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quarta-feira, 9 de outubro de 2013

Também nas aves

Pombos Gaivota

Ontem constatei que os pombos de Lisboa se julgam gaivotas. Deixaram de passarinhar no Terreiro do Paço para se pavonear alegremente no areal do Cais das Naus.

No entanto, os brilhos de lantejoula não enganam quem os observa. Tirando a habilidade de se empoleirarem nas orelhas do cavalo de Dom José, coisa que as gaivotas não conseguem por terem barbatanas nas patas, os pombos (excluídos os pombo-correio que tem GPS nos bicos) são aselhas por natureza e molengas por se terem deixado domesticar por quem lhes enche o bandulho de milho.

Os pombos da minha cidade que se julgam gaivotas, ao contrário dos ratos de Lisboa que dominam todas as artes de sobrevivência, morrem à beça sem perceberem que as ondas do Tejo não toleram plumagens sem gordura e que as gaivotas, por quem se querem fazer passar, têm goela grossa que lhes permite engolir peixes-aranha sem se asfixiarem.

Quando constatei publicamente aquilo que os pombos de Lisboa se julgam, disse-me João Castro que: "A convivência permite a troca do conhecimento" e que lhe parecia que estes pombos também comiam peixe. Até pode ser que comam, até pode ser que tenham adquirido esse conhecimento, mas isso não lhes faz ter o bico forte, nem boiarem nas vagas criadas pelos transatlânticos que raspam o Cais das Colunas.
LNT
[0.368/2013]

terça-feira, 25 de junho de 2013

Da alma

Ampulheta
Embora mintas bem, não te acredito;
Perpassa nos teus olhos desleais
O gelo do teu peito de granito...

Mas finjo-me enganada, meu encanto,
Que um engano feliz vale bem mais
Que um desengano que nos custa tanto!
Florbela Espanca - A mensageira das violetas
Florbela escrevia sobre o amor, coisa de que os poetas dissertam em verso porque a prosa é mais propícia aos amorosos enganados pela política.

Descansem que não vou fazer uma prelecção poética. Não é matéria do meu mister, nem é norma do livro de estilo deste blog e, se posso fazer uso de quem sabe dessa poda, porque disparate a mal faria?

É inacreditável que amanhã faça anos. Tantos que lhes perco a conta e tão poucos que ainda não chegam para poder usufruir da calma que gostaria de ter, do sossego que merecia ter conquistado e do direito de não ter mais de aturar quem nunca fez por merecer ter direitos.

Chegado aqui, à idade do ouro como diz quem vende viagens e estadias, olho para os pinceis de uma vida passada entre todo o tipo de gentes e suspiro pela pressa com que tudo passou, tirando o tempo em que só havia tempo para o futuro.

Aos sessenta ainda se tenta. Valha-me isso (e a poesia).
LNT
[0.193/2013]

sexta-feira, 12 de fevereiro de 2010

Mimos

BarbeiroMuito gosta este vosso barbeiro de ser mimado. E muitos mimos existem aqui das FatBot, Maloud, MdSol, CPrice, CC e muito mais, e até de homens.

A caixa de comentários é um cofre de mimos só comparável aos que as nossas colaboradoras Katie Melua e Eva Cassidy fazem quando, na coluna da direita, cantam o What a Wonderful World.

Deus as e os guarde. Já fui feliz aqui.

Tenham um bom fim-de-semana.
LNT
[0.069/2010]

terça-feira, 2 de fevereiro de 2010

Falemos de coisas importantes

Rolls RoyceDeixemos de lado os fait-divers para vender livros, aumentar share em canais de notícias e promover os ajustes de contas velhas.

Deixemos de lado, até porque há mais vida para além do orçamento, o dito cujo.

Deixemos de lado as festividades comemorativas do centésimo dia da implantação do diálogo e da convergência das rectas paralelas.

Deixemos de lado esse pormenor urgente de construir um comboio foguete interplanetário que tem de mudar de eixos quando chega aos Pirenéus.

Deixemos de lado todas essas manigâncias como são, por exemplo, os exercícios para cálculo da taxa de desemprego e as projecções que advém da possível devolução dos desempregados portugueses que estão no estrangeiro e que são adicionados às estatísticas desses países e subtraídos às nossas.

Deixemos de lado todas essas minudências, essas idiossincrasias, como diria o Paulo Ferreira, e concentremo-nos nas razões que me levam a não poder comprar o Rolls Royce que tem lugar marcado na minha garagem e nunca mais lá entra. Isso sim é motivo sério, sério porque não me reformei aos 50 anos, tenho emprego, trabalho e pago impostos, pago-os para todos e todos me exigem que pague mais, que trabalhe mais, que ganhe menos (agora chamam-lhe congelamento) e não consigo amealhar para o tal bólide que nunca irei ter porque... pago impostos, trabalho, tenho emprego e não me reformei aos 50 anos.
LNT
[0.057/2010]

quarta-feira, 27 de janeiro de 2010

Intimidades e loucuras

Colete de forçasVocemecês (vossas mercês) sabeis que escrevo (deveria escrever) nesta casa, na Regra do Jogo, no Cão como tu, no CCTM, nos Penduras e em mais um monte de coisas, como no Facebook, no Twitter e tal.

É muita escrituração (se escrevesse) para tão parcos dedos e é uma canseira para tão cansada cabeça. Para além do mais, trabalho, e aí escrevo que me desunho, porque os bifes que aqui se não ganham, recebem-se lá.

Depois há ainda projectos, sempre adiados, relacionados com uma publicação romanceada em português alternativo, a adopção de um cachorro, o assassínio em série de uma data de gente que passa a vida a picar-me os miolos e, como todos os tugas, o projecto supremo de ganhar o euromilhões.

Não sei porque vos estou a fazer este Post intimista, mas apeteceu-me fazê-lo.

O Júlio de Matos ainda tem uma ala para escritores falhados?
LNT
[0.047/2010]

terça-feira, 27 de outubro de 2009

sexta-feira, 15 de maio de 2009

Diálogos dos tempos correntes

Chimpazé


- Paizinho, governabilidade quer dizer que se governam ou que nos governam?

- Filhinho, porque é que não voltas às perguntas fáceis do género de onde vêm os bebés ou como é que se fazem os filhos?

LNT
[0.385/2009]

domingo, 5 de abril de 2009

Botão Barbearia[0.282/2009]
FilosofandoSorrisos de pedra

Com um dia de azul, como o que está hoje, é quase criminoso ficar aqui agarrado ao teclado a debitar para a Barbearia e para o Eleições como se não houvesse mais nada para fazer.

Não há-de ser a crise que me impedirá de ainda tratar de coisas tan interessantes como a papelada do condomínio ou observar os orçamentos que já me foram apresentados para substituição da conduta da água que alimenta a parte habitacional do meu prédio. Também não será ela que me impedirá de preparar as importantíssimas tarefas que amanhã tenho para desenvolver, ou meditar sobre a necessidade de mandar o carro à inspecção.

Como vêm, há muito mais vida para além dos Blogs.

O que me faz estar aqui agarrado ao click, click?
LNT

segunda-feira, 30 de março de 2009

Botão Barbearia[0.259/2009]
Gostos do barbeiroAmêndoas de chocolate

Do que mais gosto do tempo de Páscoa é haver amêndoas cobertas de chocolate amargo.

Do que menos gosto é de haver amêndoas de licor, já para não falar das de Coimbra que são molengonas e demasiadamente açucaradas.
LNT