sábado, 3 de novembro de 2018

Carlos Barbosa de Oliveira


Um rochedo, o Carlos.

Um rochedo duro de moer – como o mexilhão - , com muito Mundo feito saber, com muita onda, boa onda.

Partiu esta segunda-feira (soube hoje pelo Rodrigo Henriques).

Há um mês deixou-nos a despedida no Rochedo, um testamento de coragem:
"a Magana, afinal foi condescendente e pretendeu dar-me oportunidade para me despedir dos leitores do CR (Crónicas do Rochedo) que ontem completou 11 anos e lhes agradecer toda a simpatia, generosidade e compreensão que tiveram comigo durante o tempo em que o CR durou. Creio ser uma data bonita para me despedir, dar por terminada a minha aventura na blogosfera e vos dar a garantia de que, seja qual for o sítio para onde a Magana me leve, tudo farei para continuar a ser a alma irrequieta e inconformada que fui neste planeta. O qual - diga-se - não me deixa saudades, pois está cada vez mais mal frequentado, por pessoas obnubiladas pelo consumismo, sem qualquer sentido de decoro, que desconhecem os princípios básicos da educação e não se importam de ser governadas por crápulas do tempo da Idade da Pedra, que pretendem pôr os ponteiros do Relógio do Tempo a andar para trás."
Foi da mesma forma como sempre andou por cá: Irrequieto, inconformado, indomável e sem medos.

Um rochedo que produzia “palavras que chegam em ondas, envoltas no cheiro da maresia”.

Fica em paz, meu caro Carlos.

Obrigado por teres passado por aqui. Agradecido por tudo e pelas memórias que nos deixaste nos Rochedos: no das Crónicas e no On The Rocks.

LNT
#BarbeariaSrLuis
[0.020/2018]

3 comentários:

Janita disse...

Também, no meu canto, me despedi do Carlos.
Onde quer que ele esteja, que finalmente tenha repouso a sua alma inquieta.

Um abraço, Luís.

Luís Novaes Tito disse...

O Carlos sempre foi um "inquieto". Esteja onde estiver, se houver sítio para estar, continuará "inquieto".
Abraço, Janita

Manuel Pacheco disse...

Por acaso cheguei ao Crónicas do Rochedo e desde logo aderi. Não passava um dia em que não o visitasse. Umas vezes em desacordo - principalmente quando escrevia sobre o F. C. Porto porque achava um pouco de fanatismo - mas a maioria das vezes em acordo. Era um escritor fenomenal. Aprendi muito com ele. É o segundo a desaparecer a quem dedicava respeito e consideração. Mas o que vem ao Mundo tende a desaparecer. Vá para for fica sempre na minha lembrança. Obrigado Carlos por tudo o que me ensinou com a sua escrita.