quinta-feira, 13 de fevereiro de 2014

Chamam-lhes reformas

NyonPassos Coelho, Pedro, e Portas, Paulo, já consideram os portugueses ajustados.

Os Lusitanos deixaram de viver acima das suas possibilidades, embora o caminho seja para continuar, isto é, trilhar a vereda conducente a que as possibilidades sejam sempre menores e o viver seja sempre mais abaixo.

Para conseguirmos estar de acordo com as nossas possibilidades passámos milhares à reforma e depois cortámos-lhes a pensão, formámos milhares de jovens que exportámos para o Mundo cortando-lhes a esperança em Portugal, encerrámos milhares de empresas criando milhares de desempregados a quem cortámos o subsídio de desemprego, diminuímos o número de idosos a quem cortámos os serviços de saúde e os serviços sociais, destruímos a costa portuguesa cortando na sua manutenção e descurando o seu ordenamento, diminuímos o número de alunos e professores cortando nos apoios aos estudantes e às escolas e reduzimos os encargos com a investigação e a ciência cortando nos seus incentivos.

Estão felizes e satisfeitos. Chamam-lhes reformas embora sejam só retrocessos civilizacionais, sociais e humanitários.

Nivelaram por baixo, cortando. É o fechar da porta porque reformar, criar eficácia e eficiência para criar riqueza, não é matéria que queiram ou saibam fazer. É o reduzir Portugal ao nível dos seus actuais dirigentes.
LNT
[0.056/2014]

Já fui feliz aqui [ MCCCLXIV ]

Paradoxo Ornitorrinco
José Pacheco Pereira - Paradoxo Ornitorrinco - Portugal
LNT
[0.055/2014]

terça-feira, 11 de fevereiro de 2014

Para evitar que a prosa sirva de pacote de castanhas

Livro 1ª classeNão é costume falar de um livro que ainda não saiu, mas vou fazê-lo porque fiquei muito emocionado ao saber que Maria João Avilez entrevistou Vítor Gaspar e dessa entrevista resolveu fazer um registo que fique para lá do simples papel de jornal, não vá a prosa acabar a embrulhar meia dúzia de castanhas.

Pelo que se lê no Expresso On-line o livrinho é uma espécie de máquina de lavar, onde o detergente que lava mais branco é da marca Coelho e a engrenagem que a mantém em funcionamento é um pingarelho “único” com a patente Albuquerque.

Se mo ofereceram, lê-lo-ei. Comprá-lo não, que o dinheiro está caro e há-de haver obras de ficção bem mais interessantes para gastar as sobras que o entrevistado Gaspar não levou.
LNT
[0.054/2014]

Já fui feliz aqui [ MCCCLXIII ]

Manuel Amado
Manuel Amado - Portugal
LNT
[0.053/2014]

segunda-feira, 10 de fevereiro de 2014

G(r)= -GnMr/r^2

SatéliteTodos conhecem o conceito de Outsourcing. Uma organização que pretende concentrar-se no seu core business larga actividades que, embora lhe sejam imprescindíveis, são marginais ao negócio e vai buscar esse “saber” ao exterior.

O que se estranha é quando uma organização faz outsourcing do seu core business ou quando o recurso a outsourcing não reafecta, a nova função, quem desenvolvia a actividade dentro da organização ou não promove a extinção desse posto de trabalho.

Também se estranha que existam cada vez mais organizações de outsourcing-satélite a orbitar organizações de onde saíram alguns dos seus quadros ou são fundadas por gente do círculo gravitacional.

Finalmente estranha-se que, sendo o outsourcing uma técnica destinada a reduzir custos nas organizações, muitas delas (principalmente no Estado) passem a ter custos superiores aos que verificavam antes. Sabe-se que o que interessa neste momento é reduzir custos na rubrica de vencimentos mas esse objectivo poderá justificar o aumento das despesas globais?
LNT
[0.052/2014]

Quotidiano [ III ]

Afia a navalha

Les plaisirs démodés


No meu transporte subterrâneo matinal tive a impressão de estar a viajar no Metro do amor.

Casais enamorados por todos os lados, beijos prolongados e indiscretos, telefonemas móveis provocantes, imagens picantes nos tablet’s e muitas olheiras de dormidas sem dormir.

Só pode ter sido da descoberta que resultou do conselho da protecção civil para que as pessoas se mantivessem ontem em casa e do entretimento que encontraram no apagão que, a meio do serão, calou as televisões e os computadores em Lisboa.
LNT
[0.051/2014]

O País dos não-factos

AntenasHabituados aos não-factos políticos, os comentadores de serviço foram capazes de manter, nos canais informativos das televisões, horas de comentários sobre o não-facto que foi o não-jogo Benfica-Sporting e sobre as não-consequências que lhe sucederam.

Pareciam os outros que costumam comentar as não-reformas em curso e os efeitos não-consequentes dessas não-concretizações.

Depois vieram os não-jornalistas fazer não-reportagens sobre as não-marés-gigantes e sobre os não-efeitos-catastróficos que insistiam em anunciar.

Parece que no meio de tudo isto houve não-mortos e não-feridos o que faz prever que deveremos ter ainda muito que ouvir sobre os não-acontecimentos, embora dos acontecimentos pouco se fale .

Penso ser isto que a segunda figura do estado português chama de inconseguimentos.
LNT
[0.050/2014]

domingo, 9 de fevereiro de 2014

quinta-feira, 6 de fevereiro de 2014

Conselho de Ministros

Dizia sonsamente o Coelho para o Portas:

Estes tipos das esquerdas (e meia dúzia de idiotas úteis da direita) são uns garganeiros.

Agora até querem sacar os miúdos dos orfanatos das Misericórdias para os entregar a casais do mesmo género. Não conseguem perceber que assim podem acabar com os orfanatos? Não conseguem entender que as Misericórdias também são filhas de Deus?
LNT
[0.048/2014]

Já fui feliz aqui [ MCCCLXI ]

Pôr do Sol Alentejano
Pôr do Sol - Alentejo - Portugal
LNT
[0.047/2014]

quarta-feira, 5 de fevereiro de 2014

Quotidiano [ II ]

Quotidiano - Afia navalha

Todos os utilizadores têm uma alma de político


Há uma questão a que um informático (que se relacione com os seus utilizadores) sabe obter invariavelmente a mesma resposta. Essa questão relaciona-se com equipamentos ou aplicacionais que funcionavam e que subitamente deixaram de responder.

A resposta correcta evitaria uma enorme perda de tempo e mesmo quando é possível demonstrar, depois de apurada a causa, que foi uma acção humana que produziu o constrangimento, a resposta mantém-se.

A questão simples é: O que é que fez antes de isto deixar de funcionar?
A resposta esperada é: Nada, não fiz nada! (a dupla negativa diz tudo)
LNT
[0.046/2014]

Quem não tem dinheiro não tem vícios

MiróComo se pode esperar que um poder assente numa folha de cálculo (ainda por cima mal concebida e com erros graves nas fórmulas) entenda que o património cultural é um bem sucessório?

Como se pode esperar que um poder que tem por conceito que só os canudos são curriculum (ainda que sejam obtidos por equivalência), que o desemprego é efeito colateral do bom desempenho da governação, que as pessoas são valor estatístico isento de alma e sofrer, que a exportação de cérebros jovens é uma variante à zona de conforto, que todos os fins justificam os meios, mesmo os não referendáveis, que as promessas eleitorais só se destinam a obter legitimidade para mandar e que o património nacionalizado na sequência de desmandos quadrilheiros, corruptos e mafiosos é espólio que minimiza os prejuízos causados aos contribuintes?

Como se pode esperar de alguém que tem por cultura a arte de manipular resultados, um entendimento sobre a perenidade dos bens culturais?

O que se pode esperar de gente que considera a arte como um vício e justifica a delapidação do património cultural com a expressão: "Quem não tem dinheiro, não tem vícios"?
LNT
[0.045/2014]

Quotidiano [ I ]

Quotidiano - Afia navalha

Prelúdio


Abre-se a rubrica "Quotidiano" onde se registarão estórias de uma vida de trabalho (e não só), agora que os vínculos laborais estão a caminho de se quebrarem.

Coisa despretensiosa, como todas as outras relacionadas com a arte do escanhoar, coisa de poucas palavras para se poder ler sem perder muito tempo.

Um entretém, mais um desta casa, destinado a garantir a satisfação da ilustre clientela.
LNT
[0.044/2014]

terça-feira, 4 de fevereiro de 2014