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quarta-feira, 23 de fevereiro de 2011

Ganhar-tempo

Brent LynchDe todas as expressões parvas, a mais parva e esbanjadora de todas (a seguir ao vale-o-que-vale, e à sociedade-civil), é a de ganhar-tempo.

Ganhar-tempo é uma aberração porque o tempo perde-se com a mesma lógica que cada segundo passado é menos um segundo para a morte.

Normalmente a expressão ganhar-tempo não é mais do que perder tempo e só serve para empatar.

Qualquer coisa do género:
"Meus caros, o trabalho está a apertar. Vamos dilatar o prazo para ganharmos tempo e podermos fazer isto mais descansados", ou
"enquanto os gajos não desembarcarem na Portela vamos ganhando tempo".
LNT
[0.059/2011]

segunda-feira, 13 de outubro de 2008

Botão Barbearia[0.784/2008]
Chove a cântaros [ II ]Ciclone

Pelo que se pode observar nas Bolsas (espero não estar a escrever cedo de mais até porque depois de realizadas as mais-valias poderemos observar nova distribuição de jogo) o intervencionismo estatal acaba de salvar o neoliberalismo.

Os investidores (os que tiveram capacidade para aguentar o descalabro da semana passada sem terem de vender) estão de novo a realizar capital, os bancos preparam-se para arrecadar mais lucros resultantes do preço do dinheiro (adquirido a custos mais baixos e vendido ao mesmo preço, tal como tinha acontecido com os combustíveis) e os Contribuintes, desculpem, os Estados, oferecem gratuitamente Garantias aos Bancos (não confundir com Garantias de Depósitos), o mesmo tipo de garantias que os Bancos vendem aos Contribuintes a alto preço.

Quem já teve necessidade de obter uma Garantia Bancária sabe bem quanto isso custa.

O primado da política já não é o que era. Agora andamos todos ao sabor da finança e pelos vistos gostamos e aplaudimos. Uma vez mais a culpa morre solteira e o Zé pagante cá está para o que der e vier.
pqp
LNT
Botão Barbearia[0.783/2008]
Chove a cântaros [ I ]Ciclone

Não sei se aquilo que está a acontecer lá fora (1:30 da manhã, em Lisboa) é uma tromba de água ou a antecipação da abertura da Bolsa de Lisboa após o anúncio de que o Estado Português passou a ser fiador da banca privada.

Esperemos que seja só um aguaceiro e que passe depressa.
Nunca mais chega o 4 de Novembro para ver se o tempo desanuvia.
LNT