Cavaco, a quem tudo se permite e para quem a comunicação social nunca olha com a mesma intensidade com que olha para outros actores políticos, possivelmente pela sua cassete de político apolítico, atirou para a praça, em tempo de venda de sonhos, que a sua não eleição à primeira volta implicaria a subida de juros nos "mercados". Foi eleito à primeira e os juros ainda não pararam de subir, coisa nunca mais referida. Adelante!
Cavaco anunciou, no tempo da venda de sonhos, que a sua magistratura se basearia na negociação de soluções e que, decorrente da sua formação nas áreas da economia, Portugal iria estar melhor preparado para o que aí vinha. Da negociação de soluções foi o que se viu. O discurso limão da vitória e o discurso toranja da posse foram marcas registadas da negociação que pretendia fazer. Da sua vantagem de ser economista, os resultados estão à vista e não precisam de comentários.
Resta a capacidade de gestão política para termos um quadro completo do que representa Cavaco neste seu segundo mandato.
Pelo que se apercebe dos bombardeamentos mais ou menos dramáticos que nos vão entrando em casa todos os dias, a solução Sócrates ou Passos Coelho é a mesma, ou seja, aquela que foi enunciada na semana passada na UE e que amanhã vai a votos em São Bento. Resta saber se a gestão será Sócrelho ou Coelhócrates. Para tal, Cavaco deixa "correr o marfim" e dá indicações para que se comece a limpar o pó das urnas onde iremos depositar o voto e possivelmente enterrar a esperança.
Se o que aí vem for gestão Coelhócrates, Cavaco ainda vai ter alguma coisa para se agarrar mas, se for uma gestão Sócrelho, foi tudo em vão. A inabilidade do Presidente da República fica patente, pela desnecessidade, pela ruína e pelo mal que resultará de tudo isto para todos nós, incluindo os da facção com quem ele não está a ajustar contas.
Sei que se diz que cada povo tem aquilo que merece mas, ainda assim, merecíamos mais e melhor do que isto.
LNT
[0.098/2011]
Cavaco anunciou, no tempo da venda de sonhos, que a sua magistratura se basearia na negociação de soluções e que, decorrente da sua formação nas áreas da economia, Portugal iria estar melhor preparado para o que aí vinha. Da negociação de soluções foi o que se viu. O discurso limão da vitória e o discurso toranja da posse foram marcas registadas da negociação que pretendia fazer. Da sua vantagem de ser economista, os resultados estão à vista e não precisam de comentários.
Resta a capacidade de gestão política para termos um quadro completo do que representa Cavaco neste seu segundo mandato.
Pelo que se apercebe dos bombardeamentos mais ou menos dramáticos que nos vão entrando em casa todos os dias, a solução Sócrates ou Passos Coelho é a mesma, ou seja, aquela que foi enunciada na semana passada na UE e que amanhã vai a votos em São Bento. Resta saber se a gestão será Sócrelho ou Coelhócrates. Para tal, Cavaco deixa "correr o marfim" e dá indicações para que se comece a limpar o pó das urnas onde iremos depositar o voto e possivelmente enterrar a esperança.
Se o que aí vem for gestão Coelhócrates, Cavaco ainda vai ter alguma coisa para se agarrar mas, se for uma gestão Sócrelho, foi tudo em vão. A inabilidade do Presidente da República fica patente, pela desnecessidade, pela ruína e pelo mal que resultará de tudo isto para todos nós, incluindo os da facção com quem ele não está a ajustar contas.
Sei que se diz que cada povo tem aquilo que merece mas, ainda assim, merecíamos mais e melhor do que isto.
LNT
[0.098/2011]
6 comentários:
Será que mereciamos mesmo?
Sem dúvida que sim: mereciamos melhor.Mas o "povo" não é que mais ordena?
Ó caro LNT, este post está o máximo.
A sério, se não fosse o esgoto em que estamos metidos e eu ria-me que nem um perdido. Essa do coelhócrates e do sócrelho, está de um gajo se atirar pró chão a rir que nem um maluco. Não fora, como já disse, a crise.
É que eu acho o mesmo que o LNT. Tanto um como o outro são isso mesmo. Filhos da mesma mãe e do mesmo pai. Aliás até parecem siameses. (Não fora o cabelo de um e do outro).
Por isso e para finalizar. Vamos ter mais do mesmo. Até quando??????
Boas coelhadas socráticas.
Semearam-se os ventos, vamos ver que tempestades teremos que colher...
Mande quem mandar nunca saímos do buraco e nele vamos continuando a estar desde que o Eça e o Ramalho já achavam que estávamos no fundo do atoleiro. Parece que ainda lá estamos e ainda bem atolados...
Podemos chorar, mas não temos razão, porque quem não come por já ter comido, nunca a fome é de perigo.
Aliás, tem sido um fartote de 37 anos!
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