quarta-feira, 19 de maio de 2010

The last tango

TangoMesmo em crise, ou com a crise, nem a democracia foi suspensa, nem muito menos a vida.

Esta realidade a que se soma a da tentativa de contenção verbal sentida no dia a dia, e ainda não foram aplicados os travões que o PEC2 tem para inviabilizar uma saída do túnel em que entrámos há tempo de mais e que se prolonga muito mais do que seria desejável, faz adivinhar o agitar das bandeiras e o arrancar das pedras da calçada.

Todos os dias pior, todos de dentes arreganhados para segurarem a rosa que teima em manter-se botão, mesmo murcha, enquanto se ensaiam novos passos atrevidos no salão de dança ao som compassado do tango, da tanga.

E como nem a vida foi suspensa nem tão pouco a democracia, mesmo contidos na verve, já se ouvem notas desafinadas do acordeão.

Ecoam os acordes de "por una cabeza" de Carlos Gardel mas percebe-se que a letra não é de Alfredo le Pera, nem conta a estória de um apostador das corridas de cavalos.

LNT
[0.176/2010]

5 comentários:

fatbot disse...

Em frente com um Sorriso ... e que haja SAÚDE! Um até SEMPRE ... entristece não se avistar qualquer luz ao fundo túnel ... viva a nossa AMIZADE :)

Ponto de Vista disse...

Não aos velhos do Restelo.
Não a desânimos.
Não a perdas de tempo.
Não a discursos da TANGA, não queremos mais.
Concentrem-se nos problemas importantes e deixem-se de manobras de diversão.
Já fomos capazes de vencer crises porventura mais difíceis.
Faça-se o que é imperativo para vencer a situação e não se olhe para trás.

Anónimo disse...

Que azedume vai pela nossa Barbearia... Onde se vinha em busca de um bom serviço leva-se agora uma carecada.

Luís Novaes Tito disse...

Aqui não há azedume algum, anónimo.
Mesmo quando se avança para a carecada é escolhida boa máquina 0 e prima-se pelo asseio.
Agora é bom que se cuide quem anda a ver se lhe cortam o cabelo à pedrada. É que não sei, porque o meu caro é anónimo, que quem fala de azedume tem andado na rua nos últimos tempos.
É bom ir à rua ouvir para não se ser apanhado de surpresa, não vá a carecada depois ser daquelas que deixam marcas irreversíveis.

Anónimo disse...

O tango "Cambalache" aplica-se melhor à actual situação de Portugal

http://www.youtube.com/watch?v=fsAGpw5uwDU