sábado, 1 de maio de 2010

Escrever

Livro da 1ª ClasseJá se vêem por aí os mestres da escrita. Dizem que a coisa deve ser fluente, de leitura fácil, curta, sem palavras para além do palavrear corrente e sem leituras para lá daquilo que se quis escrever.

Ignorante destas coisas, barbeiro de profissão e tacanho por inerência insisto, quando escrevo, porque também há o não escrever por vontade própria e não por preguiça, que esta coisa do escrever tem dias e se em alguns se rebusca no segundo ou décimo sentido, noutros, quando a vontade de escrever é mais do que a do lazer, ou simplesmente não escrever, a escrita pode não ser mais do que isto de dizer aos mestres que estamos fartos deles.

Não meus caros leitores, clientes, ou o que quer que sejam desse lado de lá, não é um arrufo de mau feitio e de ausência. Não é uma justificação para o pouco que aqui se tem escrito, mas somente um desabafo, talvez mais cansado do que desiludido com o passar do tempo que nada faz passar.

Mas fartam estes mestres sem discípulos.

Isto é um espaço de criatividade e de irreverência. Um caderno de apontamentos, diário intermitente, passatempo, desassossego e intranquilidade.

Assim manda a liberdade e a criatividade, longe do ter de... e das regras da escola do saber.

Sempre grato aos muitos milhares, talvez só alguns muito frequentes, que se sentam nestas cadeiras e inclusive se zangam com a falta de letras.
LNT
[0.164/2010]

8 comentários:

drengo disse...

acho que compreendo o que sente. neste teclado sem acentos sou forcado (sem ser de touros - falta-me a cedilha) a escrever assim. no entanto, mesmo quando posso escrever de acordo com todas as regras de bem escrever, tenho momentos sem me preocupar demasiado com elas - e com instantes em que as contrario de propohsito.

na minha modesta opiniao, eh bom escrever bem, e bem escrever, mas tambem eh bom conseguir dizer ahs pessoas exactamente o que se sente. isso estah num plano em que as as regras da escrita sao menos importantes que o sentimento colocado nas palavras.

bem-haja,
J.

C.C. disse...

Defendo o bem escrever, o bem dizer, o bem sentir, e bem-haja por nos proporcionar tudo isso ; acrescido de um finíssimo humor.
Bom 1º de Maio

Anónimo disse...

Para encarcerar as ideias em número limitado de caracteres já chega a imprensa. Se nos blogs tivermos de escrever à medida do gosto dos outros, qual é o prazer?

fatbot disse...

Senhor Barbeiro ainda bem que está de volta! Faz-nos falta todos os dias ... mas compreendo muito bem este desabafo todo ele um exemplo puro da dita " escrita alternativa " Bom Domingo e um até SEMPRE

Luís Novaes Tito disse...

Agradecido a todos e fica apromessa de que assim que me passe esta vontade de estar calado,(não só vontade mas também falta de tempo e prioridades outras)voltarei à escrita tal como a sei fazer.
Grande abraço

Unknown disse...

Ó Fígaro

Escreve como gostas e - se possível - como pensas que as pessoas gostam, mesmo sem deixarem cumentários, com o.

Não é um concelho, com s, que nem aos meus filhos dou. É tão-só uma modesta opinião de um tipo que gosta de escrever e disso tem ganho a vida tão honrada e honestamente quanto possível.

Abs

addiragram disse...

UM abraço daqui caro Barbeiro! É que na Barbearia quem marca o ritmo é o senhor da loja.
E na nossa loja, ao menos, devemos ter toda a liberdade...

mdsol disse...

Sr. Luís da Barbearia

Perdoe-me o atrevimento e mande-os bugiar. Se há espaço salubre, interessante e apetecível da blogosfera é este seu estabelecimento. Escreva quando puder e lhe souber bem. Com o seu ritmo a sua motivação. Consigo.

Nós vamos passando. Com prazer.

:))))