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segunda-feira, 3 de junho de 2013

Das mula ruça

Burro com capaAqui há muitos anos, no século passado, quando andava a adquirir uma habilitação literária e profissional para confirmar a aptidão para o trabalho que desenvolvia tive um professor na cadeira de LCP que afirmava e fazia decorar que em computação aquilo que se fazia uma vez repetia-se ad vitam æternam com as mesmas características.

A teoria era verdadeira mas tentei convencê-lo a explicar de que esta teoria só por si podia levar os meus colegas de turma e futuros de profissão a erros gravíssimos de implementação.

A questão teria de ser equacionada em conjunto com uma panóplia de variáveis sendo que, principalmente, a frequência, o processador, a largura de banda, a quantidade de utilizadores e a simultaneidade (sim, sim, sei que não existe tal coisa mas existe o tempo de espera para que ela não exista) poderiam tornar essas rotinas inviáveis por não se processarem em tempo útil.

A coisa complicou-se e a nota na disciplina penalizou a ousadia. Ficou-me de memória e, ainda hoje, quando faço determinadas afirmações demasiadamente teóricas tento ouvir quem, por já ter construído, me pode ajudar a aperfeiçoar o raciocínio e a equacionar as condições.

Isto para dizer que, provavelmente, tudo correria melhor na governação do País se, em vez de se contratarem teóricos que nunca construíram qualquer solução, se optasse por recorrer a gente com provas dadas e resultados práticos comprovados.
LNT
[0.148/2013]

quinta-feira, 30 de outubro de 2008

Botão Barbearia[0.843/2008]
CompetênciasBotero

Há desempenhos que obrigam a formação permanente e a estudo diário. Muitas vezes apetece deixar essas vidas e embarcar noutras onde estudar, aprender e adquirir competências são coisas de uma só vez que, atingidas pela obtenção do canudo e emprego, servem para vidas à sombra das habilitações literárias adquiridas na juventude.

É por isso que faz confusão este valorizar permanente do canudo, como se isso valesse competência, em detrimento dos curriculados, do valor acrescido e dos certificados profissionalmente.

Este raciocínio (competência/habilitações literárias) não conduz à desnecessidade de formação académica, porque uma e outra coisa são complementares, mas tem de levar à mudança de mentalidade e à compreensão de que tem de haver muito mais para além das habilitações literárias uma vez que a competência não depende do canudo e as competências são coisas a manter actualizadas, monitorizadas e avaliadas numa cadeia de valor.

É assim que se entende o "deixem-se de Dr.s e Eng.s e tratem de valorizar as competências” que Gary Hamel ontem referiu.

Em Portugal vivemos sempre na sombra de algo. Anteriormente era à sombra da Corte onde o dinheiro comprava os títulos. Depois deixou-se a sombra do títulos para com o dinheiro se comprarem Comendas. Agora o Canudo é a marca da burguesia que nunca chegará a fidalga por muito dinheiro que arrecade em salário e compensações.

Depois admiram-se quando aparece gente que ameaça com o desemprego quem produz com competência o seu (deles que ameaçam) sustento.
LNT
Rastos:
USB Link
-> SIC Gary Hamel - Entrevista (Vídeo)
-> Gary Hamel Biografia