Não, não foi só uma goleada de quatro a zero num jogo de bola. Foi mais uma porrada inaceitável e um atirar de culpas para "foi só um jogo de futebol", "o futebol é isto", "o árbitro foi ladrão" e um "correu tudo mal".
Porque tudo sempre há-de correr mal quando todas as condições se reúnem para que tudo corra mal, seja "só num jogo de futebol", seja na política nacional ou internacional, seja na irresponsabilidade com que se usa e mobiliza o sentir nacional.
Não, não foi só um jogo de futebol. Foi a falta de brio de uma equipa milionária que, tal como o poder que temos, se contenta com o pouco, poucochinho e que, tal como o maior partido da oposição, prefere dividir a reunir, sem se perceber que as equipas só serão vencedoras se as estrelas prescindirem do brilho individual.
Foram as bandeiras nacionais enroladas (que foram incitadas durante um mês para que se desfraldassem), foi a frustração, foi a perda e foi um objectivo nacional não alcançado (porque o bombardeamento da propaganda - selfies incluídas - tinha transformado o "só um jogo de futebol" numa conquista nacional).
LNT
[0.239/2014]