quinta-feira, 6 de agosto de 2009

Comparar o impossível

Avião de papel Vejo por aí algumas referências à composição das listas do PSD para as legislativas que as comparam à composição das do PS. O ponto de referência comum reside no facto de tanto umas como as outras excluírem os "incómodos" mas ninguém até agora, por distracção ou com intenção, fez notar tratarem-se de situações diferentes.

Senão vejamos:

As exclusões feitas nas listas do PSD aconteceram com militantes que concorreram ao Congresso Nacional e que representam efectivamente, porque sufragados, uma parte da sua militância que atingiu percentagens não displicentes. Deveriam ter sido considerados em proporção com os resultados do Congresso.

No caso do PS a actual direcção do Partido não tinha ponto de referência uma vez que os militantes da Corrente de Opinião Socialista (para referir somente os que têm sido apontados) não tiveram presença organizada no último Congresso Nacional.

Isto marca toda a diferença e, embora não justifique o que o bom senso determinaria, isto é, que o PS tivesse incluído alguns dos militantes da COS nas suas listas mostrando com isso abertura à diversificação de opiniões que sempre o caracterizou, torna incomparável o sucedido no PSD e no PS
LNT
[0.555/2009]

(também publicado no Blog Eleições2009/o Público

4 comentários:

Anónimo disse...

Caro Luis

Eu não acredito que o amigo acredita naquilo que escreveu... digamos que é uma forma airosa de salvar o PS em época de eleições.

david santos disse...

Não é que o PS seja muito melhor que o PSD. Mas está bem. Aceito.

Luís Novaes Tito disse...

Caro António Costa

Como já me conhece sabe que já não tenho idade para fretes, por isso vou escrevendo, umas vezes melhor, outras não tanto, aquilo que me parece certo.

Sobre a minha posição em relação ao PS, penso que o último parágrafo é claro. Sobre a comparação de uma e outra coisa parece-me estar igualmente claro.

Um abraço

Manuel Oliveira disse...

“No plano nacional, a única minoria, que se bateu no último Congresso com pontos de vista assumidamente distintos dos adoptados pelos apoiantes de Sócrates, tendo apresentado moção alternativa à oficial e lista própria para a Comissão Nacional, foi a Corrente de Opinião Esquerda Socialista, constituída a partir da moção “Mudar para mudar”. Mas apesar disso, nenhum dos seus elementos foi integrado em qualquer lugar de qualquer das listas de candidatos à Assembleia da República. E, no entanto, tem 11 % dos membros da Comissão Política Nacional e da Comissão Nacional.”

Rui Namorado
in O Grande Zoo
http://ograndezoo.blogspot.com/2009/07/as-listas-do-ps-oportunidade-perdida.html