Putin e Cirilo, após abandonarem o plano inicial imperialista de substituir
o governo democrático ucraniano por um governo fantoche, tal como o existente
na Bielorrússia, já anunciam voltar ao seu plano inicial.
O Czar do Império da Rússia e o Patriarca de Moscovo confrontados
com a heroica resistência ucraniana liderada por Volodymyr Zelensky, o novo Simón Bolívar comunicacional do século XXI, e com o
impensável sentimento de unidade patriótica ucraniana e do fortalecimento do “Ocidente”
comandado pelos Estados Unidos e escudado na bandeira da NATO, dizem agora regressar
aos objectivos iniciais:
1. Criar uma zona de ninguém entre a Ucrânia democrática e a ditadura russa;
2. Reduzir a área geográfica da Ucrânia redesenhando as fronteiras que separam a Europa democrática do Império Russo; e
3. Retirar à Ucrânia os acessos ao Mar de Azov para o transformar no porto terminal de escoamento do gás e petróleo russos.
O Czar Putin, batizado com o
cognome de “o Carniceiro”, e Cirilo que muito gostaria de voltar a ser o Patriarca
de Moscovo e de toda a “Grande, Pequena e Rússia Branca”, estarão na iminência
de concentrar as suas atenções para o redesenho fronteiriço abdicando o Czar,
do pleno território ucraniano e do acesso total ao Mar Negro e o Patriarca, da Pequena
Rússia, para levar à mesa do armistício, após a conquista do território que
marcaram, a proposta do mapa abaixo, que abarcará a central nuclear de Zaporizhzhia,
garante da energia dos territórios anexados, incluindo a Crimeia.
Fecha-se o zip, fecha-se o
zimbório, mantém-se a face do Czar (do actual ou do próximo), alargam-se as
portas do “Ocidente livre” e Odessa continuará a ser Património Cultural da Unesco.
Os refugiados regressam, a Europa
respira e fica na dependência energética de outras potências, a Ibéria rasga os
Pirenéus, a China mantem os mercados, a ONU continua como sempre, o Mundo volta
à sua vidinha e a humanidade há-de construir o memorial que sempre constrói
após os crimes que contra ela são cometidos.
[0.039/2022]