Anda por aí essa rapaziada do “deixa-me dizer qualquer coisita para ver se alguém me ouve” a falar dos nacionais europeus que vão para a Síria e afins para aprender a manipular facas e dar uns tiros de kalashnikov distraindo-nos do facto de ser possível que nesta mesma Europa se formem múltiplas células com tantas ou mais capacidades e muito mais eficazes (até porque não ficam com marcas nos passaportes e não faltam instrutores militares na Europa muito mais preparados).
Sabemos que esta gente que diz coisas, a mesma que achou que um tão mal cogitado plano – só possível de executar porque ninguém levou a sério a ameaça real que pairava sobre o jornal francês - foi façanha de um comando armado bem treinado (houve mesmo quem dissesse que se estava perante um raid militar), possivelmente nunca teve um canhangulo na mão e não faz a mínima ideia de como se segura numa arma.
Enfim, é o que temos, salvo algumas poucas excepções que foram passando pelas cadeiras dos diversos estúdios nacionais.
É isso, e a memória curta que permite a essa gente repetir incessantemente que estamos perante um dos mais sangrentos ataques terroristas ocorridos na Europa enquanto fazem por esquecer terrorismo de sinal contrário, p.e., o que um Anders Behring Breivik há dois anos executou e em que, depois de ter feito explodir 8 pessoas e vários edifícios, andou a caçar sessenta e tal jovens numa ilha Norueguesa.
Sim, sei que a Breivik chamaram de “serial killer”.
LNT
[0.013/2015]