quarta-feira, 23 de outubro de 2019

Deixar andar como no Chile


O Chile é um bom exemplo do que resulta do "deixa andar" enquanto o que for importante forem as portas do Parlamento, as tricas sobre o que é a direita, o centro-direita, o centro-esquerda, a esquerda e a União das esquerda(s) (coisa inexistente desde sempre e impossível porque a esquerda-urbana tenta ocupar o espaço da esquerda-tradicional e estas duas chamam direita a uma esquerda-social-democrata).

É o "deixa andar" das quezílias enquanto os salários são muito abaixo do nível de vida, as rendas são muito acima dos salários, a saúde é muito menor que o tempo de espera para a voltar a ter, a justiça é inviável para os justos, os idosos são mais que as crianças e mesmo assim as creches não chegam, nem os lares, e a cultura de um povo se confunde com arte que esse povo não entende porque não tem cultura para a entender.

O Chile é a miséria do "deixa andar" que prefere o prestígio internacional, as guerras e os conflitos dos outros, as cimeiras nacionais, internacionais, continentais, intercontinentais, as selfies, as vaidades e invejas, o poder de ser poder e não o exercer para melhorar a vida e dar-lhe qualidade dos que delegam o poder no poder.

O Chile não é na Europa, mas podia ser.
O clima do Chile é semelhante ao nosso só que no hemisfério Sul. Basta ir ao supermercado para ver que as frutas são iguais, só variam na época do ano.
LNT
#BarbeariaSrLuis
[0.027/2019]

4 comentários:

Janita disse...

Como comecei por baixo, subi e, nos entrementes, vejo-me já na América do Sul, mais propriamente no Chile.
Sei, não porque lá tenha estado, que esse é o Lago General Carrera e esse rochedo, será uma espécie de ex-libris?

É nestas alturas que sinto muita pena por não ter nascido no seio de uma família de posses, e ter viajado bastante numa idade em os olhos, o ânimo e as pernas, teriam feito de mim uma cidadã do mundo...:)

Luís Novaes Tito disse...

Embora o Mundo dos cidadãos não exista, todos os cidadãos são do Mundo.
E a cultura não é uma viagem apressada para fotografias de monumentos e momentos.

Janita disse...

Caramba, Luís!
Estranhando tanta rispidez no seu 'tom de voz', vi logo que meti alguma argolada séria, mas isso da cultura ou se tem ou não se tem. Se for cultura política, então, pior, porque nesse campo sou uma completa ignorante. Daí ter confundido, no post anterior, Manuel Alfredo Tito de Morais, Presidente da Assembleia da República, entre 83 e 84, já falecido em 1999, com o fundador do Projecto Miúdos Seguros NaNet, também ele, Tito de Morais, e que, esse sim, esteve na Praça da Alegria para falar acerca desse flagelo actual, onde os mais pequenos são presas fáceis de predadores sexuais.

Por este lamentável lapso, lhe peço desculpa, mas deve convir que, entre tantos Titos de Morais, só não errava quem soubesse destrinçar os vários elementos dessa ilustre e numerosa família, da qual o meu amigo Luís faz parte.

Realmente, quem me manda a mim, sapateira, tocar rabecão?
Peço desculpa, uma vez mais.

Luís Novaes Tito disse...

Isto foi tudo um mal entendido, Janita.
Não pretendia ser ríspido. Tinha ainda na cabeça a frase que tinha escrito ("a cultura de um povo se confunde com arte que esse povo não entende porque não tem cultura para a entender" e foi isso que me fez escrever o comentário.
Nem sequer tinha lido o seu comentário no post de baixo.
Abraço com a estima de sempre.