[0.724/2008]
Intel®inside
Imagino o contentamento que teria sentido se me tivessem dado um computador na Primeira Classe. As expressões de felicidade que vi na reportagem de cobertura da entrega dos Magalhães, e desta vez não eram miúdos contratados, disseram-me o suficiente para entender o sucesso da iniciativa e acredito que a esta hora todos os que os receberam estarão a dormir com a maquineta debaixo da almofada.
Identifica-se a propaganda, sabe-se que a propaganda faz parte da política e que falta um ano para as eleições. Também se sabe que os miúdos que receberam os portáteis não votam, assim como se imagina que muitos dos pais que votam gostam de ver os seus filhos felizes. Daqui a um ano estarão em condições de avaliar se esta acção foi benéfica.
Sabe-se tudo isso e também que o dinheiro investido nesta prenda pré-natalícia foi muito melhor empregue do que em gastos absurdos com rotundas ou outras malfeitorias sabendo-se ainda que iniciar todas as crianças em instrumentos de trabalho futuro é muito mais justo do que permitir que uns poucos tenham essa possibilidade e muitos outros fiquem sitiados na exclusão.
Medidas as coisas e abstraindo do circo foi uma boa medida.
LNT
quarta-feira, 24 de setembro de 2008
terça-feira, 23 de setembro de 2008
[0.722/2008]
Outono
Parece que o Outono se apresentou com ar de quem veio para ficar. Chove a cântaros por aí, há trombas de água por toda a parte, incluindo pelos mercados financeiros e os analistas, principalmente os que ajudaram a eleger Cavaco, resmungam cobras e lagartos porque Sócrates resolveu dar um safanão na bolsa, esquecendo-se o que provocou, há uns anos, uma conversa em família com que Cavaco pôs o mercado de capitais em pantanas.
Desta vez não foi Sua Excelência o nosso Primeiro, mas só Sua Excelência o nosso Primeiro travestido de SG Rosa numa festa gringa/obamaiana no berço de Portugal e nem sequer foi um apelo à debandada mas só um aviso à navegação.
LNT
Outono
Parece que o Outono se apresentou com ar de quem veio para ficar. Chove a cântaros por aí, há trombas de água por toda a parte, incluindo pelos mercados financeiros e os analistas, principalmente os que ajudaram a eleger Cavaco, resmungam cobras e lagartos porque Sócrates resolveu dar um safanão na bolsa, esquecendo-se o que provocou, há uns anos, uma conversa em família com que Cavaco pôs o mercado de capitais em pantanas.
Desta vez não foi Sua Excelência o nosso Primeiro, mas só Sua Excelência o nosso Primeiro travestido de SG Rosa numa festa gringa/obamaiana no berço de Portugal e nem sequer foi um apelo à debandada mas só um aviso à navegação.
LNT
Rastos:
-> Jornal de Negócios On Line ≡ Sócrates fala da Bolsa como local onde se "joga"
segunda-feira, 22 de setembro de 2008
[0.719/2008]
Verdade, verdadinha
O barbeiro repimpado na sua poltrona de Domingo à noite observa uma reposição, diz-se no anúncio, de um programa da SIC com a Teresa Guilherme e um merceeiro nortenho.
A coisa roda à volta da verdade e de um polígrafo, não é pornográfico no sentido próprio da palavra e só não é imoral porque quem se decide a participar fá-lo com inteira liberdade em troca de dinheiro, o mesmo conceito de moralidade que qualquer prostituta livre tem.
O único problema, dado o que ficou escrito antes, é que estamos em canal de sinal aberto, portanto acessível a todas as idades e a crueldade da verdade e o gozo dos mirones não parece ser grande lição de vida para quem ainda está em formação.
Os psicólogos saberão explicar melhor mas, e longe de querer ser moralista, parece haver aqui algo de muito perverso. No jogo da Verdade ou Consequência a liberdade de mentir era um bem adquirido. Neste negócio essa liberdade não existe porque qualquer mentira serve sempre para denunciar a verdade.
Vai ser um real-show de sucesso, não duvido. É disto que mais se gosta.
LNT
Verdade, verdadinha
O barbeiro repimpado na sua poltrona de Domingo à noite observa uma reposição, diz-se no anúncio, de um programa da SIC com a Teresa Guilherme e um merceeiro nortenho.
A coisa roda à volta da verdade e de um polígrafo, não é pornográfico no sentido próprio da palavra e só não é imoral porque quem se decide a participar fá-lo com inteira liberdade em troca de dinheiro, o mesmo conceito de moralidade que qualquer prostituta livre tem.
O único problema, dado o que ficou escrito antes, é que estamos em canal de sinal aberto, portanto acessível a todas as idades e a crueldade da verdade e o gozo dos mirones não parece ser grande lição de vida para quem ainda está em formação.
Os psicólogos saberão explicar melhor mas, e longe de querer ser moralista, parece haver aqui algo de muito perverso. No jogo da Verdade ou Consequência a liberdade de mentir era um bem adquirido. Neste negócio essa liberdade não existe porque qualquer mentira serve sempre para denunciar a verdade.
Vai ser um real-show de sucesso, não duvido. É disto que mais se gosta.
LNT
Rastos:
-> SIC ≡ Momento da Verdade
-> Foleirices ≡ Carlos Pereira
-> Causa Vossa ≡ Maioria Silenciosa
domingo, 21 de setembro de 2008
[0.717/2008]
Colaborador da Semana [ XLVI ]
Chóóckras e Petra Peneira são gémeas naturais.
Filhas de mãe diferente e de pai igualmente diferente fazem unhas e depilações de forma igual e lambuzam-se no sabugo de quem lhes dá as mãos para embelezamento.
Clientela não lhes falta, enche pavilhões, e não há quem não volte a entregar-se-lhes depois de espevitado o prazer de sentir a camada fina de verniz a estalar.
Chóóckras e Petra dispensam que as escolham por correspondência. Gostam de dominar no contacto directo e de serem penetradas pelos olhos de quem as escolhe para as maldades que se seguem.
Adoram choques, as pequenas, e com isso contribuem para que os níveis desta barbearia sejam levantados com rebentamento de escala nos gráficos de pico.
São as colaboradoras desta semana.
LNT
Colaborador da Semana [ XLVI ]
Chóóckras e Petra Peneira são gémeas naturais.
Filhas de mãe diferente e de pai igualmente diferente fazem unhas e depilações de forma igual e lambuzam-se no sabugo de quem lhes dá as mãos para embelezamento.
Clientela não lhes falta, enche pavilhões, e não há quem não volte a entregar-se-lhes depois de espevitado o prazer de sentir a camada fina de verniz a estalar.
Chóóckras e Petra dispensam que as escolham por correspondência. Gostam de dominar no contacto directo e de serem penetradas pelos olhos de quem as escolhe para as maldades que se seguem.
Adoram choques, as pequenas, e com isso contribuem para que os níveis desta barbearia sejam levantados com rebentamento de escala nos gráficos de pico.
São as colaboradoras desta semana.
LNT
sábado, 20 de setembro de 2008
sexta-feira, 19 de setembro de 2008
[0.715/2008]
Da coerência
Aqui, nesta barbearia, defende-se que todos têm direito a viverem a sua vida como muito bem lhes apetece. Claro que essa defesa implica os deveres sociais e tem por limite as liberdades dos outros.
Em nada toca nas liberdades dos outros ou nos deveres sociais as opções sexuais de cada um e, estando assegurado que ninguém poderá ser discriminado por essa razão, então é dever de qualquer Governo regulamentar para que as discriminações se não verifiquem.
É estranho que se argumente com o programa eleitoral para não se dar seguimento a essa regulamentação. Seria lógico e atendível que o Partido de poder viesse dizer que não considera oportuna a iniciativa uma vez que a tem agendada para mais tarde e que não tem de se submeter às agendas do BE, mas a argumentação baseada na não-inscrição no Programa para esta legislatura é mais uma das muitas patacoadas que só servem para descredibilizar, ainda mais, quem inclusive já fez anteriormente tábua-rasa dos comprometimentos eleitorais.
Será que os políticos deste País nunca mais entendem o que é o ridículo?
LNT
Da coerência
Aqui, nesta barbearia, defende-se que todos têm direito a viverem a sua vida como muito bem lhes apetece. Claro que essa defesa implica os deveres sociais e tem por limite as liberdades dos outros.
Em nada toca nas liberdades dos outros ou nos deveres sociais as opções sexuais de cada um e, estando assegurado que ninguém poderá ser discriminado por essa razão, então é dever de qualquer Governo regulamentar para que as discriminações se não verifiquem.
É estranho que se argumente com o programa eleitoral para não se dar seguimento a essa regulamentação. Seria lógico e atendível que o Partido de poder viesse dizer que não considera oportuna a iniciativa uma vez que a tem agendada para mais tarde e que não tem de se submeter às agendas do BE, mas a argumentação baseada na não-inscrição no Programa para esta legislatura é mais uma das muitas patacoadas que só servem para descredibilizar, ainda mais, quem inclusive já fez anteriormente tábua-rasa dos comprometimentos eleitorais.
Será que os políticos deste País nunca mais entendem o que é o ridículo?
LNT
Rastos:
-> TSF - Casamento homossexual
[0.714/2008]
Um slogan por semana [ XXIII ]
Unir a classe operária e o povo contra a exploração e a repressão.
Pelo Poder Popular
(MES - 1975)
LNT c/a colaboração de Redexpo
Um slogan por semana [ XXIII ]
Unir a classe operária e o povo contra a exploração e a repressão.
Pelo Poder Popular
(MES - 1975)
LNT c/a colaboração de Redexpo
A propósito ler:
-> Absorto - Eduardo Graça # MES-O documento da ruptura do grupo de Jorge Sampaio no I Congresso (III)
quinta-feira, 18 de setembro de 2008
[0.712/2008]
Flying against the Window
Por isso, meus caros jornalistas que tentam questionar o nosso Primeiro sem obter respostas para o preço da gasolina, façam o favor de caçar um dos muitos furacões que se passeiam pelo Atlântico rumo à Gringolândia e auscultem-lhe o olho.
The answer, my friend, is blowin' in the wind.
Se não estiverem para isso cantarolem Dylan no vosso melhor inglês técnico.
Irão perceber a mensagem profunda que contém para solução da crise energética.
LNT
Flying against the Window
Por isso, meus caros jornalistas que tentam questionar o nosso Primeiro sem obter respostas para o preço da gasolina, façam o favor de caçar um dos muitos furacões que se passeiam pelo Atlântico rumo à Gringolândia e auscultem-lhe o olho.
The answer, my friend, is blowin' in the wind.
Se não estiverem para isso cantarolem Dylan no vosso melhor inglês técnico.
Irão perceber a mensagem profunda que contém para solução da crise energética.
How many roads must a man walk down before you call him a man?São tudo moinhos de vento, elementary, my dear Watson.
Yes, 'n' how many seas must a white dove sail before she sleeps in the sand?
Yes, 'n' how many times must the cannon balls fly before they're forever banned?
The answer, my friend, is blowin' in the wind.
LNT
[0.711/2008]
Boykote ao assalto
Manuel Pinho parece ter finalmente percebido que os preços dos combustíveis terão de ser olhados por quem tem por obrigação zelar pelos interesses dos consumidores.
Percebe-se que o Secretário de Estado dos Assuntos Fiscais tenha vindo ontem dizer que o Governo não deve intervir nesta questão e sabe-se bem porquê:
1º Porque a sua preocupação não é a da defesa dos consumidores e a alta dos combustíveis representa um acréscimo no IVA arrecadado;
2º Porque se esquece, talvez por ninguém lho fazer lembrar, que este é um Governo do PS e não do PSD, conforme ele gostaria.
Esta, mais esta, série de declarações antagónicas feita praticamente no mesmo dia por diferentes membros do mesmo Governo sem que haja uma resposta política de alto nível que demonstre a concertação de políticas, passa para a opinião pública a imagem do Deus-dará onde Ministros e Secretários de Estado dizem tudo e o seu contrário e permite que os do costume, neste caso a GALP e compª, continuem a gozar com os consumidores e as entidades reguladoras a preocuparem-se unicamente com a defesa dos tachos bem pagos que detêm.
Manuel Pinho desta vez tem toda a razão.
O Governo existe para governar e governar implica tomar todas as acções necessárias para defesa dos governados. Há que entender que os consumidores estão cada vez menos burros e acomodados e não adianta virem os opinadores do costume, como um tal Camilo da rádio, com a conversa de que os preços dos combustíveis têm de oscilar no consumidor conforme a variação diária do preço das matérias primas, porque isto não acontece em mais nenhum sector da economia.
Mal estaríamos se os preservativos variassem diariamente de preço consoante as oscilações que se verificam no mercado da borracha.
Não podemos andar ao sabor dos lucros aspirados pelos monopólios, mesmo que nos queiram fazer crer que é isso o tal funcionamento do mercado de que tanto gostam de falar. Se um dia a GALP voltar a ter problemas (o que se espera que nunca aconteça) não hesitará em recorrer ao Estado para lhos resolver, tal se observa noutros casos actualmente nos EUA.
As acções que Manuel Pinho avisou só pecam por ser tardias.
LNT
Boykote ao assalto
Manuel Pinho parece ter finalmente percebido que os preços dos combustíveis terão de ser olhados por quem tem por obrigação zelar pelos interesses dos consumidores.
Percebe-se que o Secretário de Estado dos Assuntos Fiscais tenha vindo ontem dizer que o Governo não deve intervir nesta questão e sabe-se bem porquê:
1º Porque a sua preocupação não é a da defesa dos consumidores e a alta dos combustíveis representa um acréscimo no IVA arrecadado;
2º Porque se esquece, talvez por ninguém lho fazer lembrar, que este é um Governo do PS e não do PSD, conforme ele gostaria.
Esta, mais esta, série de declarações antagónicas feita praticamente no mesmo dia por diferentes membros do mesmo Governo sem que haja uma resposta política de alto nível que demonstre a concertação de políticas, passa para a opinião pública a imagem do Deus-dará onde Ministros e Secretários de Estado dizem tudo e o seu contrário e permite que os do costume, neste caso a GALP e compª, continuem a gozar com os consumidores e as entidades reguladoras a preocuparem-se unicamente com a defesa dos tachos bem pagos que detêm.
Manuel Pinho desta vez tem toda a razão.
O Governo existe para governar e governar implica tomar todas as acções necessárias para defesa dos governados. Há que entender que os consumidores estão cada vez menos burros e acomodados e não adianta virem os opinadores do costume, como um tal Camilo da rádio, com a conversa de que os preços dos combustíveis têm de oscilar no consumidor conforme a variação diária do preço das matérias primas, porque isto não acontece em mais nenhum sector da economia.
Mal estaríamos se os preservativos variassem diariamente de preço consoante as oscilações que se verificam no mercado da borracha.
Não podemos andar ao sabor dos lucros aspirados pelos monopólios, mesmo que nos queiram fazer crer que é isso o tal funcionamento do mercado de que tanto gostam de falar. Se um dia a GALP voltar a ter problemas (o que se espera que nunca aconteça) não hesitará em recorrer ao Estado para lhos resolver, tal se observa noutros casos actualmente nos EUA.
As acções que Manuel Pinho avisou só pecam por ser tardias.
LNT
Rastos:
-> Portugal Diário - Governo admite intervir se preços dos combustíveis não baixarem
Subscrever:
Mensagens (Atom)