Todos temos os nossos dias vidrinhos. Parece que a coisa está por um fio e que esse fio é tão ténue que pode partir sem qualquer aviso. Ao longo de uma vida já devo ter tido alguns desses dias, não muitos que foi sempre preciso andar para a frente, para o lado e até para trás, sem haver muito tempo para vitrais a não ser os de contemplação entre uma hóstia e outra (os castelhanos escrevem de forma diferente) à procura de soluções.
Mas hoje sinto-me assim. Por um fio, com o fio torcido, retorcido, esticado e moído.
Não sei se foi da conta do dentista e do atraso provocado para chegar ao trabalho, se foi por ter acordado vivo, se foi por causa do sabonete do banho estar quase transparente ou por me ter sido diagnosticada uma reforma lá para os sessenta e sete anos, coisa que estilhaça qualquer cristal.
LNT
[0.030/2011]
Mas hoje sinto-me assim. Por um fio, com o fio torcido, retorcido, esticado e moído.
Não sei se foi da conta do dentista e do atraso provocado para chegar ao trabalho, se foi por ter acordado vivo, se foi por causa do sabonete do banho estar quase transparente ou por me ter sido diagnosticada uma reforma lá para os sessenta e sete anos, coisa que estilhaça qualquer cristal.
LNT
[0.030/2011]