domingo, 11 de julho de 2010

Baliza

Sara CarboneroPolvos, periquitos, crocodilos, tudo serve para se conseguir adivinhar o resultado que esta tarde vai dar o título de campeão do mundo à Espanha, ou à Holanda.

Mas a coisa podia ser já mais clara se perguntassem à Señorita Sara Carbonero se o namorado iria defender a honra da baliza espanhola fazendo com que lá nada entrasse a não ser o prémio que ela lhe dará no regresso a casa com o caneco no bolso.

O periquito vira cartas, o polvo escolhe bandeiras, o jacaré morde a carne e a Señorita Sara Carbonero suga o esparguete que na ponta tem assegurada a vitória.

Com uma guarda-redes destas não há dique que resista.
LNT
[0.252/2010]

Já fui feliz aqui [ DCCLIX ]

Margarida e Sara














Margarida e Sara - Sevilhanas - Teatro Armando Cortês - Lisboa - Portugal
LNT
[0.251/2010]

sábado, 10 de julho de 2010

No fio da navalha

Orelha PiercingTerminadas as Comemorações do Centenário de Tito de Morais esta barbearia regressa à sua habitual função.

Deixa de lado os muitos clientes ilustres que por aqui andaram e volta a preocupar-se com coisas comezinhas, como o bem-estar das nossas colaboradoras mais rechonchudas e com a satisfação da estimada clientela fiel, mesmo aquela mais orelhuda que de vez em quando sente o fio da navalha a afagar-lhe os lóbulos.

O calor convida a pôr os pezinhos na água mas o final do primeiro semestre que antecede o ripanço à sombra do toldo, obriga ao cumprimento dos objectivos ainda não atingidos. Por isso, a assiduidade da escrita continua condicionada e durante os mergulhos ficará suspensa porque, como sempre, as férias incluem a abstinência de bits.

De tesoura em punho, gravata no cabide e mangas arregaçadas, escancaram-se as portas.

Haja engenho e arte e que a clientela não falte.
LNT
[0.250/2010]

Já fui feliz aqui [ DCCLVIII ]

Hermitage
Hermitage - Palácio Ajuda - Lisboa - Portugal
LNT
[0.249/2010]

sexta-feira, 9 de julho de 2010

Esta viagem a Tito de Morais é uma passagem geracional de testemunho

Portugal Socialista Poder imaginar Tito de Morais com cem anos a partir da memória de há trinta e seis é um exercício difícil para quem com ele partilhou a energia verde do olhar e vermelha dos cravos, da solidariedade e da fraternidade que sempre distribuiu a quem com ele se cruzou.

Imaginar o País que ele queria e por quem nunca vacilou no seu querer, é colocarmo-nos num patamar de progresso social e económico ao nível das democracias sociais da Europa do norte, modelo de desenvolvimento que o Tito ambicionava para o Portugal moderno, afastado da miséria e da desigualdade contra a qual lutou e que lhe custou a diáspora, o exílio, a prisão, a tortura e o afastamento dos seus.

Imaginar a civilização e a cidadania que Manuel Tito queria, quando se bateu no Governo pelos direitos dos trabalhadores e na Assembleia da República pela dignificação pela ética, pelo trabalho, pelo esforço e pela humildade dos representantes do povo, é entender a lógica e a determinação, que alguns apelidavam de teimosia, de um pensamento claro e dirigido ao serviço público, à abnegação, à valorização da coisa política e do bem comum.

Esta Comissão Executiva das Comemorações do Centenário de Tito de Morais teve por objectivo promover um conjunto de acções que convocassem a memória para os princípios de um dos homens que, no Século XX, foi dos maiores impulsionadores do regresso de Portugal à democracia europeia e um dos lutadores para que todos os cidadãos tivessem as mesmas oportunidades e se pudessem expressar e agir em liberdade.

Para desenvolver o meu trabalho na Comissão Executiva tive de manipular documentos que não via há anos, imagens que me recolocaram no século passado, informações que já são história e a partir daí projectar, como o Tito fazia, um futuro que sendo presente fica muito aquém do futuro que ele projectava numa visão correcta do conceito de liberdade.

Tito sabia que liberdade não era uma abstracção nem um valor teórico e de retórica. Tito defendia que a Liberdade tinha de ser “para fazer” e que só há liberdade para fazer quando o saber não é ignorância, quando a cultura não é desconhecimento e quando os movimentos, a imaginação e a criatividade não estão restringidos pela miséria, pelo desemprego e pela desigualdade de oportunidades.

Recordar Tito de Morais não é um retorno ao passado mas uma projecção na sociedade que ele defendeu toda a vida com determinação frontal e é acompanhar a visão de progresso social e económico baseada nos seus conceitos de integridade intocável, por impoluta, e na honestidade do pensamento e da acção.

Foi uma honra ajudar a não deixar que o seu exemplo se perca na voraz superficialidade dos dias que correm. É um orgulho ter sido seu colaborador nos momentos de poder que a liberdade permitiu ao povo atribuir-lhe por voto secreto e universal. Poder que, sou testemunha, sempre usou em prol do bem comum e com a ambição de proporcionar a quem o investiu, retorno de justiça e de bem viver.

Esta viagem a Tito de Morais é uma passagem geracional de testemunho. É um apelo aos jovens para que compreendam que sem os valores universais dos direitos da humanidade que guiaram a sua vida, o futuro não tem sentido.

Como ele sempre fez e assinou, deixo-lhe este testemunho solidário e fraterno com um apertado e afectuoso abraço do camarada e amigo.
LNT
[0.248/2010]

Notícias CCTM

Blog da Comissão Executiva das CCTMTêm estado a ser publicados no Blog da Comissão Executiva das Comemorações do Centenário de Tito de Morais todos os textos que compõem o número especial comemorativo do Portugal Socialista, órgão central do PS, fundado por Tito de Morais ainda na clandestinidade.

Hoje estão em publicação os textos de Manuel Alegre, o meu (que será publicado em simultâneo neste Blog) e o do José Neves.

No final ficará disponível, também para quem não recebe a revista, o conteúdo integral desta publicação dirigida por José Augusto Carvalho, que constituiu uma das importantes acções das Comemorações da semana passada.

Fica o link para a área do Blog das CCTM que agrega essa informação.
LNT
[0.247/2010]

Já fui feliz aqui [ DCCLVII ]

Manuel Tito de Morais e LNT
Veleiro Dar Mlodziez (1983) - Navio Escola Polaco - Portugal
LNT
[0.246/2010]

quinta-feira, 8 de julho de 2010

Parem de puxar a língua ao cão!

Diálogos norte-sul

Bola do Campeonato do Mundo de 1930Não deixa de ser interessante que a final do campeonato mundial de futebol se realize no cu do continente africano entre as equipas que na Europa representam o norte rico e o sul da penúria.

Não deixa igualmente de ser interessante verificar que essa final será uma disputa monárquica entre a Europa da democracia social envolta em fumos diversos e em maus-costumes sexuais e a outra dos bons-costumes e da moral-cristã degradados pela libertinagem que os nórdicos loiros lhe impõem quando, no estio, invadem as areias mediterrânicas em busca de mestiçagem.

O combate hormonal a realizar no dia do descanso-santo na terra que fez do apartheid a sua marca do último século, anuncia ao mundo que um solo salgado conquistado ao mar pelo engenho e pela persistência é capaz de ser uma nação próspera. Resta saber se o estoque final está destinado aos acérrimos protectores dos animais ou aos defensores do sangue e da morte no redondel.

Quer-me parecer que a Grande y Felicíssima Armada vai ser, de novo, só fanfarronice.

De qualquer forma torcerei pelos touros.
LNT
[0.244/2010]

Já fui feliz aqui [ DCCLVI ]

Cão Labrador
Black - Labrador Retriever - Portugal
LNT
[0.243/2010]

terça-feira, 6 de julho de 2010

Porreiros, pá!

Barbeiros ValdivostokNa ressaca da semana passada onde tantos interagiram e tão pouco se ouviu, não por falta de som, que esse foi de peso e representou a Nação, mas por falta de eco não só na comunicação social mas também por estas bandas da bloga, ficam meia-dúzia de agradecimentos a quem nos apontou na divulgação das acções das CCTM.

Abraços especiais para o Leonel Vicente do Memória Virtual, a quem deixo um abraço especial pelos 7 anos de vida, para a sempre amiga MdSol, do Branco no Branco, para o Macro do Macroscopio, para o Carlos Barbosa de Oliveira do Crónicas do Rochedo, para o José Leitão do Inclusão e Cidadania, e para Xa2 do Luminária, pelos diversos apontamentos que fez.

Outros terão feito referências e ajudado na divulgação. As actividades realizadas deixaram pouca margem para essa pesquisa e por isso este agradecimento também lhes é dirigido com apreço.
LNT
[0.240/2010]

Robot Luso resgatado das profundezas do Atlântico

RobotAndava à caça de notícias para seleccionar uma para comentar e descobri que o Público fazia referência a algo que me diz muito.

O Robot submarino Luso foi recuperado hoje do fundo do mar. Notícia seca, sem muito mais do que o título, é no entanto importante, embora não tanto como se ele tivesse sido recuperado do cocuruto do ar.

Por explicar ficaram as causas porque estaria o submarino Luso depositado no fundo do mar, embora se possa seguir a notícia através de uma outra e se fique a saber o preço do Robot, o momento em que se verificou o seu afundamento e ainda que os Secretários de Estado Marcos Perestrello e Humberto Rosa foram às Selvagens visitar as manobras submarinas no dia do acidente. Também por explicar ficou a razão do Público não ter chamado o Nuno Rogeiro para comentar o assunto, sabido que esta deve ser uma das suas matérias de conhecimento.

São coisas como estas que nos ralam, agora que o calor está de ananases.
LNT
[0.239/2010]