Compete-nos, a nós que acreditamos que é viável conseguir o impossível, levarmos a missão avante.
A democracia, mesmo a nossa que pouco mais é do que permitir a cada um dizer o que pensa e poder decidir pelo voto quem quer que conduza os nossos destinos, continua a ser um bem inestimável por nos proporcionar a imposição da vontade e nos permitir penalizar quem, em abuso do poder que lhe demos para gerir a nossa vida, se julga iluminado por uma luzinha que o guia e lhe aponta caminhos contrários àqueles que nos levou a conceder-lhe procuração.
Dizem os tais iluminados, os da luzinha que os guia, que nós não sabemos o que queremos e que só nos capam para sermos felizes. Tiques adquiridos no tempo de Eça onde se trocava a felicidade dos gatos selvagens que se perdiam em serenatas ao frio no período de cio, pelo recato dos lares pimpões entre almofadas farfalhudas e rações de lata, mais recentemente feitas gourmet.
E como não queremos que, mesmo depois de capados e com as promessas dos enlatados encharcadas de essências para nos fazerem pensar que estamos a comer o que não estamos, nos abandonem ao primeiro aceno de vida boa para quem nos mandou capar, é melhor que se zele pela insubmissão, não vá o diabo tecê-las e as serenatas terminem por falta de voz grossa para as fazer.
LNT
[0.183/2010]
A democracia, mesmo a nossa que pouco mais é do que permitir a cada um dizer o que pensa e poder decidir pelo voto quem quer que conduza os nossos destinos, continua a ser um bem inestimável por nos proporcionar a imposição da vontade e nos permitir penalizar quem, em abuso do poder que lhe demos para gerir a nossa vida, se julga iluminado por uma luzinha que o guia e lhe aponta caminhos contrários àqueles que nos levou a conceder-lhe procuração.
Dizem os tais iluminados, os da luzinha que os guia, que nós não sabemos o que queremos e que só nos capam para sermos felizes. Tiques adquiridos no tempo de Eça onde se trocava a felicidade dos gatos selvagens que se perdiam em serenatas ao frio no período de cio, pelo recato dos lares pimpões entre almofadas farfalhudas e rações de lata, mais recentemente feitas gourmet.
E como não queremos que, mesmo depois de capados e com as promessas dos enlatados encharcadas de essências para nos fazerem pensar que estamos a comer o que não estamos, nos abandonem ao primeiro aceno de vida boa para quem nos mandou capar, é melhor que se zele pela insubmissão, não vá o diabo tecê-las e as serenatas terminem por falta de voz grossa para as fazer.
LNT
[0.183/2010]
4 comentários:
A esmagadora maioria da Comissão Nacional votou a favor da proposta do Secretário-Geral para o PS apoiar a candidatura de Manuel Alegre.
Também estive lá (apesar de Gondomar ainda ficar longe sem TGV...) para dar o meu voto (quiçã o acto mais relevante da minha presença neste órgão e de que valeu a pena o esforço no último Congresso integrando a lista da moção "Mudar para Mudar").
Agora é a hora do trabalho no terreno, conta-se com todos,mas penso como o Amigo e camarada Luís:
"Compete-nos, a nós que acreditamos que é viável conseguir o impossível, levarmos a missão avante."
Aquele abraço.
às vezes sinto saudades de ver um Gato rafeiro fugir com uma sardinha na boca!!! Às vezes sinto saudades de " ter mais cuidado em dizer aquilo que me vai na Alma "!!! Agora com tudo isto que nos está a acontecer ... e com tanto " alimento gourmet " acho que não vamos a lado nenhum e cada vez irá haver menos vontade de fazer uma Serenata e de ouvir Aquele que quer cantar a Serenata ... Que TRISTEZA!!! Até sempre, SENHOR BARBEIRO!
Se cair a democracia vao inventar o que?
As democracias são jovens.
Na Europa nem sequer chegam aos 100 anos....
As Monarquias duraram séculos.
Existe um problema : A mediatização. Tudo isso fez com que se olhe para o Mundo com muita desconfiança!
Francisco,
Você fala de democracia e depois de monarquia como se estivesse a falar de coisas contrárias. Tem de reconhecer que há várias asneiras no seu curto texto.
"só há democracia na Europa há 100 anos" é uma atoarda e esquecer que as mais antigas democracias europeias são monarquias é outra.
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