 2 continuam a ser 4. E não 22 ou outro resultado qualquer.
Deste episódiozinho, temos o quê ?
- Um benemérito quer ceder o seu lugar na lista de Coimbra a uma 'independente', ex-mandatária para a juventude de M.Soares.
- Diz ele, que sem conhecimento da 'tutela', aborda a JAD numa 'sondagem' para assumir aquele lugar.
- Diz ele, que só se JAD tivese aceite, contactaria quem de direito, para então, ser formalizado o convite.
- Se a tutela (Vieira da Silva e Sócrates) não aceitasse políticamente esta 'jogada' (de que supostamente não estariam a par), será que o intermediário-benemérito iria contactar de novo a JAD a 'desfazer' tudo ? - Eh pá, amiga JAD, afinal não é possível, porque o Sócrates não aprovou esta minha brilhante ideia ...
O acréscimo do convite para o cargo estatal (que JAD confirma, mas o intermediário nega), serviria como cenoura para esta combinação. Porque para certas pessoas estes 'negócios' têm sempre um preço.
Este episódiozinho reflecte o modus-operandi 'xico-esperto' da generalidade das elites dirigentes deste País.
E faço justiça de dizer que atravessa todas as camadas sociais, umas mais que outras, como é óbvio.
Mas há sempre muitos, que infelizmente, não querem ver...
Meu caro Barbeiro, a questão não é a de todos podermos convidar todos - que mal tem isso?!...
A questão é a de não se assumir os convites que se fazem! É evidente que, em política, este tipo de convites não é feito por escrito, em papel timbrado, da sede do partido (qualquer que ele seja).
Fala-se a um camarada 'que até é amigo da gaja' e este encarrega-se, discretamente, do trabalho por via telefónica. Se a coisa correr mal, a dignidade manda que se assuma o convite feito e não que se insista em sucessivos desmentidos e 'pedidos de desculpa'(!), sobretudo quando toda a gente já percebeu o que se passou. Revela falta de carácter e os efeitos políticos são desastrosos! Valha-nos a lista para a AML!...
Meu caro Redexpo,
O SE falou em nome particular (sem mandato, pelo que consta) e numa conversa a dois. Imagina que me passava pela cabeça falar contigo e sondar-te para uma coisa qualquer que não tinha poder de concretizar. Ficava a coisa ali. Quando muito passarias a fazer o teu juizo sobre a minha pessoa, mas nunca farias disso um caso político.
Enfim, tretas de quem não tem mais que dizer e pretende transformar em assunto público o que não o é.
Um abraço.
Só para terminar o assunto: eu NÃO acredito que a 'sondagem' para um lugar numa lista eleitoral (e já não falo do IPDT...) seja uma iniciativa pessoal no âmbito de uma conversa entre amigos. Estou convicto que o Dr. PC agiu a pedido 'de cima' e serviu de pombo-correio devido à sua relação de amizade com JAD, factor que atenuaria as suspeitas - e, pelos vistos, com algum êxito.
Mas cada um é livre de fazer (e, felizmente, de expressar) as apreciações que entender. Um abraço.
Convicções tuas, meu caro.
Volto: Se eu te sondar (e tenho tanto poder como o SE em causa) para uma lista qualquer poderás transformar isso num facto político?
Ou por outra: Nunca tiveste uma conversa com alguém que nada mais queria do que conversar contigo e que para isso se vangloriou de um poder ou influência que nunca teve? E isso cria um caso político, ou é só uma questão de personalidade deficiente?
Ah! e já sabes que na AML é comigo. Só tenho alguns 80 à minha frente mas a gripe suina há-de dar uma ajuda.
A rosa sempre exerceu uma forte atracção nos bloquistas. Defender medidas é facil, lutar e realiza-las é dificil. Afinal a traição de que acusam o PS é mais do BE. Até parece que não era já previsivel a traição da JAD, agora não esperem que o PS faça de Brutus.
http://jsocialistamafra.blogspot.com/
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