Mostrar mensagens com a etiqueta Homenagens. Mostrar todas as mensagens
Mostrar mensagens com a etiqueta Homenagens. Mostrar todas as mensagens

sexta-feira, 30 de julho de 2010

Ganda treta, Toni

Vaca

Ganda treta essa do pâncreas com bichesas dar cabo da vida a um gajo como a naifa do talhante já tinha afanado a da vaca que te deu o colete.

A solidinidariedade comendadoreira com que te agranciaram foi do camandro, oh catano, oh caneco!, um supônhamos do semi-pós-modérnico condecorativo para te circunspectear o finishing.

Como dizias ao Zézé no Carlos Alberto da Franguesia de Benfica..., ora, fosca-se!

Não deixaste nada por dizer mas ficou muito mais por fazer.
Agora descansa, chavalo.
LNT
[0.269/2010]

sábado, 19 de junho de 2010

lucidez

Saramago
"Os movimentos das agulhas foram rápidos, precipitados, violentos. Outra pausa. Então perguntou o agente. O técnico tardava a responder, o agente insistiu. Então, que diz a máquina. A máquina diz que o senhor mentiu, respondeu confuso o técnico. É impossível, gritou o agente, eu disse a verdade, não votei em branco, sou um profissional do serviço secreto, um patriota que defende os interesses da nação, a máquina deve é estar avariada. Não se canse, não se justifique, disse a mulher, acredito que tenha dito a verdade, que não votou em branco nem votará, mas recordo-lhe que não era disso que se tratava, eu só pretendi demonstrar-lhe, e consegui, que não nos podemos fiar demasiado no nosso corpo. A culpa foi toda sua, pôs-me nervoso. Claro, a culpa foi minha, a culpa foi da eva tentadora, mas a nós ninguém veio perguntar se nos sentimos nervosos quando nos vemos atados a essa maquineta. O que vos põe nervosos é a culpa, Talvez, mas então vá lá dizer ao seu chefe por que é que, estando você inocente das nossas maldades, se portou como um culpado, Não tenho nada para dizer ao meu chefe, o que se passou aqui é como se nunca tivesse sucedido, respondeu o agente. Depois, dirigindo-se ao técnico, Dê-me esse papel, e já sabe, silêncio absoluto se não quiser vir a arrepender-se de ter nascido, Sim senhor, fique descansado, a minha boca não se abrirá. Eu também nada direi, acrescentou a mulher, mas ao menos explique lá ao ministro que as astúcias não serviram de nada, que todos nós continuaremos a mentir quando dissermos a verdade, que continuaremos a dizer a verdade quando estivermos a mentir, tal como ele, tal como você, agora imagine que eu lhe tinha perguntado se queria ir para a cama comigo, que responderia, que diria a máquina."
José Saramago
Ensaio sobre a lucidez
Caminho
LNT
[0.201/2010]

sábado, 22 de novembro de 2008

Botão Barbearia[0.923/2008]
SurrealismosMagritte

Dou por mim a olhar Magritte (no post anterior), uma das minhas muitas cogitações de surrealismo, e vejo o que ele via nas mulheres de há um século atrás:

Umbigo, seios tal como Deus lhes deu, uma ligeira barriguinha pouco ginasticada, ancas condizentes e coxas com carne.

Estes surrealistas do século passado eram loucos e demagogos.
LNT

sexta-feira, 28 de dezembro de 2007

Botão Barbearia[0.403/2007]
Benazir Bhutto

Benazir BhuttoQuem luta pelos seus ideais e pelas suas convicções pode perder muito, como foi o caso de Benazir Bhutto que por elas deu a vida, mas deixa certamente a lição de vida para quem, optando pela insubmissão, lhe sucederá.

Benazir nunca abdicou das suas razões e nunca deixou que o medo, os medos, lhes tolhessem a vontade nem nunca abdicou do seu direito de exercer a liberdade.

A cobardia de quem lhe provocou a morte só prova a razão da luta que Benazir travou.

A sua personalidade merece respeito e o seu exemplo é escola.

Só morre verdadeiramente quem cala e desiste de se bater por aquilo em que acredita.
LNT

sábado, 10 de novembro de 2007

Armando Rafael[0.253/2007]
Cruzar a vida

Pouco mais o conhecia do que de um ou outro cruzar por sítios comuns e algumas leituras, mas aflige saber que o chefe do gabinete de António Costa foi ontem encontrado morto no seu posto de trabalho.

Armando Rafael, de 46 anos, advogado e jornalista do DN tinha, segundo quem o conhecia bem, ainda muito para oferecer tanto como jornalista, como chefe do gabinete do Presidente da Câmara Municipal de Lisboa, tal como já o tinha provado nos inúmeros trabalhos no Dário de Notícias e em cargos políticos anteriores onde acompanhou António Costa.

Estas coisas da vida e da morte são sempre mal aceites e quase sempre incompreensíveis, principalmente quando nos apanham de chofre e nos fazem lembrar que o stress é muito mais vezes fatal do que aquilo que nos apercebemos no dia-a-dia.

Aos seus familiares e amigos e entre eles a António Costa e a Jorge Sampaio resta manifestar solidariedade neste momento que lhes é difícil.

Para Armando Rafael esta mínima homenagem.
LNT