quinta-feira, 15 de novembro de 2018

Ó do Ambiente, ¿Por qué no te callas?


Um dos grandes problemas dos Ministros (e dos poderes em geral) é meterem-se na vida dos cidadãos “mandando bocas” demagógicas para justificar as mais diversas parvoeiras.

Vem isto a propósito das declarações absurdas e demagógicas do Ministro do Ambiente e da Transição Energética, João Pedro Matos Fernandes que, para justificar que o Governo não baixe o IVA na electricidade aconselha os cidadãos a baixarem a contratação da potência para 3,45 kVA, coisa que na maioria das casas iria causar o caos absoluto.

Não tenho aqui à mão uma conta da electricidade para atestar quanto dela são consumos e quanto são taxas, mas à falta de uma aqui deixo uma da água que acabei de receber para comprovar que um ministro calado é muito mais útil do que um que diz coisas parvas só porque nada de inteligente tem para dizer.

Se repararem na imagem acima, a EPAL informa que consumi 15.34€ de água, a que a EPAL acrescentou 9.87€ de Quota de Serviço (?). Nesses valores já recairam 6% de IVA.

No entanto, o montante total que tenho para pagar é de 56.48€, porque além dos consumos de água (já contando com o IVA) ainda tenho de entrar com 15.99€ para o saneamento da CML, 8.89€ para Resíduos Urbanos da CML, 3.26€ para Taxa adicional da CML e mais 1.43€ para taxas diversas.

Isto é: Na minha conta da água consumi uns 13 € de água e tenho de pagar 54.48€.

É caso para dizer ao Sr. Ministro não que vá gamar, coisa que o Governo já faz descaradamente, mas que ao menos deixe de gozar com o pagode.

Muito gostaria de saber qual é a potência contratada que o Ministro do Ambiente tem em casa dele e, já agora, a que o seu Ministério contrata com os nossos impostos para lhe manter o gabinete climatizado e as barbas frescas.

LNT
#BarbeariaSrLuis
[0.021/2018]

sábado, 3 de novembro de 2018

Carlos Barbosa de Oliveira


Um rochedo, o Carlos.

Um rochedo duro de moer – como o mexilhão - , com muito Mundo feito saber, com muita onda, boa onda.

Partiu esta segunda-feira (soube hoje pelo Rodrigo Henriques).

Há um mês deixou-nos a despedida no Rochedo, um testamento de coragem:
"a Magana, afinal foi condescendente e pretendeu dar-me oportunidade para me despedir dos leitores do CR (Crónicas do Rochedo) que ontem completou 11 anos e lhes agradecer toda a simpatia, generosidade e compreensão que tiveram comigo durante o tempo em que o CR durou. Creio ser uma data bonita para me despedir, dar por terminada a minha aventura na blogosfera e vos dar a garantia de que, seja qual for o sítio para onde a Magana me leve, tudo farei para continuar a ser a alma irrequieta e inconformada que fui neste planeta. O qual - diga-se - não me deixa saudades, pois está cada vez mais mal frequentado, por pessoas obnubiladas pelo consumismo, sem qualquer sentido de decoro, que desconhecem os princípios básicos da educação e não se importam de ser governadas por crápulas do tempo da Idade da Pedra, que pretendem pôr os ponteiros do Relógio do Tempo a andar para trás."
Foi da mesma forma como sempre andou por cá: Irrequieto, inconformado, indomável e sem medos.

Um rochedo que produzia “palavras que chegam em ondas, envoltas no cheiro da maresia”.

Fica em paz, meu caro Carlos.

Obrigado por teres passado por aqui. Agradecido por tudo e pelas memórias que nos deixaste nos Rochedos: no das Crónicas e no On The Rocks.

LNT
#BarbeariaSrLuis
[0.020/2018]