[0.183/2007]Fardos de palhaA páginas tantas, nesta barbearia começa a haver tão pouco para dizer que mais valia ficar calado.
Se ao menos tivesse correspondentes que escrevessem coisas mui inteligentes que permitissem ir acrescentando texto parecendo ser benemérito com a sua publicação, ou a presidência da União terminasse para poder comentar as coisas que Menezes há-de começar a dizer, ou o aeroporto da Ota desse por findos os estudos e regressasse à dita cuja, ou Sua Ex.ª o Nosso Senhor Primeiro tivesse ganho a maratona Lisboa/Oeiras agora que já sabe ficar-lhe bem deixar escapar uma atitude normal, ou a pobreza e o desemprego começassem a baixar para que pudesse fazer um elogio decente ao poder, voltava a haver inspiração nesta loja e até as nossas colaboradoras passariam a ser mais exuberantes.
Mas não. Não há nada para dizer a não ser repetir à exaustão os ruídos do Senhor Doutor, ou ajudar a promoção dos livros dos romancistas/jornaleiros, ou comentar as bandeiras avessas dos ressabiados, ou o chorinho chorado pelo leite derramado.
Realmente ficar acordado até tão tarde para escrever tanta baboseira.
Se ao menos fizesse textos longos a explicar que para explicar os tenho de fazer, ainda que nada fique explicado...
LNT