quinta-feira, 12 de janeiro de 2017

terça-feira, 10 de janeiro de 2017

Coragem, determinação, liberdade, democracia

Mário SoaresTinha prometido a mim mesmo não escrever o que quer que fosse sobre Mário Soares uma vez que nada iria acrescentar a tudo o que ele fez, mas não consigo cumprir essa promessa.

Ontem, depois de cumprimentar Isabel e João Soares, que estoicamente aguentaram firmes todo o protocolo, perfilei-me por segundos perante Soares agradecendo-lhe as muitas lições de coragem, determinação, liberdade e democracia que me deu ao longo da vida as quais, espero conseguir, transmito às minhas filhas e netas.

Despedi-me dele lembrando também algumas discordâncias e com um sorriso pensei que se não tivesse tido essas discordâncias teria sido sinal de nada ter aprendido com as lições que o seu exemplo me deu.

Obrigado, Mário Soares.
LNT
#BarbeariaSrLuis
[0.011/2017]

sábado, 7 de janeiro de 2017

quinta-feira, 5 de janeiro de 2017

Jornalismo de merda

Sovacos

Cheguei a casa à hora do almoço, liguei a televisão na SICn para saber as novidades do dia e estive mais de cinco minutos a ver, em loop, um vídeo feito em Almada, datado de Novembro passado, onde uma gandulagem juvenil espancava um outro jovem. O vídeo, segundo consta, foi feito por um dos gandulos que assistiam impávidos à cena, com o intuito de ser divulgado nas redes sociais.

Já todos conhecemos estas práticas que têm por interesse principal a obtenção de notoriedade de quem pratica os actos e de quem os filma.

Como disse antes, o vídeo esteve a ser transmitido em loop constante na SICn enquanto os pivots falavam com técnicos de saúde mental e com a Mãe do jovem agredido.

Desde que comecei a contar vi as mesmas imagens cinco vezes.

A SICn serviu na perfeição os interesses da gandulagem em causa ampliando em milhares, ou milhões, o número de visualizações.

Só para completar o guião, transmitiu de seguida um vídeo de uma outra gandulagem americana a espancar um deficiente e rematou a série (não sei se houve sequência no alinhamento porque mudei de canal) com a imagem da criança refugiada, morta na praia, que no ano passado foi capa de todos os jornais.

Se isto não é jornalismo de merda, não sei o que o será.
LNT
#BarbeariaSrLuis
[0.008/2017]

terça-feira, 3 de janeiro de 2017

Quase um ano de Marcelo

Marcelo Banho Janeiro 2017O que encanta em Marcelo é que, sem qualquer demagogia, se pode apresentar sem sapatos sem se transformar num pé descalço.

E é isso que irrita muitos dos 1% que dizem não gostar dele.

Não fui seu eleitor, mas desde o discurso de vitória que proferiu na Cidade Universitária, sou um dos milhões de portugueses que vêm nele o seu Presidente.

Não tenho hoje qualquer dúvida que só Marcelo poderia desempenhar o papel de espanador que Belém e Portugal precisavam há dez anos.
LNT
#BarbeariaSrLuis
[0.006/2017]

Já fui feliz aqui [ MDXLVII ]

BA7 Dias Liberato Jorge Tito Almeida

BA7 - São Jacinto - Portugal
LNT
#BarbeariaSrLuis
[0.005/2017]

segunda-feira, 2 de janeiro de 2017

Pescadinhas de rabo na boca [ I ]

Pescadinha Rabo Boca
Imaginem um Sindicato (STI) que tem um seguro de “complemento de comparticipação” firmado com uma companhia de seguros (MEDIS).

Imaginem que o “complemento de comparticipação” é um seguro que se destina, aos filiados no Sindicato que aderiram (e pagam por isso), a cobrir parte daquilo que a ADSE não comparticipa, incluindo actos médicos não cobertos pela comparticipação da ADSE.

Imaginem que a Companhia de Seguros (Médis) e o Sindicato (STI) acordaram que, para que a seguradora comparticipe, é necessário uma declaração de complemento de comparticipação (que informa qual a parcela do acto médico que a ADSE não comparticipa) e igualmente estabelece que o original do recibo do acto médico lhe seja enviado.

Imaginem que, por sua vez, a ADSE (que é um organismo tutelado pelo Ministério da Saúde e como tal com idoneidade suficiente) exige que para passar a tal declaração que lhe sejam enviados os originais dos recibos/factura que não devolverá aos seus beneficiários (mesmo no caso de não comparticipar, dado que passa a tal declaração que a Medis exige).

Imaginem uma pescadinha de rabo na boca.

Imaginem mais uma daquelas situações em que as companhias de seguros estão sempre prontas para receber mas evitam sempre pagar.

Imaginem Portugal em 2017 a ser, como sempre, o centro do Mundo dos “espertalhões”.

Imaginem a irritação e o prejuízo que tudo isto causa num filiado(a) do Sindicato dos Trabalhadores dos Impostos e num(a) cliente da Médis que é bombardeado com exigências impossíveis de cumprir pela seguradora, num jogo do empurra que se destina a não ter de pagar por aquilo que cobra.

Imaginem tudo isto e espantem-se porque é verdade.
ET. Ver Post nº 13/2017
LNT
#BarbeariaSrLuis
[0.004/2017]

Já fui feliz aqui [ MDXLVI ]

Guterres

António Guterres - ONU - USA
LNT
#BarbeariaSrLuis
[0.003/2017]

2 notas prévias:

1ª - Um dos meus “wishful thinking” para este ano foi reavivar a Barbearia que, em 2016, andou pelos serviços mínimos. Veremos se foi só isso mesmo, ou se terei vontade de o cumprir;

2ª – Há quem se queixe de lhe aparecer uma mensagem quando acede a este Blog informando que o mesmo não é seguro (ou coisa que o valha). A Barbearia não só é um Blog seguro como também é, e principalmente, um sítio recomendável.

Penso que a advertência vem do facto das imagens da Barbearia estarem alojadas num servidor seguríssimo que, no entanto, não as disponibiliza com o "https" de que o Blogger gosta.

Não tenham medo. Não será por entrarem na Barbearia que correrão perigo.

Preocupem-se mais com as “seguranças” (oficiais e não oficiais) que por aí abundam e que mais não são do que o espiolhar detalhado das vossas vidas privadas.

Tenham um bom 2017 e preparem-se para o corte a eito mesmo que for sem jeito.
LNT
#BarbeariaSrLuis
[0.002/2017]

quinta-feira, 29 de dezembro de 2016

Falácia de pinguim

Como dizia alguém no FB (já não me lembro quem) a mudança de ano é só uma mudança de minuto.

A passagem de ano é uma falácia.

Haviam de dizer isso a quem anuncia para o dia 1 de Janeiro os aumentos na electricidade, nos transportes, nas portagens, etc.

Entretanto tenham uma boa falácia com, no mínimo, o dobro daquilo que me desejarem.
LNT
#BarbeariaSrLuis
[0.054/2016]

segunda-feira, 19 de dezembro de 2016

Assim, a modos que coiso

Corte de cabelo

A Barbearia não fechou mas tem estado em remanso para descanso do pessoal. Não por cansaço de escrita, mas por ânsias de mais ler do que escrever.

Coisas da vida” - como desabafou, antes de o ser, o melhor Secretário-geral que a ONU conheceu até hoje.

Farei como ele.

Quer gostem quer não, no início do ano da graça de 2017, dando por findo o bissexto de má memória que tarda em se finar, voltarei às lides bloguistas.

Entretanto varre-se o chão.

Tenham um Natal feliz e, como era da praxe dizer-se nas “mensagens de Natal”, um ano novo cheio de propriedades.
LNT
#BarbeariaSrLuis
[0.053/2016]

segunda-feira, 14 de novembro de 2016

A Veneza que se vai afundando enquanto vivemos

Enquanto Veneza se Afundava

B. fez-me chegar pelo carteiro um envelope almofadado com um monte de crónicas encadernadas da autoria de Ana Cristina, ao que sei publicadas no Expresso, jornal que já não leio desde o tempo em que preferi os almanaques do Tio Patinhas porque jornalices sobre ricos e remediados dá-me mais gozo considerar as de patos animados do que as de patos trombudos que raramente se enganam e se julgam donos de isto tudo.

Claro que esta opção fez-me perder coisas interessantes como as crónicas de Ana Cristina, mas como sempre tive esperança que, mais dia, menos dia, elas haviam de aparecer isoladas do jornalismo que as embrulhavam, a espera concretizou-se graças à autora que, em boa hora, as confiou a B. por ela as saber embrulhar como ninguém. Já cá cantam para as ler e saborear decifrando com sorrisos as dificuldades de quem não se roga com vocábulos banais e os saboreia na catadupa com que são impressos.

Com o embrulho vieram dois bónus. Um curto, em caligrafia de palavras amáveis a anunciar um romance de Ana Cristina e um caderno marmoreado de dez páginas dactilografadas com o tal vocabulário de acepipe que, como na nouvelle cuisine, mistura crocantes acres com aveludados doces que se desfazem na boca para que o palato distinga as especiarias de que são feitos.

Ora vejam lá: “A carroça que manobra junto ao cadáver esmaga-lhe o peito num solavanco brusco. O condutor sente o embate, salta com destreza do alto do assento e encara o morto. Sacode os fiapos de neve do capote com as costas da mão, pragueja e pontapeia-lhe as botas que oscilam como um pêndulo. Fica a mirá-las por segundos, baixa-se, puxa-as com um golpe e lança-as para dentro da carriola. Sem apartar os animais, começa a descarregar o frete”.

A coisa promete. A última vez que tinha ouvido a expressão “apartar” foi no Lourenço & Santos, vão umas décadas, quando o mestre-alfaiate que me tirava as medidas das virilhas do fato de casamento me perguntou, com o ar mais efeminado que tinha, se eu os apartava para a direita ou para a esquerda. Já lá vão anos.

Voltando ao que interessa. Agradecimento à feiticeira dos conteúdos já consumidos em meio volume e mais agradecimentos à Beatriz que não descansou enquanto não os valorizou com o seu sempre inigualável esforço e bom gosto.

Fico à espera de saber o que o condutor fez com as botifarras, assim me considerem na vossa lista de sortudos leitores. Um autógrafo das duas só me orgulhará.
LNT
#BarbeariaSrLuis
[0.052/2016]