O Paulo Gorjão levanta várias questões (remetendo-as para futuro tratamento) sobre a passagem de diversos jornalistas para as áreas de poder.
Confesso que me parece um não-assunto. Qualquer cidadão, independentemente da sua profissão, não pode ser impedido de ser chamado a funções públicas. O princípio de que todos são inocentes até prova em contrário também se tem de aplicar aqui e o facto de se ser jornalista não pode, em si, ser um anátema por ter escolhido tal profissão.
Já o contrário, o não cumprimento de um "período de nojo" quando se abandona o poder a caminho de interesses tutelados pelo poder que se abandona, é outra conversa.
De resto, essa ideia de que ir para um gabinete ministerial ou para uma pasta governativa é um prémio atribuído por serviços prestados é, por si só, uma ideia decorrente de juízos muito em voga, muitas vezes criados pela práxis, reconheço, mas muitas outras só resultantes da má opinião generalizada sobre o exercício do poder.
Abstenho-me de personalizar (até por haver as mais diversas situações) mas conheço muitos em que o exercício desses cargos poucas ou nenhumas vantagens trouxe ( e outros a quem trouxe diversas desvantagens).
Como em todas as actividades desempenhadas por seres humanos, há sempre quem tenha ética e honestidade e quem as não tenha. Concordo com o Paulo Gorjão quando ele dá a entender que há que evitar generalizações.
LNT
[0.072/2013]
Confesso que me parece um não-assunto. Qualquer cidadão, independentemente da sua profissão, não pode ser impedido de ser chamado a funções públicas. O princípio de que todos são inocentes até prova em contrário também se tem de aplicar aqui e o facto de se ser jornalista não pode, em si, ser um anátema por ter escolhido tal profissão.
Já o contrário, o não cumprimento de um "período de nojo" quando se abandona o poder a caminho de interesses tutelados pelo poder que se abandona, é outra conversa.
De resto, essa ideia de que ir para um gabinete ministerial ou para uma pasta governativa é um prémio atribuído por serviços prestados é, por si só, uma ideia decorrente de juízos muito em voga, muitas vezes criados pela práxis, reconheço, mas muitas outras só resultantes da má opinião generalizada sobre o exercício do poder.
Abstenho-me de personalizar (até por haver as mais diversas situações) mas conheço muitos em que o exercício desses cargos poucas ou nenhumas vantagens trouxe ( e outros a quem trouxe diversas desvantagens).
Como em todas as actividades desempenhadas por seres humanos, há sempre quem tenha ética e honestidade e quem as não tenha. Concordo com o Paulo Gorjão quando ele dá a entender que há que evitar generalizações.
LNT
[0.072/2013]
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