sexta-feira, 16 de novembro de 2012

Será um problema de aritmética?

MáscarasTambém neste caso se confirma que há um défice grave de conhecimentos matemáticos no Governo. Neste caso um problema aritmético (vou deixar de dizer que esta gente é mentirosa compulsiva porque estou farto de ser acusado de ter mau feitio).

O nosso Ministro da Educação tem de rever os currículos aritméticos, pelo menos nos cursos por equivalência, para que não se possa continuar a afirmar oficialmente que 233=1454.

Afinal a Crise, como se suspeitava, quando nasce não é para todos.

1454 excepções aos cortes de subsídio de férias, o que equivale quase a 1/3 da rapaziada nomeada por este Governo, tende a fazer regra da excepção.

Como poderiam eles acertar no resto das contas?
LNT
[0.582/2012]

Já fui feliz aqui [ MCCXX ]

Montemor
Montemor - Alentejo - Portugal
LNT
[0.581/2012]

quinta-feira, 15 de novembro de 2012

Boletim meteorológico

BombeirosEstá de chuva. No entanto o dia acordou soalheiro. Vivemos num tempo incerto de alerta amarelo, tempo de resfriados para quem anda a dormir na forma e que, por manifesto exagero de bom comportamento e de educação, prefere o recato da telha com a resistência ligada, ao caminho agasalhado da rua.

Agora que chove e que começa a fazer frio surgem as primeiras brigadas para atearem as fogueiras. Espera-se que, desta vez, os comburentes não voltem a ser livros e que alguém saiba enquadrar as chamas não vá o fogaréu descontrolar-se.
LNT
[0.580/2012]

Já fui feliz aqui [ MCCXIX ]

ViaCrucis
Botero em Lisboa - Palácio Nacional da Ajuda - Portugal
LNT
[0.579/2012]

quarta-feira, 14 de novembro de 2012

da mentira compulsiva

Coelho Merkel

Dizia-lhe o Coelhinho submisso e sorridente apontando a vastidão do mar, a partir das muralhas de São Julião:
- Vês esta vastidão, Angela! Fui eu que a fiz!
(e ela acreditava)
LNT
[0.578/2012]

Surdinas [ LXXII ]

Mosca(baixinho para que ninguém nos ouça)

Diz-nos SEXA:
E é por isso que neste dia, que é de greve geral, e que nós respeitamos, eu estou aqui a trabalhar...
São estas provas de vida que nos deixam sossegados e felizes.

Afinal estar vivo sempre é diferente de estar morto.
LNT
[0.577/2012]

Caridadezinha, beatificação e culpabilização

VelhoContinua a política de vexame. O PSD não está sozinho no Governo e o CDS, seu parceiro dissimulado, não perde a oportunidade de apregoar os camelos pobres e os buracos das agulhas, convencidos serem eles os camelos ricos que passarão pela dificuldade e atingirão o reino dos céus.

O Ministro Mota Soares faz saber, depois de ter retirado o direito aos nossos velhos de terem uma velhice decente, que vai responsabilizar as famílias que não pratiquem a caridade.

Tal como somos culpados da crise e dos milhões que foram desviados da economia pelos BPN’s deste Mundo que fizeram evaporar em fugas e privilégios privados montantes que agora todos somos chamados a repor e de muitos outros milhões arrecadados pelos “aguenta, aguenta” quando perseguiam os cidadãos prometendo-lhes o mel em troca de garantias que não tinham, somos agora também culpabilizados, mesmo no caso de não podermos dar aos nossos seniores a assistência a que têm direito, por aquilo que não necessitariam de esmolar caso o Estado fosse pessoa de bem e cumprisse o acordado quando arrecadou parte dos seus salários.

É o mesmo Ministro que corta nas pensões e nos cuidados médicos e sociais de milhares de pessoas que descontaram para poder usufruir da sua independência e dignidade que vem dar lições de moral e se prepara para criminalizar muitos que, pelas mais variadas situações, muitas delas determinadas pelo confisco e desemprego decretados pelo seu Governo, nunca poderão substituir os direitos todos os dias vilipendiados.

Não se leia aqui qualquer justificação para o abandono dos nossos velhos pelas suas famílias, porque não é isso que aqui está escrito, nem aqui se defende. A cada um a sua responsabilidade.

Leia-se que a hipocrisia da beatice chegou ao cúmulo de retirar tudo a todos e se prepara para culpabilizar todos, menos os hipócritas que tudo tiram e para quem a Constituição é um entrave, pela desumanidade que estão a promover num País conhecido por ter um dos povos mais solidários do Mundo.

Sendo crentes deveriam conhecer a expressão de que Deus não dorme. Acreditando no prémio e no castigo divino deveriam saber que irão arder eternamente.

Não sendo crentes, talvez fosse tempo de aprenderem que o castigo humano também os poderá atingir.
LNT
[0.576/2012]

Já fui feliz aqui [ MCCXVIII ]

Lar Doce Lar
Ruef/Monchique - Lar doce Lar - Lisboa - Portugal
LNT
[0.575/2012]

terça-feira, 13 de novembro de 2012

os livros

Como se desenha uma casaÉ então isto um livro,
este, como dizer?, murmúrio,
este rosto virado para dentro de
alguma coisa escura que ainda não existe
que, se uma mão subitamente
inocente a toca,
se abre desamparadamente
como uma boca
falando com a nossa voz?

É isto um livro,
esta espécie de coração (o nosso coração)
dizendo "eu" entre nós e nós?
Manuel António Pina
Como se desenha uma casa
LNT
[0.574/2012]

Linguagem de trapos

RabosAssim como se cresce para menos, também se decresce para mais, se sobe para baixo, se desce para cima, se arrecua para a frente e se avança para trás.

A linguagem da ciência mais "condicionada por elevada incerteza" é uma aberração da própria ciência incerta. Usa-se para que ninguém, incluindo os economistas, a entendam e acabará por ser usada por Marcelo Rebelo de Sousa nas suas homilias dominicais para nos explicar tudo e o seu contrário ou, em linguagem científica, nos explicar que nada = 0.

Diz-nos hoje o Banco de Portugal que, embora possamos não o saber, estamos todos mortos. A derrapagem colapsou por estampanço e a restritividade das condições monetárias e financeiras indicam ser possível não haver sobreviventes (presume-se que, sobreviventes vivos).

A notícia condicionada por elevada incerteza informa ainda que a capacidade de alisamento do consumo por parte dos agentes económicos poderá revelar-se "mais limitada".

Pum!
LNT
[0.573/2012]

Bílis descarregada, no pasa nada

Estação espacialE pronto!

A senhora foi-se embora debaixo do imenso buzinão ao atravessar a 2ª circular a caminho de Figo Maduro (que eu ouvi, em carne e osso, mas que não foi referido em parte alguma), a bílis foi descarregada sobre o "inimigo" externo para aliviar quem nos faz mal, o Presidente da República remeteu-se ao silêncio, para variar, o Primeiro-ministro mostrou-se dócil com a chanceleira e satisfeito com o serviço de catering de São Julião da Barra que lá despachou mais um cabrito, São Pedro cumpriu o seu papel em conjunto com São Martinho e os portugueses ficaram ocos de notícias e de dizeres, após tão grande agitação, como se sentissem o estômago vazio depois de uma valente diarreia.

Se não acreditam vejam as manchetes de hoje onde nem o fait-divers Vale e Azevedo consegue abrir o apetite para a distracção.

De resto estão por aí os fiscais da troica, a discussão na especialidade do OE 2013 e mais uma catrefada de coisas que pouco importam quando se está de ressaca.

Até o barbeiro ficou com falta de paleio. Preparem-se para amanhã, dia internacional de protesto que em Portugal tem a particularidade de ser comemorado com uma greve geral que não o é e com a adesão pessoal do Secretário-geral da UGT que já havia decretado a não adesão da sua central sindical.

Vou almoçar que se faz tarde.
LNT
[0.572/2012]

Já fui feliz aqui [ MCCXVII ]

Ghostbuster
Ghostbuster - USA
LNT
[0.571/2012]

segunda-feira, 12 de novembro de 2012

Vitamina B12, B6 e ácido fólico

Comprimidos
Recordar que a posição de Angela Merkel sobre a desnecessidade de recorrer a novo resgate da tróica não é novidade.

Ela já tinha dito isso a Sócrates, ainda antes do primeiro resgate.

Só Aníbal Cavaco Silva, Pedro Passos Coelho, Paulo Portas, Jerónimo de Sousa e Francisco Louçã é que não a ouviram nessa altura.
LNT
[0.570/2012]

Imagem do dia

Angela Merkel

Passos Coelho fez Angela Merkel falar num púlpito com os dizeres “GOVERNO de PORTUGAL

Diz-se que uma imagem vale por mil palavras e, neste caso, as mil palavras são conseguidas pela repetição da frase “Lá está ele a esconder-se atrás das saias de alguém”.

A imagem, que inexplicavelmente os protocolos de estado português e alemão deixaram passar, foi no entanto contrariada quando Merkel explicou que as políticas que estão a ser aplicadas decorrem dos governos dos respectivos países e não de uma imposição da Alemanha.

Uma imagem que vale mil palavras para justificar a cobardia do poder português ao não assumir que que as políticas que estão a ser impostas são aquelas que Passos Coelho e Paulo Portas entendem ser o cumprimento do programa deste Governo.
LNT
[0.569/2012]

Lindos de morrer

Cavaco e MerkelEle (para ela): Vais comer um cabritinho a São Julião?
Ela (para ele): Juliau? Was queres dizierr com Juliau?

Ele (para ela): Julião, não sabes, mas cabritinho não se te escapou.
Ela (para ele): Einsnibal! ainda no m’eixpliscaste que ser Juliau.

Ele (para ela): Não te posso explicar, Angelinha. Se tu soubesses ias preferir comer o cabritinho na Cova da Onça.
Ela (para ele): Eixplica sim, Einsnibal, por favorr. Eu querrer saberr porrque estás já a pegarr nesse nako de bolo-rrei parra encherr a boca. Cheirra-me à marrosca.

Ele (para ela ainda com o naco de bolo-rei na mão): Se te disser não pões o Pedrito de castigo?
Ela (para ele): Disparrate. Punha lá o meu garina de castigo. Erra lá capaz de castigarr o benjamim que põe o povo a pão e água e põe a sua Reichskanzler ao pé da água a comerr cabrtita com sopas de cavalo-cansado da Bacalhôa 2009.

Ele (para ela): Então aqui vai. Mas se ele te perguntar como soubeste, dizes que foi a Manuela Ferreira Leite que te disse, combinado?
Ela (para ele): Combinada.

Ele (para ela já a mastigar o naco de bolo-rei): Antes de ti, o último chefe de estado que esteve em São Julião foi o Kadafi e dizem que a partir desse momento a vida lhe começou a correr menos bem. O Paulinho também viveu por lá uns tempos, quando foi Ministro dos não sei quê e do Mar, e quando deu por ele já estava despedido.
Ela (para ele): Ich no perrcebo nada do que tu me dizerr. Já chega desta converrsa de gatafunhas e vamos ao cabrrito e à vinhaça.
Nun, Herr Präsident Einsnibal, zunächst ganz einfach auf wiedersehen und danke.
LNT
[0.568/2012]