segunda-feira, 15 de setembro de 2014

Janelas

MagritteTentaram, massacraram, encheram as televisões e jornais de espantalhos com papéis na mão a dizer que ele não defendia os que partiam e que não protegia os deserdados acantonados nas tribunas e que, a partir daí, minavam, massacravam e intrigavam com o objectivo de se manter no poder.

Acusaram que era ele que estava agarrado ao poder – a que tinha chegado por direito democrático.

Xingaram, moeram, roeram e tentaram, atirando para a frente quem se prontificasse a defender-lhes o lugar quando o tempo acabasse.

Correu-lhes mal uma vez. Fugiu-lhes a oportunidade à segunda e, sabendo que não haveria terceira e que agora teria de valer tudo, engendraram o medo.

Ofenderam, como nunca se tinha visto ofensa. Como não encontraram rabos-de-palha atiraram-se sem dó à competência – que ao contrário da sua incompetência não puderam provar, atiraram-se ao carácter – que ao contrário do deles se revelou firme e seguro, encostaram-se à propaganda que nunca os salvou – nem nos salvou – do estado em que nos deixaram.

E continuam a insultar - dizendo que são os outros que insultam e continuam no nada – dizendo-se iluminados pelo tudo e protegidos por uma mão escondida que já mostra as falangetas.

Não sabiam que do lado de cá não havia carneiros como se habituaram a pensar que havia.

Está quase. Cada voto conta e só depois de os contar, sondagens e manipulações à parte, haverá vencedores. Depois tudo se há-de compor.

Muita fumaça. O povo sereno
LNT
[0.310/2014]

5 comentários:

Lourenço disse...

Está a falar de José Sócrates?

Anónimo disse...

Obviamente está a falar da mão que esteve 3 anos atrás do arbusto, que não aguentou nem a ansiedade associada
à "ressaca de abstinência" nem ao falhanço das 1ªs tentativas, canhestras e desajustadas à qualidade menosprezada do alvo a abater. Não há volta a dar, a hibernação desde início de Junho, confrontada com as dificuldades do percurso, deu cabo do arbusto e a mão está aí à frente de todos na homília dominical. O poder é pior que uma droga para certas personalidades. Não resisti a voltar a cortar o cabelo. Conceição

brites disse...

Conversa de gente que foi sempre feliz em qualquer lado.
Conversa de gente que não aguenta gente renovada, inteligente, capaz.
Querem manter a dinastia, sem a principal figura que, sempre certeiro, fica do lado mais desafiante, ousado, competente a fazer renovação .
Mete dó ouvi-los.
Se ganharem , como simpatizante vou-me orientar para o futuro noutras plataformas, nada me comeverá na rosa.

antónio ribeiro disse...

Está cada vez mais claro que há muita gente no PS que alinha e defende as teses da direita conservadora, representante do capital especulador, sobre as origens da crise, que nos levou ao resgate, aos três anos de recessão, ao empobrecimento,ao desemprego, à destruição da coesão social, à falta de solidariedade entre gerações e à situação do salve-se quem puder (todos contra todos), ao levantamentos dos espantalhos idiotas sobre o campo e a cidade e, agora, sobre o exemplo da redução de custos com a democracia. A mão por trás do arbusto , muito aplaudida e de pé pelos seus amigos do PS quando atacou um governo Socialista, fez a demonstração clara do que nos esperaria três anos depois. Camaradagem deixou de existir no léxico Socialista por aqueles que sempre demonstraram uma ambição desmedida em chegarem ao topo da carreira política, mas nunca tiveram coragem de enfrentar em Congresso o incumbente líder, preferindo os ataques rasteiros, de corredor, mansinhos do género toca e foge. Nunca fizeram nada na vida, nunca fizeram nada de útil pelo partido, e esperaram maquiavelicamente pela queda do partido ( para a qual muito contribuíram) para apresentarem como salvadores da honra perdida. Mas a cobardia ainda teria que ter outra manifestação, pois dois anos de prazo não seriam suficientes para blindar a mediocridade levada ao poder, sabe-se lá como. Ridiculamente de joelhos perante os fortes, e leões de peito feito perante os fracos. Nada como uma boa moral Socialista, de defesa das classe trabalhadoras, como tem sido tão evidenciado por muitos dos próceres, incluindo um senhor empregado do DDT.Depois de 28 de setembro, nada ficará como dantes e até é bem possível que, tal como o Novo banco, surja um Novo PS(D) onde coexistam o Relvas e seus colegas de " docência", mais o Passos e seus especialistas de manipulação de massas. Mário Soares e os outros defensores da mistura da política e dos negócios ( com excepção de alguns "negócios" que são apenas propriedade de gente de boa moral, habituada a curar os males dos outros) devem estar a interrogar-se se foi para isto que fundaram o Partido.

Janita disse...

Desejo que esteja o Luís sereno, que o resto também se há-de resolver!

Venho desejar-lhe um calmo e feliz fim -de-semana.

Um abraço amigo!