Mostrar mensagens com a etiqueta Mercados. Mostrar todas as mensagens
Mostrar mensagens com a etiqueta Mercados. Mostrar todas as mensagens

terça-feira, 10 de fevereiro de 2015

Não insultem os mercados

Swiss Leaks

"Aqueles que insultam os mercados internacionais estão a prejudicar o país", contrapôs Cavaco Silva, deixando o desabafo: "Deus nos livre de um Presidente que não mede as palavras que diz"
.
Deus nos livre, realmente, mas ainda falta quase um ano para que os eleitores façam de Deus.

Não insultem estes “mercados”, deixem esta gente (dos mercados) agir a seu belo prazer porque são estes os “mercados” que nasceram, pelo menos, duas vezes.

Fiquemos antes a aguardar que outros os denunciem por nós porque temos de nos fiar em quem nunca tem dúvidas e raramente se engana.

Enquanto a lista Lagarde da versão portuguesa do Swiss Leaks não for do conhecimento público (porque de algum do privado já o é há muito) continuem a respeitar quem foge ao fisco e enriquece miraculosamente.

Esses donos dos “mercados” e também os do BPP, BPN, BES, PT, etc., não merecem insultos que só servirão para prejudicar o país. Comentem antes abundantemente a festa do Cristiano, como faz a comunicação social portuguesa, concentrem-se nos custos dessa festa e escandalizem-se, porque isso é o que importa.
LNT
[0.080/2015]

quinta-feira, 4 de julho de 2013

Comem tudo

AlhoNão faltou ontem quem se esgadelhasse com as "perdas" que se verificaram na bolsa portuguesa (como se as perdas existissem para quem não negoceia) e na subida abrupta das taxas de juros (como se ontem se tivessem comprado produtos).

Parecia que o fim dos tempos estava a chegar e que as perdas eram para todos.

Hoje, muitos dos que ontem compraram ao preço de saldo o que a histeria provocada pelos manipuladores do costume (há quem lhes chame mercados) tinha proporcionado, estão a realizar mais-valias interessantíssimas.

É a ciência do vampirismo. Quem não tem os dentes aguçados deve evitar a tentação de morder no pescoço de quem está preparado para lhos arrancar.
LNT
[0.210/2013]

terça-feira, 7 de maio de 2013

Na linha do sucesso

Bola
Consta que hoje fomos aos mercados comprar mais dívida cara (caríssima) de que não precisamos. Para nos darmos a esse luxo havemos de entregar aos "mercados" parte do cheque que a Troika anda a decidir se cá deixa ficar em troca de mais uns milhares de desempregados.

Este post não terá imagem porque iria ser eventualmente pornográfica.
LNT
[0.096/2013]

quarta-feira, 23 de janeiro de 2013

Comprar um molho de bróculos

Ortiga A comunicação social, a mesma que este fim de semana dava notícias distraídas sobre as mais diversas coisas enquanto Portugal estava a ser varrido pelo temporal de norte a sul, faz-nos saber que regressámos aos mercados e que a coisa foi um sucesso.

Alegra-me saber que a mensagem está bem controlada e tenho pena de não saber que mercados são esses que se interessaram tanto pelos nossos papeis.

Adelante, que não andamos aqui para dificultar o regime gasparov.

A ida aos mercados, que nunca deixou de acontecer - basta ver as notícias do ano transacto - significa que continuamos a de ir lá fora buscar mais uma lecas para juntar a todas as outras lecas que um destes dias teremos de devolver acrescidas dos juros que lhes estão associados. Desta vez parece-me ainda mais preocupante até porque, segundo os ditos do poder, tudo está a correr bem e este ano não precisávamos de nos endividar mais.

Mas isto sou eu a falar, que nada entendo destas negociatas e ainda menos deste tipo de testes aos mercados que só servem para inglês ver e para aumentar o entalanço final.
LNT
[0.007/2013]

terça-feira, 14 de fevereiro de 2012

Animem-se

PicassoÀ boa maneira portuguesa, consola saber que não estamos sós.

É uma realidade que só depois das últimas eleições em Portugal toda a gente passou a reconhecer como crise europeia (e mundial) aquilo que até aí se dizia ser coisa só nossa mas, como mais vale reconhecer tarde do que nunca, as ratices dos "mercados" continuam aí para, sempre que alguma coisa corra menos mal (p.e. os juros), manter a pressão e ganhar mais algum que tape os buracos feitos no início de tudo.

Como já li a Maltez, também o próximo cão que eu levar para casa se há-de chamar Modies, um portuguesismo em honra da famosa ratadora gringa. Também como ele espero que o cachorro não se atreva a chamar-me lixo, até porque serei eu quem lhe dará o que comer.

Entretanto se alguém tiver acesso aos "mercados" faça o favor de os informar, mais uma vez, que Cavaco Silva foi eleito à primeira volta e que Moedas já tem acesso ao pote há mais de seis meses.
Obrigado.
LNT
[0.115/2012]

segunda-feira, 11 de julho de 2011

Quero o meu naco do empréstimo

Rolo de dinheiroSerá verdade que o dinheiro que pedimos emprestado ao exterior, antes de Cavaco ter dissolvido a Assembleia da República e ter comprado a passagem de Sócrates para a Sorbonne, foi só para garantir que podíamos pedir mais dinheiro emprestado aos "mercados" ao preço que eles entendessem?

Será verdade que ainda não parámos de ir aos "mercados" às compras de dinheiro e que eles, sabendo que ainda temos o dinheiro troiko para lhes pagar, não deixam de nos vender o dinheiro cada vez mais caro?

Será verdade que o dinheiro troiko que pedimos se destinava a por as contas em ordem e a pôr-nos a salvo da especulação dos "mercados" uma vez que nos fazia ficar fora desses "mercados" durante uns anos?

Se sim, então porque é que estão constantemente a dizer que continuamos a ir aos "mercados", que em princípio nos estão vedados, para comprar dinheiro mais caro em vez de usarmos o dinheiro barato que os nossos amigos troikos cá deixaram ficar?

Por mim, vou reclamar o meu naco do empréstimo. Se o pedi emprestado era porque o queria usar e se me dizem que tenho de o pagar com o meu subsídio de Natal e com as outras alarvices que estão na forja, quero gastá-lo como muito bem me apetecer.

Irrita-me que andem a fazer empréstimos em meu nome e que eu tenha de os pagar sem que nunca me sejam creditados. Ainda por cima em negócios que vejo à partida serem ruinosos e que se resumem a pedir dinheiro emprestado a 5% para garantir que me emprestem dinheiro a 16%.

Dêem-me já o dinheiro que me compete e cá me hei-de governar com ele.
Se não poder comer bifes de boy, fico-me pelo ensopado de coelho.
LNT
[0.263/2011]

sexta-feira, 6 de maio de 2011

O nosso pacote

650 EscudosAchei graça ler e ouvir em alguma bloga e na comunicação social que o trabalho das troikas estava feito e terminado, como se agora eles tivessem feito as malas e zarpado.

Fazem crer que se tratou de uma brigada de cientistas forenses que se limitaram a vir cá tirar os esqueletos dos armários, para gáudio dos detractores do poder, e que agora, com as exumações feitas e as autópsias realizadas, nos tivessem deixado um cheque para pagar o incómodo que produziram e para agradecer a diversão que lhes proporcionámos.

Nada mais falso. Os troikas vieram cá fazer uma auditoria para saberem se havia condições para realizar um negócio que lhes garanta o pão e, verificando que essas condições existem, para imporem as condições que lhes garantam o retorno do investimento e o arrecadar do valor acrescido. Não estão a brincar em serviço. Não se trata daquelas auditorias de treta que algumas organizações estabelecem só para dizer que têm sistemas de controlo e de qualidade implementados.

Eles não se foram embora, nem irão, enquanto o negócio não lhes traga a vantagem que cá os trouxe. Irão activar as metodologias e estabelecer os inspectores/auditores que verificarão a implementação das acções correctivas e que farão aplicar a correcção das não conformidades que apurarem. Só farão as malas quando estiverem ressarcidos e compensados, prontos para voltar mais tarde com novo negócio.

Trata-se da fidelização dos clientes. E estes são daqueles clientes que interessam. Resta-nos tratar-lhes do pacote.
LNT
[0.159/2011]

quarta-feira, 16 de fevereiro de 2011

Há títulos que valem uma fortuna

BatonPortugal foi hoje, mais uma vez, às compras para amortizar juros do empréstimo anterior.

Teve boa recepção (1,9 vezes superior à oferta) e um juro abaixo do que se esperava, mas ainda assim acima do juro médio cobrado na zona Euro o que, em conjunto com a recessão anunciada também hoje pelo GBP, inevitavelmente fará com que dentro de algum tempo tenha de voltar às compras para pagar o capital e os juros de agora.

Tudo normal, portanto. Respire-se mais uma vez de alívio porque enquanto o pau vai e volta sossegam as costas e pode continuar a pagar-se, por mais uns tempos, milhões em reformas milionárias e a sermos um País do Mundo onde o Presidente da República vive da(s) sua(s) pensão(ões) por ser mais valiosa que o ordenado do cargo que desempenha. Haja Mubarakes (africanos, árabes ou orientais) que mandem os especuladores às ortigas e se apresentem ao negócio e ao preço acordado.

Fala-se de tudo isto no Económico e o título que vale milhões reza que "Alemanha deixa Portugal na mão dos especuladores" como que a fazer crer que essa mão não tem dedinhos germânicos e que as unhas desses dedinhos não começam a revirar-se na fúria de não conseguirem levar a sua avante.
LNT
[0.050/2011]