Aquilo que estamos a viver em Portugal é qualquer coisa que passa todos os limites de imaginação.
O Primeiro-ministro de um Governo de coligação que se comporta como um miúdo do jardim-escola e que decidiu o absurdo convencido que assim mostrava quem manda, dois ministros de estado que se demitem em dias seguidos, sendo que um deles é o líder do Partido muleta da coligação, o chefe do governo que nunca negociou com quem quer que fosse e que agora diz ao País que tudo fará para conseguir o consenso que não procurou há menos de 24 horas, o Presidente da República que empurra a sua responsabilidade pelo regular funcionamento das instituições para os Partidos políticos que não têm instrumentos para derrubar o Governo (por já terem queimado as moções de censura da sessão legislativa), o líder do Partido muleta que se demite sem concertar com os seus militantes que exercem cargos governativos uma estratégia (inclusivamente deixando que um deles tenha tomado posse no momento em que fazia saber ao País que se demitia).
Como foi possível que o povo deste País tenha elegido tais gentes? Sim, sei que disse no início do texto que aquilo que se está a passar ultrapassa todos os limites da imaginação, mas já algo de muito mau se podia imaginar desde o início, desde o inacreditável que se passou nas campanhas eleitorais, tanto nas do Presidente da República, como nas legislativas.
LNT
[0.205/2013]