Já o disse anteriormente mas como agora voltou a moda jornaleira de contabilizar os nomeados para os gabinetes ministeriais, torno à vaca-fria.
Tal como saber o que cada político tinha antes de assumir o poder sem que posteriormente se fique a saber quanto passou a ter, andar nestas continhas de quantos entraram ou saíram dos gabinetes ministeriais é uma medida para desopilar os fantasmas mas não deixa de ser uma tontaria inventada pelos jovens PSD/PP para xingar o Sócrates e que agora serve de pedra de arremesso para pagar na mesma moeda. É um entretém que deixa de parte as nomeações para os lugares que realmente são o apetite das clientelas mergulhadas nas empresas que estão fora da administração directa do Estado, dos grupos-de-trabalho e dos consultores e conselheiros avençados, para já não falar da rapaziada que se vai espalhando por todos os níveis de chefia (e equiparados) da Administração Pública.
Serve de parangona mas nada trás de valor e funciona como a peneira que tapa o Sol e deixa na penumbra a verdadeira sangria conseguida pelas gorduras dos favores.
Tudo isto se insere na mesma lógica que faz com que as receitas nunca cheguem, mesmo cortando no que resta de social, porque funciona na ordem inversa do interesse dos contribuintes e na ordem directa dos que vivem pendurados nas bordas do pote.
Não seria preferível contratar mais médicos para fazer medicina e reduzir o número de chefes de serviço? Não seria preferível contratar mais professores para dar aulas e reduzir o número dos cargos hierárquicos nas escolas? Não seria preferível contratar mais motoristas e maquinistas e reduzir o número de "gestores" das empresas transportadoras? Não seria preferível arranjar mais remadores e menos timoneiros para esta canoa de fundo chato que insiste em naufragar?
LNT
[0.332/2011]
Tal como saber o que cada político tinha antes de assumir o poder sem que posteriormente se fique a saber quanto passou a ter, andar nestas continhas de quantos entraram ou saíram dos gabinetes ministeriais é uma medida para desopilar os fantasmas mas não deixa de ser uma tontaria inventada pelos jovens PSD/PP para xingar o Sócrates e que agora serve de pedra de arremesso para pagar na mesma moeda. É um entretém que deixa de parte as nomeações para os lugares que realmente são o apetite das clientelas mergulhadas nas empresas que estão fora da administração directa do Estado, dos grupos-de-trabalho e dos consultores e conselheiros avençados, para já não falar da rapaziada que se vai espalhando por todos os níveis de chefia (e equiparados) da Administração Pública.
Serve de parangona mas nada trás de valor e funciona como a peneira que tapa o Sol e deixa na penumbra a verdadeira sangria conseguida pelas gorduras dos favores.
Tudo isto se insere na mesma lógica que faz com que as receitas nunca cheguem, mesmo cortando no que resta de social, porque funciona na ordem inversa do interesse dos contribuintes e na ordem directa dos que vivem pendurados nas bordas do pote.
Não seria preferível contratar mais médicos para fazer medicina e reduzir o número de chefes de serviço? Não seria preferível contratar mais professores para dar aulas e reduzir o número dos cargos hierárquicos nas escolas? Não seria preferível contratar mais motoristas e maquinistas e reduzir o número de "gestores" das empresas transportadoras? Não seria preferível arranjar mais remadores e menos timoneiros para esta canoa de fundo chato que insiste em naufragar?
LNT
[0.332/2011]
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